Grávida de um Militar. ( Concluído)

Capítulo 52

Mel...

Essa situação com o Jhon me deixou muito fragilizada, talvez seja os hormônios. Na minha última consulta com a obstetra minha pressão estava um pouco alta.

Tenho conversado como Jhon todos os dias mas não contei sobre o quarto do bebê, vai ser uma surpresa quando ele voltar, também não contei a ele sobre minha pressão está alta, ele tem muitas preocupações não vou dar mais uma.

Minhas conversas com ele é basicamente sobre o Dom e o bebê, ainda estou chateada com ele, sei que ele está em uma missão mas ele prometeu poxa!!Eu estou aqui sem saber se o meu marido, pai dos meus filhos vai voltar pra casa e a única forma de saber se ele está bem ou não é quando ele me liga ou envia mensagem. Jhon é muito protetor, acha que se guardar as coisas pra ele todos ficarão bem, mas as coisas não funcionam desse jeito, talvez seja por ele ser militar. Quando ele voltar teremos uma conversa séria!

Estou na cama assistindo tv, estou sem sono e um pouco agoniada, já são por voltas das 23:00 horas quando entra uma chamada de urgência na tv dizendo que os bombardeios na Ucrânia estão mais intensas hoje, diz também que as forças armadas americanas invadiram um prédio que poderia ser onde os repórteres estavam sendo mantido reféns, que não tem informações sobre feridos ou mortes...

No momento que eu ouço a palavra mortes meu coração dispara, uma falta de ar me invade e uma pontada na cabeça me deixa sem os sentidos por um tempo. Me levanto para ir até o quarto dos meus pais chorando quando sinto uma pontada na barriga e já vejo sangue escorrendo pelas minhas pernas, grito chamando a mamãe que vem correndo junto com papai desesperada.

Quando mamãe olha para as minhas pernas cheias de sangue arregala os olhos e grita.

- Renato, corre e pega as chaves do carro, vou ligar para a beca vir ficar com Dom.

Mamãe dar as ordens e papai sai correndo trêmulo, eu ainda estou parada no mesmo lugar chorando, imóvel! Depois de ligar para beca mamãe me pega e leva para o banheiro, me dá um banho, coloco um absorvente e uma roupa.

Seguimos para o hospital, assim que saio do carro Fê já está na porta me esperando com os maqueiros e outros médicos, na correria eu não liguei para ele mas com certeza beca ligou. Minha dor é insuportável e eu seguro na mão do fé e digo.

- Se o dr tiver que escolher entre eu e o meu bebê diga que eu escolho o bebê!

- Para com isso Mel, não teremos que escolher ninguém!! Vocês dois ficarão bem! Ele diz apertando minha mão.

- Fê promete pra mim que vai escolher o bebê se tiver que escolher! Digo chorando e uivando de dor.

- Já disse que não vai precisar disso, e fica quieta e se acalma!

Entramos em uma sala com vários médicos já me aguardando, verificaram minha pressão e a mesma está 16/8.
Enquanto alguns médicos me colocam o acesso, os enfermeiros preparam as medicações indicadas e minha obstetra começa a verificar os batimentos cardíacos do bebê.

Percebo quando minha obstetra olha para o Fê e sacode a cabeça negativamente, foi um movimento muito sutil mas eu estava atenta a tudo. Começo a chorar e digo gritando.

- Não deixem meu bebê morrer, não deixem meu bebê morrer por favor!!! Eu emploro.

Agarro o jaleco do Fê o puxando para bem perto de mim e ordeno.

- Fellipe!!! Faça o que tiver que fazer mas salve o meu filho!! Se eu perder ele eu vou junto, não vou suportar e serão dois mortos! Por favor?!

Jhon olha para a Dra e acena positivamente para ela que na mesma hora dá ordem para os enfermeiros me levarem para a sala de parto.

- Levem ela para a sala de parto, preparem tudo, eu já chego lá!

Ela olha para mim, acaricia minha cabeça e diz.

- Mel preciso que você respire e inspire, tenta se manter calma. Você está com oito meses e não poderia ter o bebê agora, mas não tem como esperar mais, o bebê está com os batimentos cardíacos muito fraco, vamos ter que fazer uma cesária. O problema é que quando cortarmos sua barriga, você entrará em hemorragia por causa da pressão alta e podemos não conseguir controlar o sangramento e você pode morrer... Entendi a situação? Ela me explica tudo.

- Entendo perfeitamente dra, e eu quero que dê preferência ao meu bebê. Ok? Ela afirma com a cabeça e libera minha ida para o centro cirúrgico.