36

119K 8.9K 2.7K
                                    

Maria Luiza

Ele estendeu o cigarro pra mim e eu neguei, Trovão continuou a fumar calado e eu me sentei, olhando pro céu e vendo a fumaça dele se misturando com o ar.

Trovão: Posso te perguntar um bagulho? - Olhei pra ele.

Malu: Qual a chance de você me ofender na sua pergunta? - Brinquei e ele negou.

Trovão: Quando tu subia na boca pra comprar coca, era pra tu ou pra outra pessoa? - Falou me olhando sério.

Malu: Algumas dias eu usava depois da noite, eu não suportava o peso depois e precisava fugir de alguma forma.- Falei baixo, quase que minha voz não saia.

Trovão ficou calado e eu soltei o ar voltando a olhar pro céu mas sentia um olhar sob mim o tempo todo. Quando eu olhei pra ele, ele desviou o olhar e jogou o cigarro no chão, pisando em cima.

Trovão: Vou descer pra pegar a moto, marca um dez rapidão.- Falou se desencostando da parede.

Malu: Pra onde a gente vai? - Falei curiosa.- Não posso voltar de manhã.

Trovão: Jae, espera aí cara.- Falou indo até o portão.

Malu: Tem certeza que prefere ir de moto? - Questionei e ele me encarou.

Trovão confirmou com a cabeça como se entendesse o que eu tinha falado e saiu fechando o portão. Eu entrei em casa novamente e abri o quarto, resolvi tomar um banho rápido, me arrumei um pouquinho e sai novamente trancando a porta, ajeitei as coisas na sala e peguei meu celular que tava tocando, desliguei sabendo que era o Trovão e sai de casa fechando as coisas. Abri o portão e vi o carro parado ali na frente, eu abri a porta e entrei, vendo ele me olhar.

Trovão: Tomou banho por que tava imunda, né? Maior porca, suja.- Falou assim que eu fechei a porta e eu revirei os olhos.

Malu: Como pode você me fazer repensar se vale a pena sair com você em apenas uma frase? - Falei e no mesmo segundo ele trancou as portas, me fazendo dar uma risada.

Trovão saiu com o carro dali e eu deitei a cabeça no banco, ele foi dirigindo pelo morro tranquilamente, quando saímos de lá eu virei pra olhar pra ele e ele tava olhando pra frente, filho da puta gostoso até distraído.

Trovão me olhou quando percebeu que eu tava olhando pra ele e meteu uma mão perto de mim, virando meu rosto rosto com cuidado e eu soltei uma risada. Segurei a mão dele e deslizei ela até a minha coxa, Trovão apertou minha coxa e olhou pra frente, mantendo sua mão ali enquanto a minha estava por cima e brincava com o polegar dele.

Depois de uns vinte minutos, ele parou na frente de um motel e baixou o vidro. A atendente olhou pra ele e pelo visto já se conheciam, eu desviei o olhar e vi eles trocando algumas palavras até ela dar a chave do carro. Trovão seguiu entrando e estacionou, descemos do carro e eu fui seguindo os passos dele, subimos as escadas e eu já tava morta pra caralho quando chegamos na cobertura.

Fiz uma careta ao entrar e ver todo aquele luxo, aquela vista e tudo parecia coisa de rico, Trovão entrou tirando a blusa e jogou em cima do sofá, me sentei na cama e observei os cantos do quarto. Trovão abriu a mini geladeira e pegou uma garrafa de whisky abrindo, colocou no copo e me entregou um, misturei com coca cola e ele me puxou pra varanda.

Malu: Quantas já estiveram aqui com você? - Não consegui segurar a língua e ele soltou uma risada, se sentando numa cadeira.

Trovão: Quer saber mermo? - Me encarou e eu neguei, levantando as mãos em rendição.

Trovão colocou o corpo de whisky na bancada e me puxou, sentei eu sei colo encarando ele e segurei o rosto dele, dando espaço pra um beijo. Enquanto a gente se beijava, trovão deslizou suas mãos pela minha barriga e aos poucos foi tirando meu cropped, meus seios pularam pra fora e eu senti sua mão gelada tocando neles.

Assim que eu senti seu toque em mim, parecia que minha cabeça deu uma revirada. "É por prazer, eu não tô sendo paga; é por prazer, eu realmente quero isso." Minha mente repetia isso pra mim mesma, como se tentasse acreditar.

Eu fechei os olhos sentindo ele tirar a boca da minha e deslizar a boca dele pra o meu pescoço, aos poucos minha vontade de transar com ele foi indo embora, porque eu simplesmente havia parado de sentir prazer, e minha mente estava uma bagunça agindo como se ele fosse um cliente e eu estivesse me prostituindo.

Primeira dama Onde as histórias ganham vida. Descobre agora