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Maria Luiza.

O dia já estava amanhecendo quando decidi ir embora, eu tava um pouco alterada por conta da bebida já e tava cansada também. Me despedi das meninas e me levantei, colocando minha bolsa no ombro.

Robson: Já vai, Maluzinha? - Olhei pra ele, confirmando.

Malu: Tô cansada, atingi meu máximo já.- Brinquei.

Robson: Não quer que alguém desça contigo não? - Neguei e agradeci.

Passei por eles, passei pela mesa na qual a Alicia estava sentada, ela e as amigas viraram pra me olhar e eu passei direto, descendo as escadas. Passei por algumas pessoas e fui andando meio que rápido pra adiantar minha chegada, mas fui interrompida com a voz da chata da Alicia atrás de mim.

Alicia: Garota, eu vou te falar pela última vez.- Parei de andar, virando pra ela.- Para de dar em cima do Trovão.

Malu: Caraca mona, supera isso! Muda o disco, vai procurar outra distração.- Apontei, vi que o Trovão tava descendo na nossa direção com o Vagner e revirei os olhos.

Alicia: Não quero uma vagabunda que nem você perto do meu marido, nem um demônio igual seu filho perto do meu.- Falou se aproximando.

Na hora que as palavras dela chegaram aos meus ouvidos eu larguei minha bolsa e dei um soco no rosto dela. Ela gritou assustada e recuou me chamando de louca, chutei as pernas dela vendo ela cair e me abaixei, colocando o rosto dela contra o asfalto.

Malu: Nunca mais abra a merda da boca pra falar do meu filho.- Falei pressionando o rosto dela contra o chão, a boca dela já sangrava e ela tinha começado a chorar.- E quando ao seu marido, você pode fazer todo proveito do mundo.

Trovão: Ou, já deu.- Falou me puxando de cima dela, chutei a barriga dela antes dele me puxar com força e me empurrar pra trás.- Tá surda caralho?

Peguei minha bolsa do chão olhando pra ele e dei as costas pra ele saindo dali, fui descendo pra casa quase que correndo e quando cheguei fui tirar a chave da bolsa, mas o barulho de uma moto me fez olhar pra trás. Trovão parou a moto em frente a minha casa e desceu me encarando.

Malu: Fala sério, Trovão. Vai cuidar da Alicia, garanto que ela tá precisando muito mais de você do que eu.- Falei caçando a chave na bolsa toda revirada.

Ele estendeu a mão e eu olhei pra ele que tava com a minha chave na mão, puxei da mão dele com força e ele negou com a cabeça.

Trovão: Caiu quando tu jogou a bolsa.- Falou cruzando os braços.

Malu: Se você puder, traga o Caio assim que ele acordar. Se não puder, me avisa que eu vou buscar.- Falei abrindo o portão, o Trovão fez menção de entrar junto comigo e eu fechei o portão na cara dele.- Vai se fuder.

Deu as costas escutando o silêncio mas o barulho da moto segundos depois me fez entrar em casa batendo a porta e ir direto pro quarto, nem pra tomar banho eu tava com disposição.

Primeira dama Onde as histórias ganham vida. Descobre agora