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Trovão

Senti a mão dela passando pelo meu rosto e deu um sorriso de lado, cheirando o pescoço e sentindo o perfume dela, não era doce, mas não era ruim, parecia que era um bagulho só dela. A safada sentou no meu colo me beijando e eu já fui malucão metendo a mão e tirando o sutiã dela, sentindo ela me puxar pra mais perto...

Luiz: Pai.- Me assustei com o grito dele, acordei na maior neurose e tirei a blusa do rosto, a almofada tava em cima do meu pau mas eu senti o garotão pronto pro abate.

Trovão: Caralho, qual foi moleque? - Falei com voz de sono, levantei a cabeça olhando em volta e encarei ele.

Luiz: A vovó tá trancada no quarto desde manhã, eu já chamei ela várias vezes e ela não me respondeu. A gente quer comer.- Apontou pro Caio.

Dei um pulo do sofá e peguei meu celular, entreguei pra ele pedindo pra ele ligar pra mulher da quentinha e dei um corrida até as escadas. Subi o bagulho e fui até a porta do quarto da minha coroa, dei dois socão na porta e chamei por ela.

Trovão: Qual foi velha, levanta aí.- Falei batendo na porta e ela não respondeu.

Dois bagulhos, minha coroa nunca acordava depois do 12h e nunca deixava o Luiz sem comer. Bati neurose rápido, me afastei chutando a porta e eu olhei pros meninos que tavam subindo as escadas, a porta caiu e eu abri maior olhão quando vi a minha mãe deitada no chão.

Trovão: Qual foi, qual foi.- Falei preocupado e os meninos entraram no quarto correndo.

Luiz: O que aconteceu? - Falou nervoso.

Trovão: Liga pro Robson e fala pra ele que a coroa ta desmaiada.- Falei com o Luiz que saiu do quarto correndo e o Caio tava com maior cara de assustado.- Sabe o número da tua coroa de cabeça?

Ele concordou rápido e eu peguei o celular da Lúcia que tava no chão e joguei pra ele mandando ele ligar pra ela, quando eu tava descendo as escadas escutei alguém batendo no portão e abri a garagem colocando minha mãe no carro. Escutei o Luiz abrindo o portão e a voz da Maria Luiza, escutei gente correndo e logo o Luiz apareceu, a garota veio depois dele.

Malu: O que aconteceu? - Me olhou preocupada e apontou pra minha mãe.

Trovão: Não sei.- Falei entrando no carro.- Olha o Luiz pra mim, namoral!

Luiz: Eu quero ir com a vovó.- Falou me olhando e eu neguei.- Tio Robson disse que vai te esperar no hospital.

Malu: Eu fico com ele, não se preocupa.- Eu abri o portão que era automático e fechei a porta.

Balancei a cabeça pra ela saindo dali e desci o morro quase atropelando geral que tava na minha frente, sai do morro indo pro hospital e quando parei vi o Robson. Ele tinha a ficha limpa, só se envolvia em crime pequeno e nunca foi pego, já eu tava fudido.

Robson: Vai pra casa e segura o b.o, tão dizendo que alemão tá querendo subir lá hoje.- Falou tirando a mãe do carro.- Eu te ligo qualquer bagulho.

Encarei ele ajudando ele tirar ela e ele saiu gritando por ajuda, encarei ele entrando no hospital nervoso pra caralho com ela e fui fechar a porta de trás, percebi que tinha polícia chegando perto e entrei no carro batendo no volante e saindo dali.

Quando cheguei em casa, entrei bolado pra caralho, minha mente não parava de bater neurose por um segundo. Eu abri a porta da frente e vi os meninos comendo na mesa, a Maria Luiza falando algum bagulho pra eles e eles encarando ela com atenção, mas assim que eu entrei eles me olharam.

Luiz: Cadê a vovó, como ela tá? - Falou se levantando.

Trovão: Rb ficou com ela, ele vai ligar quando ela for atendida.- Falei passando a mão no cabelo do Luiz que me olhou com uma cara triste.

Luiz: Eu não quero perder ela como perdi a tia Bruna.- Falou baixo e eu encarei ele.

Bruna era a ex mulher do Vagner. Ela era melhor amiga da Alicia também, quase uma irmã, as duas viviam pra cima e pra baixo juntas. Pouco depois do Luiz completar quatro anos ela descobriu que tava com câncer, e aí foi barra pra todo mundo, geral gostava dela, Luiz amava pra caralho ela, ele trocava geral pra ficar com ela.

Ela morreu perto do aniversário de seis anos dele, e aí muito bagulho desandou. Ele nem saia do quarto direito, a mãe dele também tava sofrendo pra caralho, e papo reto, parece até que foi esse bagulho que fez ela mudar em relação a muita coisa, porque desde que a Bruna morreu que ela jogou o Luiz de lado, uma atitude feia pra caralho.

E foi nessa também que o Caio entrou no bagulho, ele conheceu o Luiz nesse tempo, foi um moleque que deixou o Luiz feliz e se pá, era o único que conseguia levar ele pra rua e brincar.

Mas namoral, pra falar verdade mesmo eu era mais do mundo nesse tempo, não parava muito em casa e papo reto, não dava tanta atenção ao Luiz como eu dou hoje em dia. Porém quando a Alicia começou a se afastar dele, eu senti que deveria cuidar pra caralho dele, e tô nessa até hoje.

Trovão: Tua vó é vida louca, tá só brincando com a gente, logo menos tá aí pra gritar contigo.- Baguncei o cabelo dele.- Vai lá comer.

Ele foi se arrastando pra mesa e eu olhei pra Maria, ela me olhava e eu olhei pra ela da merma forma, passei a mão na nuca e desviei o caminho indo até a escada, quando eu comecei a andar percebi que o garotão tava na maior liberdade. Eu olhei pra baixo e percebi que tava com short de jogador, aqueles short molinho pra caralho que qualquer vacilo o pau tá marcando, e eu tava sem blusa.

Olhei pra trás vendo a safada olhando pro Luiz comer, mas quando eu olhei pra ela, ela me olhou. Fez cara de deboche e virou o rosto, voltando a falar algum bagulho pros meninos e eu subi pro meu quarto, tomando um banho demorado pra caralho.

Primeira dama Onde as histórias ganham vida. Descobre agora