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POV SINA


ㅤㅤㅤQuando dei por mim eu observava seus lábios. Inicialmente eu analisava o pequeno corte, que pouco a pouco ficava limpo conforme eu o limpava com a gaze. Mas por alguns segundos me perdi em sua boca, por que ela me soava tão convidativa...? Fechei os olhos e respirei fundo para controlar meus pensamentos, mas sentir seu hálito quente pareceu me atrair ainda mais. Nem mesmo aquela mistura de aroma que me parecia uma maconha mentolada me incomodava e assim a cada segundo nossos lábios se aproximavam um pouco mais.

ㅤㅤㅤE então porta se abriu, fazendo com que eu desse um pulo e me afastasse imediatamente.

ㅤㅤㅤ— O que está acontecendo? — Vovô disse assim que fechou a porta.

ㅤㅤㅤ— Sua neta estava tentando me beijar, acredita? Eu sei... eu sou irresistível! — Noah respondeu, me encarando e lançando uma piscadinha.

ㅤㅤㅤ— Eu não tentei nada! — Rebati, dando um soco de leve em seu braço.

ㅤㅤㅤMeu avô nos encarou desconfiado, mas eu pude ver um sorrisinho surgindo em seus lábios.

ㅤㅤㅤ— Noah foi... — Comecei a explicar.

ㅤㅤㅤ— Me meti numa confusão na rua, senhor Deinert. Não foi nada demais! — Ele me interrompeu, provavelmente supondo que eu não gostaria de falar sobre o que havia acontecido. Eu não tinha como negar, era fofo da parte dele.

ㅤㅤㅤ— De novo Noah? — Vovô o repreendeu.

ㅤㅤㅤ— Na verdade não, vô. — Admiti. Me levantei e estendi a mão para Noah, que prontamente a segurou. O puxei, guiando-o junto a mim até a cozinha. Fui até o freezer e apanhei um saco de ervilhas congeladas, oferecendo a ele. — Está tudo bem! — Sussurrei a ele, para que soubesse que não me importava de contar a verdade. — Eu contei pro Noah que meu psicólogo teve umas atitudes ruins comigo, me fazendo sentir pior do que me ajudar... e ele decidiu ir fazer justiça com as próprias mãos e... — Umedeci os lábios em meio a um riso rápido. — Como você pode ver, ele virou um saco de pancadas!

ㅤㅤㅤ— Você sempre se metendo em confusão, meu filho...

ㅤㅤㅤ— Sempre? Como assim? — Me interessei pelo assunto, era curioso descobrir que ele de fato sempre se metia em confusões. — Ele costuma apanhar sempre?

ㅤㅤㅤ— Ele geralmente defende com unhas e dentes quem ele ama! — Ele o provocou.

ㅤㅤㅤ— Que mentira! Eu faço isso por qualquer pessoa. 

ㅤㅤㅤ— Você é um bom garoto!

ㅤㅤㅤ— É? — Questionei.

ㅤㅤㅤ— Você tentou me beijar!

ㅤㅤㅤ— Não tentei! — Revirei os olhos.

ㅤㅤㅤ— Podemos tentar de novo! — Ele fez um biquinho, fechando os olhos. Parecia uma criança!

ㅤㅤㅤ— Você é insuportável.

ㅤㅤㅤ— Vocês querem parar de brigar como duas crianças apaixonadas? Eu trouxe bolo e posso passar um café!

ㅤㅤㅤ— Vai chamar a vó do Noah também? — Provoquei.

ㅤㅤㅤ— O que?

ㅤㅤㅤ— Nada não! — Respondi, trocando olhares com Noah e rimos juntos.

ㅤㅤㅤ— Bolo de castanha? — Perguntei assim que ele abriu o pacote, já que aquilo era bem diferente do que estávamos acostumados a comer.

ㅤㅤㅤ— O meu favorito! — O drogado disse. Tão previsível, meu avô havia feito aquilo para agradá-lo já que sabia que ele estaria em casa.

ㅤㅤㅤ— Sério... depois você quer falar do meu sorvete de flocos.

ㅤㅤㅤ— Fala sério... bolo de castanha é muito bom, tem vibe natalina. Jingle bell!

ㅤㅤㅤ— Não é nada. — Rebati e a campainha tocou.

ㅤㅤㅤ— Você pediu pra alguém te buscar? — Vovô perguntou a Noah, que negou com a cabeça. — Já são 19:07, quem pode ser essa hora?

ㅤㅤㅤEle se levantou para atender a porta e admito que fiquei atenta para saber quem era, ao menos se fosse alguém mal intencionado teríamos nosso amigo maconheiro pra nos proteger - não que o seu atual estado nos desse muita confiança sobre isso. Eu só não esperava que aquela visita se tratava... da polícia. Sim, a polícia. Provavelmente tinham vindo atrás de Noah.

ㅤㅤㅤ— Relaxa... vai ficar tudo bem. — Eu segurei sua mão e apertei, mas não tinha certeza daquilo.

ATENÇÃO! Como prometido, quando a fic chegasse em 1k e 250 votos sairia a maratona. Então, amanhã nos vemos na nossa primeira maratona! Muito obrigada por estarem comigo e tornarem isso possível! <3

02:01 | NOARTWhere stories live. Discover now