Capítulo 06

4.7K 273 11
                                    

Minha semana passou rápida, muito trabalho no quartel, muitas discussões com scarlat que cismou que uma de minhas alunas do quartel está dando mole para mim, compras para o churrasco de apresentação para meus novos vizinhos, é sempre bom conhecer nosso vizinhos.

Já é sexta-feira e estou saindo do quartel para ir em casa pegar umas coisas que esqueci, no caminho vejo ela, aquela que faz meu coração acelerar toda vez que há vejo. Ela estava de uniforme, acho que saiu do colégio agora, resolvo oferecer uma carona a ela e ela aceita.

O silêncio preenche o carro, para trazer leveza para o ambiente resolvo fazer algumas perguntas, tais como em que ano escolar ela está, qual faculdade ela vai fazer, se tem namorado, esse último tive que enfrentar minha consciência que não queria que eu perguntasse, mas perguntei assim mesmo e fiquei feliz com a resposta.

Após deixar ela em casa e praticamente implorar para ela ir no churrasco, vou em casa, pego que que tinha que pegar e volto para o quartel. Já era aproximadamente 22:00 estou pegando algumas caixas no meu carro e lá está ela, deslumbrante, toda arrumada entrando em um Uber, ela me olha e me cumprimenta com um leve balançar de cabeça, fico paralisado pensando:

— Onde ela vai assim?

Depois que o Uber saiu eu entro em casa e fico andando de um lado para o outro impaciente pensando nela daquele jeito. Pego um copo e coloco uma dose de uísque, sento no sofá tentando me acalmar. Resolvo me arrumar e ir em uma boate que um soldado do quartel me indicou, vou aproveitar que scarlat não chegou, porque quando ela chegar a minha paz vai embora com certeza.

Ao chegar na boate vou direto para o bar e peço mais uma dose de uísque, fico sentado ali bebendo quando olho para a pista de dança e vejo ela dançando, nossa! Agora eu enfarto! Ela dançava, rebolava, tudo em câmera lenta, fico hipnotizada.
Vejo um moleque se aproximar dela, ela não dá muita atenção, ele começa a se esfregar nela, meu sangue começa a ferver, fecho meus punhos com tanta força que minha mão fica branca!

Ela fala alguma coisa com ele que o deixa muito irritado, era visível pelo olhar de ódio dele, quando estou me levantando para ir até ela vejo aquele desgraçado dando o tapa na cara da minha menina, eu perco todos os meus sentidos naquele momento, quando me dou conta já estou em cima dele socando a cara desse otário. Minha mão já está cheia de sangue quando sinto os seguranças me puxarem de cima dele, tento me soltar me debatendo, mas aí meus olhos se cruzam Com os dela.

Ela ainda está no chão, com os olhos cheios de lágrimas, com o rosto vermelho e muito assustada, paro de me debater e já mais calmo conto para os seguranças o que aconteceu, pelo menos o que eu vi e vou até ela.
Me abaixo, passo a mão no rosto dela e pergunto se está tudo bem, se ela está sentindo alguma coisa, se ela quer ir para o hospital, ela balança a cabeça em sinal de não.

A amiga dela chega toda desesperada abraçando ela, as duas conversam e se levantam a amiga diz que vai levá-la para casa, eu digo que posso levá-la já que moro do lado da casa dela, elas se entre olham e Melissa dá uma leve balançada de cabeça dizendo que está tudo bem, que ela vai comigo.

Saio da boate segurando em sua mão, abro a porta do carro para ela entrar entro também. O carro é um silêncio só, no meio do caminho ela começa a chorar, eu estaciono o carro em uma rua e rapidamente dou um abraço nela. Ficamos abraçados por alguns segundos quando ela começa a falar.

— Eu falei para ele não me tocar, ele me chamou de puta, eu... Eu xinguei a mãe dele! Por isso ele me bateu.
Ela chora mais.

— Não importa o que você falou, ele foi covarde e se não fosse os seguranças eu teria matado ele.

Ela me olha assustada, eu seguro o rosto dela olhando o vermelho que com certeza vai ficar roxo amanhã e começo a acaricia-lo, que vontade que estou de beijar a boca dele!

Me aproximo devagar de sua boca e quando estou a milímetros de beija-la eu paro, fico esperando para vê se ela quer também, não vou me aproveitar de uma mulher que está fragilizada.

Grávida de um Militar. ( Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora