Trovão.
Robson: Pô, tu não acha que tá muito fácil não? - Falou do meu lado.- A garota fez mó caô, engravidou a força, brigou com deus e o mundo e agora quer sair da tua casa na paz?
Trovão: Tu acha que eu vou reclamar? Seguro a onda que vim depois.- Falei abrindo a casa.- Conheço a Alicia, ela tava com cara de quem tá cansada de sustentar esse bagulho.
Robson: Sei não, gente doida tem cada surto né.- Eu dei os ombros.
Olhei a casa com o mano e tava tudo tranquilo, mandei a mulher limpar e tava maneirinho, era a antiga casa do Rb e era da hora. Depois de ajeitar os bagulhos, voltei pra minha casa e a Alicia tava tomando café com o Luiz, passei por eles e parei na cozinha tomando água.
Trovão: Arrumei o bagulho.- Falei olhando a Alicia, que me olhou.
Alicia: Hoje de tarde eu vou.- Falou sem me olhar.
Luiz: Pra onde? - Me olhou.
Alicia: Vou pra outra casa.- Luiz virou e olhou pra ela negando.
Luiz: Você não pode ficar sozinha, você sempre tá passando mal.- Apontou.
Trovão: E eu sempre vou tá por perto de olho pô.- Falei parando do lado dele.
Luiz: Igual você sempre tá aqui? - Eu encarei ele.
Trovão: Tá perdendo a noção, Luiz? - Ele me olhou de volta, ligando pra nada.
Luiz: Desde que você começou a namorar com a Maria Luiza, você nunca mais fica em casa, e todas as vezes que acontece alguma coisa com o meu irmão, você nunca tá pra ajudar.- Falou saindo da mesa.
Encarei ele subindo as escadas e eu ia mandar ele voltar, mas a Alicia levantou correndo e foi pra cozinha, segui ela vendo ela vomitar no lixo e segurei o cabelo dela. Respirei fundo ajudando ela a sentar e ela amarrou o cabelo.
Alicia: O remédio tá ali em cima, pega aí.- Apontou pra caixa em cima do balcão.
Abri a caixa vendo que tava cheiona de remédio e eu nem sabia de onde tinha vindo esse bagulho todo, entreguei a caixa pra ela e peguei água, dando o copo pra ela.
Trovão: Tu toma esses bagulhos tudo! - Falei encarando ela colocando um comprimido na boca.
Alicia: A maioria eu comprei, mas troquei. Aí fica acumulando aí, mas tomo boa parte.- Cruzei os braços.
Trovão: E quem compra esses bagulhos?
Alicia: Dona Lúcia, Rb, Vg, e até um vapor seu que foi levar a gente no hospital já comprou.- Falou levantando.
Balancei a cabeça observando ela sair da mesa e vi minha coroa descendo as escadas, tirei os bagulhos que ela deixou em cima da mesa e joguei na pia, dei uma volta por ali e a dona Lúcia me encarou.
Lúcia: Aconteceu alguma coisa? - Falou abrindo a geladeira.
Neguei com a cabeça e beijei a cabeça dela, saí dali pegando a chave da moto e fui pra boca. Passei o dia ali e quase cinco horas da tarde desci pra casa, os bagulhos da Alicia já tavam tudo na sala e ela tava mexendo no celular, deitada no sofá. Coloquei os bagulhos no carro e ela veio junto, a casa que ela ia ficar era só uma rua depois, eu entrei com ela e ajudei ela organizar os bagulhos.
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Primeira dama
Teen FictionPor um lado temos uma mulher que sofreu de todas as formas, e a cada dia perde a fé em tudo, do outro, temos algum cabeça dura, fechado, e totalmente nem aí pra terceiros, como isso pode dar certo de alguma forma? !