Capítulo 31

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Por Poncho:

Estar assim com Anahí era indescritível e inacreditável.

Enquanto a ouvia falar, a única conclusão que eu conseguia chegar é que ainda seria capaz de me apaixonar um milhão de vezes por ela. Amava seu jeito impulsivo, e a forma com que se comportava quando tinha ciúmes. E aquela ainda era a Anahí do passado. Mas o que era mais intrigante, era a forma com que meu coração batia toda vez que conhecia alguma faceta dessa nova Anahí. Sua mudança era clara, e me perturbava.

Enquanto a beijava, sentia todo o fogo reacender. Tinha sede dos seus lábios e fome do seu corpo. E não me cansaria tão cedo, aliás, talvez nunca fosse capaz de me cansar. Porque tinha ficado tempo demais sem poder tê-la assim.

E tinha buscado aquela sensação em muitos corpos diferentes, mas nunca tinha encontrado.

Bem, não é que nunca tivesse sentido prazer com outras mulheres. Mas era como se eu tivesse escalando o Himalaia, e por mais que parasse algumas vezes durante o trajeto pra apreciar a vista, aquela sensação nunca seria tão incrível quanto chegar ao topo. E estar com Anahí era como estar no maldito topo. Não era só bom, era incrível. Era uma vista completa, em 360 graus, da paisagem mais bonita do mundo. Era uma prova concreta de como a vida podia ser boa (quando queria).

Aquilo ali era único. Ia além da pele.

E se um dia você já se sentiu assim com alguém. Eu não preciso dizer, que por mais que você fique com outra, goste de outra e se case com outra... Você nunca será inteiramente de outra.

Esse é o tipo de sentimento que só conhecemos uma vez na vida. E não pense que eu sempre tive maturidade pra entender isso.

— Vem aqui, vem! — Murmurei contra seus lábios. — Me deixe sentir você.

Anahi sorriu timidamente e abaixou a cabeça.

Me encantava que ainda se sentisse tímida perto de mim. Já tinha sido minha tantas vezes e de tantas formas diferentes, que aquilo poderia até soar ridículo. Mas não era.

Beijei sua testa, e agarrei sua cintura.

Anahí sentou no meu colo. Minha ereção pulsou contra sua intimidade e ela suspirou.

Distribui beijos por toda sua face, fazendo-a sorrir. Com as pontas dos dedos acariciei a pele do seu pescoço, deixando-a arrepiada. E foquei meu olhar no seu.

Me perdi.

Voltei há onze anos:

Era uma garota tão cheia de sonhos. As pessoas diziam que ela trazia consigo um ar de falsa inocência e eu podia até acreditar se não a conhecesse tão bem. De falso aquilo não tinha nada. Era inocente! Se entregava de corpo e alma e se machucava na mesma proporção. Se importava com tudo e todos, menos consigo. Já era minha, mas não sabíamos. Não fazíamos ideia do que estávamos deixando passar.

Nunca imaginei o que estava nos esperando.

Três anos mais tarde: Que ano intenso! Como estava linda! Como estava sensual e completamente dona de si.

Não era mais aquela garota insegura de antes. Tinha objetivos e ia direto ao ponto. Já não tinha mais medo, escancarava seus sentimentos. Me surpreendia tanto quanto me deixava perdido.

Nossa história passava na minha cabeça como um filme. E eu sabia que existia uma parte dramática. E que ainda não estava pronto pra enfrentar.

Meus pensamentos foram interrompidos quando Anahí encostou a ponta do seu nariz o meu. Sentia sua respiração próxima a minha. E contra o meu peito, podia sentir seu coração bater num ritmo acelerado.

One Step Closer (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora