ㅤㅤㅤSina Deinert teve a chance de recomeçar. Uma nova cidade, uma nova vida e um garoto que tinha tudo para dar errado. Noah Urrea nunca acreditou que poderia ter um futuro brilhante e tampouco teve algo pelo que lutar.
ㅤㅤㅤUm novo capítulo se inicia...
ERRATA: No capítulo anterior, nos tweets da Belinha considerar que nas fotos estão presentes os hematomas em decorrência da briga com o psicólogo.
ㅤㅤㅤDepois de deixar Sina na universidade fui correndo à casa de Any para levar uma cesta de café da manhã para ela. É claro que ela merecia, mas no fundo minha maior motivação era poder levar uma caixa do cereal favorito da Belinha, que era como o meu carrapato naquela família - inclusive esse era o apelido dela desde que a conheci. Era a primeira vez que eu conseguia comprar algo com meu próprio dinheiro que havia conquistado de maneira honesta. Tive uma manhã boa ao lado delas, embora estivesse cansado devido ao dia anterior. Tomamos café da manhã juntos e Any precisou sair de casa um pouco antes de nós, assim aproveitei para levar a carrapato comigo para nos ajudar com a surpresa.
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ㅤㅤㅤSina sempre detestou ficar naquela universidade, o que era compreensível já que ela devia estar rodeada de pessoas mais insuportáveis e malucas do que ela, e era por isso que estranhei sua demora em sair. Enviei diversas mensagens e ela sequer recebia, aquele maldito risquinho solitário só aumentava a minha ansiedade sobre o que estaria acontecendo com ela.
ㅤㅤㅤ— Carrapato! — Eu disse seriamente. — Vamos ter que fazer uma coisa... vem comigo, precisamos encontrar essa maluca que sumiu!
ㅤㅤㅤSaímos do carro e partimos em direção à secretaria, onde depois de muito custo consegui uma permissão para entrar. Belinha me acompanhou, mas preferiu ficar junto da recepcionista enquanto eu procurava por Sina lá dentro.
ㅤㅤㅤAté que não demorei muito para encontrá-la. Ela estava tão doce quanto um coice de mula e instantaneamente me bateu um imenso arrependimento por tê-la procurado - não que eu tivesse outra opção.
ㅤㅤㅤ— Por favor Sina, você pode bater seu pezinho depois... mas podemos ir? — Uni as mãos quase implorando para ela, que revirou os olhos daquele jeito que era tão implicante que chegava a ser sexy.
ㅤㅤㅤEla me deu as costas e saiu andando pelos corredores, me fazendo apressar o passo para alcançá-la. Quando passamos pela secretaria, a carrapato nos avistou e correu até nós!
ㅤㅤㅤ— Então essa que é a maluca? — Ela perguntou numa inocência infantil que chegava a ser perigosa diante de quem estávamos lidando.
ㅤㅤㅤ— O que você faz aqui? — Sina a respondeu numa surpresa tão grande que eu pude jurar que elas se conheciam.
ㅤㅤㅤ— Vocês se conhecem? — Questionei.
ㅤㅤㅤ— Não, eu só... não estava esperando essa... pequena companhia adorável! — É claro que ela estava sendo irônica.
ㅤㅤㅤ— Vamos? Precisamos comprar flores e bolo! — Apressei.
ㅤㅤㅤDe volta ao carro, levamos mais tempo do que o esperado em busca das peônias. Eu não imaginava que era tão difícil encontrá-la, rodamos praticamente a cidade inteira e levamos mais de uma hora até finalmente encontrar uma floricultura onde pude comprar o buquê. Àquela altura já estávamos atrasados, tendo tempo apenas para comprar o bolo e tive que deixar a decoração nas mãos de Josh e outros amigos que já estavam na casa dela.
***
ㅤㅤㅤAny chegou pouco depois de nós, felizmente ela se atrasou pois já eram 14:19. Todos cantamos parabéns em sincronia, ela estava tão feliz, emocionada e radiante! Diferente de Sina, que mantinha a cara fechada desde que a encontrei. Quanto a mim, estava ansioso para a entrega do buquê e para o que aconteceria em alguns minutos, fazia muito tempo que não me sentia assim.
