One Step Closer (Concluída)

Capítulo 24

Por Anahí:

Poncho me beijou e senti minhas pernas fraquejarem. Podia cair a qualquer momento. Seus dedos acariciavam meus cabelos, e sua língua procurava a minha a todo momento. Não consegui evitar um suspiro. Eu não entendi, porque ele tava me beijando daquele jeito. Não era como das outras vezes... Não me devorava, não era desesperador. Era doce e lento.

Não deveria ter cedido. Estava sendo fraca mais uma vez.

Mas como dizer não, quando ele já estava na metade do caminho?

Me pedia permissão, mas não me dava escolha. Porque no momento em que me tocava, eu perdia a consciência. Era como se tivesse altamente embriagada.

Quando o ar nos faltou, ele puxou meu lábio inferior entre seus dentes e em seguida depositou um selinho.

Ofeguei.

Não queria abrir os olhos, não queria enxergar o que me esperava. Não estava disposta a sofrer ainda mais.

— Ani, eu preciso que você me olhe! — Ele sussurrou no meu ouvido.

Estremeci.

Estava acuada. Morrendo de medo do que estava por vir, mas mesmo assim atendi seu pedido.

Abri os olhos e dei de cara com os seus. Tão intensos e indecifráveis. E só depois que o impacto inicial passou, foi que pude perceber que ele estava sorrindo. Oh Deus! Um sorriso tão aberto, que fez meu coração arder. Como amava vê-lo assim!

— Meu Deus, Ani! — Poncho suspirou e puxou minhas mãos, me fazendo entrar no apartamento. — Você está mesmo aqui ou eu to sonhando? — Ele me envolveu em seus braços e me abraçou fortemente, afagando meus cabelos.

Me derreti.

Por que Poncho estava agindo daquela forma? Eu não cansava de me perguntar.

Parecia se sentir aliviado por eu estar ali. E o mais louco de tudo isso é que ele nem imaginava o que eu tinha deixado de lado, quando desviei o caminho naquela noite.

— Poncho! — Eu o chamei, quando tive coragem de sair de seus braços. — O que há? — Franzi o cenho. — Você ta me assustando!

Ele pegou minha mão direita e levou até seus lábios, depositando um beijo ali. Em seguida me guiou até o sofá. Ele se sentou ao meu lado, em cima de uma se suas pernas, com o corpo virado em minha direção.

Voltou a me encarar.

— Escuta Ani... Eu to com um problemão, e te chamei aqui, porque talvez você possa me ajudar com isso... — Poncho começou seriamente.

Gelei.

Implorei a Deus que não fosse sobre seu casamento. Não, eu não suportaria. Não mais!

Apenas assenti em silêncio, esperando que ele continuasse.

— Desde o dia em que você me deixou lá embaixo... Eu tenho sentido uma dor tão estranha... — Ele suspirou. E levou minha mão ao seu peito. — Bem aqui... — Gelei. — E também desde aquele dia, eu não consigo dormir uma noite inteira... Porque se fecho os olhos, eu penso em você... E quando eu caio no sono, eu sonho com você... — Ele levou sua mão livre até meu rosto e acariciou. Precisei ser muito forte pra segurar as lágrimas. — E eu não consigo mais me concentrar em mais nada... Porque só o que desejo é sentir o seu cheiro, tocar em você, sentir o seu calor...

Senti meu estômago contrair, e um sentimento me sufocar.

— Poncho, por favor... — Fiz o que podia pra minha voz sair o menos embargada possível.