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Maria Luiza.

Vg: Pô, vocês não querem dormir por aqui não? - Falou entrando no carro.- Lá em casa pô, tranquilão.

Yasmim: Prefiro dormir em casa.- Olhei pra ela e concordei, sentei no banco da frente e o Trovão ligou o carro.

Malu: Outro dia a gente organiza direito pra sair.- Falei pegando meu celular do bolso.

Vagner concordou e eu fiquei quietinha vendo o Trovão dirigir, ele tava nem aí pra vida e depois de um tempinho, chegamos em casa. Yasmim agradeceu e foi descer, eu ia dar um beijinho na bochecha dele pra descer mas ele colocou a mão na minha coxa.

Trovão: Bora comigo pô, depois te deixo.- Apontou com a cabeça.

Vagner: Fica não pô, tô afim de sair ainda, vai embora, Maria.- Eu soltei uma risada.

Yasmim: Eu aviso pro pai.- Falou me dando um beijo na bochecha.

Agradeci a ela e a gente saiu dali com o Vg reclamando, ele ainda fez o Trovão rodar a cidade até chegar no baile da penha, só porque ele queria ficar lá. Depois de deixar ele, Trovão seguiu um caminho na qual eu não conhecia.

Malu: A gente vai pra onde? - Falei olhando pela janela.

Trovão: Sei não pô, procura aí algum motel maneiro.- Apontou com a cabeça e eu fiz careta.

Malu: Pode ser hotel? - Ele me encarou e concordou, peguei meu celular procurando por algum legal.

Achei um mais simples porém o Trovão me xingou e mandou procurar um bagulho bom, eu revirei os olhos e achei um, beira da praia e tudo mais, ele se amarrou e eu também. O resto do caminho eu fui brincando com a flor e ele me olhando de canto as vezes, chegamos no hotel, Trovão pagou tudo direitinho e a gente subiu, ele tinha simplesmente conseguido a cobertura.

Malu: Muito legal gastar dinheiro assim, né?! - Falei quando a gente entrou no elevador.- Bandido, safado.

Trovão: Tu se amarra né.- Falou me puxando e eu soltei uma risada.

Tava com a florzinha na mão e simplesmente não conseguia largar ela. Eu estava de costas pro Trovão e ele segurando minha cintura, olhei a gente no espelho e vi ele olhando pro nada, enquanto o queixo estava apoiado na minha cabeça.

Chegamos no quarto e eu fui procurar por tudo, muito feliz. Rodei o quarto todo achando tudo lindo e ele ficou me chamando de maluca, Trovão tava sentado na cama me olhando e eu fui até ele, parando na sua frente.

O dia já estava pra amanhecer, só tinha uma luz clarinha acesa no quarto, mas a luz do céu que iluminava mais. Trovão me olhou e eu sentei em seu colo, sentindo a respiração dele batendo no meu peito, beijei a testa do Trovão que soltou uma risada e passou a mão pela minha cintura.

Trovão: Vai voltar pro morro né, pô? - Falou passando os dedos pela minha cintura.

Malu: Se eu te falar que já me acostumei pra caramba lá na Rocinha? Todo mundo gosta de mim, ninguém me olha torto, e além, eu sou a princesa de lá, todo mundo me respeita! Fora que agora não tô afim de voltar pra lá.

Primeira dama Onde as histórias ganham vida. Descobre agora