ㅤㅤㅤ— Está tudo certo? — Perguntei a Josh, que assentiu com a cabeça. — Espero que ela goste da surpresa! — Eu estava orgulhoso por ter conseguido preparar tudo a tempo.
ㅤㅤㅤBusquei o buquê no carro, aproveitando que Any estava distraída com alguns convidados e entrei novamente na casa de maneira silenciosa.
***
ㅤㅤㅤ— Any, você entrou na minha vida há muito tempo... mas só nos últimos tempos percebemos as coisas mudando. — Josh disse, se aproximando dela com o buquê de peônias. — Eu não sei quando isso aconteceu, mas me vi apaixonado por você. Eu teria tantas coisas para te dizer, mas prefiro que mantenhamos entre nós como sempre fizemos. Eu só queria te dizer que te amo... para sempre e depois. — Ele sorriu e ela retribuiu, a conexão entre os dois era perceptível - embora eu considerasse toda aquela coisa piegas demais. — Any Gabrielly, você aceita namorar comigo? — Todos gritavam e aplaudiram o ato, é claro que eu fazia o mesmo - obviamente não perdendo a oportunidade de zoá-los.
ㅤㅤㅤAny, por sua vez, se limitou a caminhar até ele assentindo. Ela o beijou, aproveitando da aproximação para dizer coisas inaudível a todos à volta deles. Embora ninguém soubesse o que havia dito, era evidente a aceitação.
ㅤㅤㅤ— Que brega, não? — Perguntei a Sina, que tendo o coração mais gelado da cidade supus que compartilhasse da mesma opinião que eu.
ㅤㅤㅤ— Você adoraria estar no lugar dele, fala a verdade Urrea. — Ela me respondeu num tom que não pude compreender muito bem. Dei de ombros, já que nunca consegui entendê-la muito bem mesmo. Saí para pegar uma bebida e conversar com alguns amigos, não estava muito animado para receber mais coices.
ㅤㅤㅤLamentei não ter sido o responsável por apresentá-las, mas quando as observei de longe a cena me surpreendeu: Sina sorria e conversava com Any como se fosse uma pessoa normal. Havia brilho em seu olhar e cheguei a me questionar se o problema era comigo, afinal, ela parecia se dar bem com outros a não ser eu. Mantive-me distante, era bom vê-la conhecendo pessoas e se divertindo. Mas de alguma forma aquilo me incomodava, de tal forma que algo dentro de mim parecia fora do lugar. Me faltava algo... eu só não sabia dizer o que.
ㅤㅤㅤ— Ela é incrível, Noah! — Any disse se aproximando de mim, me abraçando como sempre fazíamos.
ㅤㅤㅤ— Hoje ela parece que tá de cu virado. Achei que estava tudo de boa, que estávamos indo bem... que o trabalho ficaria mais suave, que ela deixaria de ser maluca. Mas hoje ela me recebeu com os dois pés no peito, com um mau-humor do cão. — Desabafei.
ㅤㅤㅤ— Noah Urrea, agora tudo faz sentido! Você não percebeu...? — Um sorriso de deboche surgiu em seus lábios.
ㅤㅤㅤ— O que?
ㅤㅤㅤ— Ela estava com ciúmes de você!
ㅤㅤㅤ— De mim? Cê tá mais maluca que ela! — Rebati, mas no fundo - talvez por ego - aquilo me agradou.
ㅤㅤㅤ— Ela achou que tínhamos algo, ela não te disse?
ㅤㅤㅤAquela doida marrenta, com ciúmes de mim? Seria possível? Um sorriso se formou em meus lábios. Eu gostava daquela ideia.
ㅤㅤㅤNÃO SE ESQUEÇAM DE VOTAR, por favor! É muito importante para ajudar no crescimento da história. Também não se esqueçam de comentar, pois isso também é essencial. A meta para esse capítulo é: 150 comentários!
ㅤㅤㅤObrigada por ler e acompanhar a história. <3 Me contem, qual foi o momento favorito de vocês nesse capítulo? O meu foi a Any dizendo pro Noah que a Sina estava com ciúmes dele e ele gostando disso! <3
