As duas semanas passaram com tanta demora que parecia que eram mais dias do que o esperado.

Durante os 14 dias, Samantha passou trabalhando na revista pra conseguir se concentrar e também se distrair do fato que Sebastian estava longe, e saber que eram menos dias a deixava mais ansiosa ainda para revê-lo. E ela sabia que se ficasse trabalhando em casa, tentaria entrar em contato com ele sempre que pudesse, pelo menos na revista ela só pegaria o celular quando saísse.

As noites frias de outono em Nova York também não ajudavam muito, porque tudo o que ela queria era que ele estivesse ao lado dela, a abraçando debaixo das cobertas ou fazendo um chocolate quente.

Enquanto isso, no outro lado dos Estados Unidos, Sebastian não tinha outros pensamentos há não ser sobre o trabalho na maior parte do tempo. A correria para gravar as cenas e não precisar ficar mais do que tempo que era previsto, o fazia ficar ocupado praticamente o dia inteiro e tendo apenas o horário pra dormir como um momento livre. Ele estava exausto, não ia negar.

Mas ele queria voltar pra casa com um tempo de distância do Natal, para poder descansar de todo o ano de trabalho.

O contato entre Sebastian e Samantha diminuiu de uma forma que eles não esperavam. Os horários não estavam batendo, quando Samantha ia dormir, Sebastian ainda estava gravando e quando ele acordava, ela estava no trabalho. Nunca imaginaram que as três horas de fuso horário poderia fazer diferença no relacionamento deles. Nem quando ele esteve em Paris foi tão difícil.

Mas finalmente o dia que Sebastian voltaria pra casa chegou e assim que Samantha ouviu o barulho das chaves na porta e as malas encostando no chão, ela parou de fazer as coisas pra janta e correu em direção a ele, pulando em seu colo e envolvendo as pernas ao redor do corpo dele, antes de iniciar um beijo saudoso.

Ela parecia criança quando ganha algum brinde nas máquinas de jogos nos parques, e pensar nisso fez Sebastian rir durante o beijo.


— Essa com certeza é a minha forma favorita de chegar em casa... – Sebastian comentou sorrindo e com os lábios próximos aos dela, enquanto a segurava no colo.

— Eu senti a sua falta... – Ela sorriu o olhando nos olhos. — Acho que ficarmos sem conversar fez parecer que o tempo demorou mais tempo pra passar...

— Talvez devêssemos fazer isso mais vezes se for pra eu ser recepcionado assim... – Ele brincou e deu um selinho nela. — Mas eu senti sua falta também, amor...


Samantha sorriu e beijou a bochecha dele, antes de descer do colo, prestando atenção em como ele estava vestido, rindo ao vê-lo com a clássica boina cinza.


— Meu Deus... Essa boina já está quase pedindo socorro... – Sam brincou e tirou o acessório da cabeça dele, ficando boquiaberta com o que viu. — MEU DEUS, VOCÊ ESTÁ CARECA? - Ela levou as mãos até a boca em choque.

— Bom saber que você não gostou... – Ele ri fraco, pegando as malas no chão.

— Não, não é nada disso, é só que não esperava... Você não avisou...Fui pega de surpresa... Em um dia você está com cabelo e agora você está careca, óbvio que eu vou ficar surpresa... – Samantha fala rindo depois de divagar, olhando pro namorado que subia as escadas. — Mas você está lindo, Seb... – Ela não escutou nenhuma palavra e suspirou, voltando até a cozinha pra terminar a janta e esperar por ele.


Quase quinze minutos se passaram quando Sam ouviu os passos nas escadas, sabendo que Sebastian estava descendo. Ela olhou na direção dele e sorriu fraco, abaixando o fogo da carne.

WHAT IF: I Know Places (Sebastian Stan)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora