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POV NOAH

ㅤㅤㅤO celular tocou e... puta merda! O que tinha acontecido agora?

[14:15] boozie 💜: vem pra cá

[14:15] boozie 💜: o mais rápido que puder

[14:15] boozie 💜: por favor!!!!!!

[14:15] boozie 💜: URGENTW

ㅤㅤㅤDepois do ocorrido no dia anterior, Sina havia decidido que não compareceria à aula ao menos nos próximos dias para poder se recuperar. Eu estava tranquilo já que ela me disse que ficaria adiantando uns trabalhos em casa, mas aquela mensagem me pegou de surpresa.

ㅤㅤㅤAcho que se houvesse a menor possibilidade de eu ter algum problema do coração, já poderia ser descartado já que Sina parecia testar a minha potência cardíaca todos os dias. Ou eu era o pior tipo dos namorados superprotetores do mundo, ou ela realmente deixava qualquer um de cabelo em pé.

[14:16] Noah: oq aconteceu

[14:16] Noah: to indo mas me fala qq rolou

[14:16] Noah: ce ta bem????

ㅤㅤㅤMas ela não respondeu.

ㅤㅤㅤDirigi o mais rápido que podia e ao chegar em frente à sua casa eu pude vê-la através da janela e ela estava bem, com algo no colo e a rua que geralmente era extremamente silenciosa era tomada por um choro agudo de bebê. Respirei aliviado - mais cedo do que deveria -, antes de me dar conta do real problema.

ㅤㅤㅤUm bebê.

ㅤㅤㅤ— Puta que pariu... — Disse a mim mesmo assim que a ficha foi caindo. — Porra... o que você fez Sina...

ㅤㅤㅤEu já não era a pessoa com a ficha mais limpa da cidade: tráfico de drogas, agressões e agora... sequestro de bebês. Merda, merda, merda!

ㅤㅤㅤ— Sina... onde você pegou esse bebê? — Perguntei assim que entrei na sua casa, pensando em cada palavra e em que argumentos poderia usar para convencê-la - aquela garota extremamente marrenta e teimosa - de que aquilo era uma péssima ideia.

ㅤㅤㅤ— Ainda bem que você chegou! — Ela disse visivelmente estressada. Ela tentava balançar o bebê nos braços para acalmá-la, mas ela não parava de chorar e se debater.

ㅤㅤㅤ— Marrentinha... a gente não pode ficar com ela... a família dela vai ficar triste e a gente pode ir preso. Não quero que a gente vá preso! — Comecei a argumentar e ela me encarou confusa, parando por alguns segundos antes de rir.

ㅤㅤㅤ— Meu Deus Noah... essa bebê é filha de uma vizinha. Da Hayley... mas ela estava passando muito mal e o vovô levou ela no hospital. Eu fiquei cuidando da neném dela porque definitivamente hospital não é lugar de criança... mas eu não sei o que fazer, ela é muito brava e me odeia. Ela não para de chorar!

ㅤㅤㅤ— Ufa... que bom! — Soltei o ar e balancei a cabeça. — Não... digo, que bom que ela não está de maneira ilegal. Mas que chato pela mãe dela... espero que ela fique bem. — Eu quase gaguejei enquanto tentava consertar a merda que eu havia dito. — Me dá ela aqui... eu te ajudo.

ㅤㅤㅤEla riu.

ㅤㅤㅤ— Sério mesmo? — Perguntou. — Você sabe pegar uma criança no colo ao menos?

ㅤㅤㅤ"Não...", respondi mentalmente.

ㅤㅤㅤ— Claro que sei! — Não devia ser tão difícil assim.

02:01 | NOARTWhere stories live. Discover now