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Maria Luiza.

Tinha gente tentando me prender por ser cúmplice de traficante, e eu não conseguia prestar atenção em nada pois na minha mente só tinha o Caio sendo levado pelo Peixe, eu já estava desesperada quando o policial disse que eu estava liberada, que meu advogado estava aqui, que advogado?!

— Seu pai me mandou.- O homem falou parando do meu lado.

Malu: Preciso ir atrás do meu filho.- Falei saindo dali praticamente correndo.

O homem chamou minha atenção me fazendo entrar no carro dele e naquele momento eu nem queria saber se realmente podia confiar no estranho, não era essa minha preocupação. Já havia se passado quase meia hora desde que saí do hospital, e tanta coisa podia acontecer em meia hora.

Quando chegamos no hospital ainda estava cheio de polícia, eu entrei correndo e fui até a recepção, a mulher me encarou e eu falei que tinha que ir até o quarto do meu filho.

— O pai dele está lá também como acompanhante, ele chegou há alguns minutos atrás.- Falou me entregando o papel e eu abri maior olhão.

Malu: Como você deixou?! - Apontei pra ela indignada e sai pelo corredor.

Quando achei a porta do quarto empurrei com toda minha força, eu achava que não ia ver mais meu filho ali na cama, mas quando eu abri, vi o Robson contando alguma coisa pro Caio, que tava rindo enquanto ainda tomava o soro, mas pela forma que eu abri a porta eles se assustaram.

Malu: Caralho.- Coloquei a mão no coração e eles me olharam.- Caralho, Robson.

Robson: Ué, qual foi? - Falou sem entender.

Malu: A mulher da recepção falou que o pai dele tava aqui, tá maluco cara? - Fechei a porta pegando um copo de água e tomando.

Robson: Tinha que falar algum bagulho entrar né.- Deu os ombros.

Caio: Onde você tava cara? Parece que foi atropelada por um caminhão.- Falou rindo.

Malu: Aí Caio, se manca.- Falei mais calma e olhei pro Robson.- O Vagner tá bem? Como você chegou aqui?

Robson: Papo reto, Malu? Sei de nada que tá rolando pô, Trovão só me ligou me chamando, pediu pra eu ficar e nem explicou nada direito.- Eu procurei meu celular no bolso e por algum milagre estava, puxei o Rb pro canto afastando ele do Caio.

Malu: Vagner começou a ser perseguido pela polícia, eu fui levada pra delegacia e o Peixe tava rondando. Provavelmente ele que armou tudo isso pra pegar o Caio.- Robson abriu maior cara feia.

Robson: Vou tentar saber de algum bagulho.- Falou saindo do quarto e eu fui até o Caio, me sentei na poltrona do lado dele e respirei fundo.- Tá melhor?

Caio: Sim, o médico falou que eu devo ter comido algo que não estava muito bom, por isso fiquei assim e tava doendo tanto.- Me olhou.

Concordei, deitando a cabeça na poltrona e fechei os olhos passando a mão no rosto, peguei meu celular tentando ligar pro Trovão, liguei uma, duas, três, na quarta vez estava desistindo quando ele me atendeu.

"Malu: Oi? Você tá bem? - Falei preocupada.
Trovão: Tô é fudido pra caralho.- Falou rindo.- O Caio tá bem?
Malu: Tá sim, não sei o que você fez mas obrigada, de coração. Aonde você tá? Tá com o Vagner?
Trovão: Tô no postinho, cai da moto e os moleques me trouxeram pra limpar os bagulhos aqui. Aconteceu muita parada pô, depois eu te explico melhor.
Malu: Tudo bem, só queria saber se vocês estavam bem.
Trovão: Ou, posso ir pra tua casa? Não tô afim de ir pra minha.
Malu; Pode sim, tem uma chave reserva no cantinho da janela, pede pra alguém pular, abrir o portão da frente e depois entra.
Trovão: Jae, tamo junto Malu."

Ele desligou e eu me ajeitei, o Caio tava me olhando e soltei uma risada, briguei com ele pra ele parar com essas coisas e ele revirou os olho. O soro já estava quase acabando e eu fiquei cochilando ali, até o Robson voltar.

Primeira dama Onde as histórias ganham vida. Descobre agora