Trovão
Cheguei em casa quase nove horas da noite, assim que eu entrei vi que o Luiz tava vidrado no celular, de cara já olhei feio sabendo que isso era bagulho da Alicia, pra não ter que dar atenção a ele, ele ficava o tempo que quisesse no celular.
Trovão: Ou menor, larga isso.- Ele me olhou.
Luiz: A mãe disse que eu podia ficar.- Encarei ele.
Trovão: E eu te perguntei alguma coisa, cara? - Luiz bateu o pé jogando o celular no sofá e cruzou os braços.- Tu tá chatinho pra caralho ein!
Luiz: Você que tá, não me deixa fazer nada, só fica reclamando.- Me sentei do lado dele.
Trovão: Tudo que tu me pede e tá no meu alcance eu te dou cara, tu reclama demais.- Ele deu os os ombros.
Luiz: Desde que voltamos a morar todos juntos, você mal fica em casa.
Trovão: Já te mandei o papo, eu e tua mãe no mermo lugar não bate.
Luiz: Eu não queria que ela fosse embora, nem queria escolher um dos dois.- Falou coçando a cabeça.
Trovão: Já tá bem grandinho pra entender os bagulhos, se tua mãe prefere ir pra longe do que ficar contigo, tu entende o bagulho, né? - Luiz ficou calado, eu passei a mão pelo cabelo dele e sai dali.
Encontrei minha coroa e ela falou que tinha ido fazer exame de sangue com a Alicia, que confirmou que ela tava grávida e desde que elas chegaram, a Alicia tava trancada. Eu fui pro quarto tomar um banho e pensei em marolar pela casa da safada, ela era maior chata mas o bagulho era melhor que ficar aqui.
Luiz: Você vai pra onde? - Falou invadindo meu quarto enquanto eu tava passando perfume.
Trovão: Vou te falar não, tu é muito fofoqueiro.- Ele soltou uma risada.
Luiz: Eu quero ir com você, faz tempo que a gente não sai.- Falou se jogando na cama e eu encarei ele.
Trovão: Eu vou descer na praça, fazer nada demais.- Luiz concordou com a cabeça.- Pode chamar aquele teu amigo lá.
Luiz: O Caio? - Me encarou.- A mãe disse que era melhor ficar longe dele, que a tia Malu faz muita coisa errada, e tá tentando roubar você da mãe.- Falou revirando os olhos.
Trovão: Aí garoto, vou parar de render papo contigo. Maior bobão caindo no conto, Caio é teu melhor amigo e tu vivia aí laricando na casa daquela chata lá. Maior ingrato.
Luiz: Eu já vi como você olha pra Malu.- Eu nem olhei pra ele, andei pelo quarto colocando a blusa.
Trovão: Vontade de raspar o cabelo dela, só isso. Chata pra caraca menor, impossível conviver e não olhar feio.- Luiz negou com a cabeça.
Luiz: Você vive falando que eu já sou grande, senhor Thiago. Eu sei o que o seu olhar pra ela significa.- Falou levantando da cama. e eu olhei pra ele.- Vou pegar minha blusa e desço.
Encarei ele sair do quarto e cocei a cabeça, desci pra sala e fiquei esperando ele que veio correndo. A gente saiu andando e parou na casa da chatinha, eu bati e ela demorou pra atender, mas quando atendeu tava com uma roupa que deixava ela quase nua.
Trovão: Vai pra onde tu? - Meti essa logo de cara e ela me olhou, a safada me olhou dos pés a cabeça e virou o rosto rindo.
Malu: Oi Luiz, quanto tempo.- Sorriu pra ele.
Luiz: Posso ir falar com o Caio? - Olhou pra mim e pra ela.
Maria concordou e ele entrou correndo, eu fui entrar também mas ela ficou na minha frente me impedindo e eu peguei ela nos braços, vendo ele rindo e me bater.
Malu: Já esqueceu sua cena de ciúmes de hoje cedo? - Falou rindo e eu fechei o portão, colocando ela no chão.
Trovão: Tá se achando muito importante né?! Eu nem tava afim de te levar, o mano apareceu e foi uma chance de escapar! - Meti serinho e ela concordou com cara de debochada.
A safada deu as costas pra mim indo entrar em casa e eu puxei ela pelo braço, dando um beijo nela. Ela me deu uns selinhos mas se soltou, e ainda me xingou sem motivo nenhum e quando eu falo que é chata pra caralho fica aí reclamando.
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Primeira dama
Teen FictionPor um lado temos uma mulher que sofreu de todas as formas, e a cada dia perde a fé em tudo, do outro, temos algum cabeça dura, fechado, e totalmente nem aí pra terceiros, como isso pode dar certo de alguma forma? !