Capítulo 08

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A boate parecia estar mais lotada, do que da outra noite. Mas nada que nos preocupasse. Ali éramos apenas anônimos.

Parecíamos beber no mesmo ritmo. Uma vez que abandonamos as doses e nos rendemos aos combos de bebidas.

Decidi finalmente seguir o conselho de Christopher, e  me divertir.

Era a última noite, na próxima tarde estaríamos num voo de volta ao México.

Dançávamos, como nunca.

E de vez em quando, rolava uma ou outra música lenta. E então os pares se formavam.

Em algum momento, trocamos os pares e então Christian grudou a mão na minha.

Gargalhei e entrei na brincadeira.

Ele colocou a mão no meu ombro e eu nas costas dele.

Todos nos encaravam, e eu estava pouco me fodendo. Estava num dos momentos mais divertidos da minha vida, e era isso que importava.

— Somos o casal mais bonito da festa. — Ele zombou.

— E mais gostosos! — Completei rindo.

— Amo ser idiota! — Ele riu. — Mira... você tirou umas cem vezes a Dulce e a Mai pra dançar. E a Ani não? Não acha que tá dando super na cara?

— Eu não sei do que você tá falando! — Desconversei, e o girei.

— Então, querido, você é o único. Porque todo mundo já reparou.

Bufei.

— Estou dançando com as que estão mais próximas, ela nunca está... — Dei o ombros.

É óbvio que ele não caiu nessa. Balançou a cabeça e riu de forma irônica.

Voltamos um pouco pra mesa. Bebemos, bebemos, bebemos. E logo já estávamos na pista de novo.

Outra música lenta.

Meu par era Maite. E respectivamente: Dulce e Christopher. Anahi e Christian.

Eu tinha a sensação de que o último casal estava quase esbarrando na gente.

Christian!

Outra musica.

Troca de casais.

Dulce e Christopher estavam a uns dois metros de distância.

Christian me lançou um olhar de desafio.

Eu já tinha entendido.

Estava contrariado, mas não daria  o braço a torcer.

Estendi minha mão e toquei a de Anahi, enquanto Christian puxava Maite.

Ela estremeceu.

Nos olhamos e ela sorriu timidamente.

Eu não precisava guia-lá, como fazia com as outras meninas. Ela conhecia muito bem o caminho. Passou o braço livre em volta do meu pescoço.

Era tão natural, que parecia que fazíamos isso todos os dias.

A minha mão apertou sua cintura, grudando-a em meu corpo.

E algo dentro de mim esquentou.

Não falávamos nada, apenas sustentávamos o olhar e seguíamos o ritmo da música.

O meu coração batia num ritmo alucinante. A respiração estava ofegante.

Não podia e não queria demonstrar isso a ela.

One Step Closer (Concluída)Where stories live. Discover now