Capítulo 34

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Continua...

Chegamos em casa e Fellipe leva Dom para o quarto dele eu vou direto para o banho, estava precisando. O dia foi muito tenso hoje e cansativo demais, ainda estou preocupada com o que passa na cabeça do Fê ele não se abre, quando fala alguma coisa é sempre me dando força para resolver meus problemas, sempre foi assim, mas nunca me passa os seus conflitos internos e isso me deixa apreensiva por que todo mundo que guarda tudo pra si uma hora explode.

Saio do meu banho e coloco uma roupa confortável, vou para o quarto do Dom e vejo a cena mais linda do mundo, Fê está sentado na cadeira de amamentação com o Dom em seu peito cantarolando algo pra ele e com lágrimas nos olhos, é lindo de ver o quanto ele ama meu pequeno mais é doloroso demais ver ele passando por tudo isso, ele não merece!

Me aproximo deles, ele levanta o olhar para mim e depois leva o Dom para o berço e sai do quarto e vai direto para o banheiro tomar banho e não dirige uma palavra se quer comigo, não sei o que fazer, não sei se vou conversar com ele agora ou se dou um tempo para ele. 

Resolvo dar um tempo para ele e vou para cozinha fazer algo para comer, depois de um tempo Fellipe desce e vem até a cozinha beber água e quando está saindo eu pergunto.

— Fala comigo? Falo olhando para ele enquanto ele para de costa pra mim.

— Falar o que Mel?

— O que você está sentindo, você está frio comigo, você não é assim Fê!

— Depois do jantar a gente conversa Mel, preciso de um tempo.

Ele sai da cozinha sem ao menos me olhar, volto a fazer o jantar e mil coisa atormentam minha mente, não sei se vou suportar essa pressão toda, lidar com um ex que sumiu e resolveu ressurgir das profundezas para me atormentar e um atual cheios de conflitos que não quer se abrir é demais para minha cabeça.

Pensando no meu bem estar psicológico ligo para minha antiga psicóloga e marco uma consulta.

Estávamos jantando e Fellipe resolve puxar o assunto.

— O que vocês acertaram? Me pergunta enquanto dar uma garrafada na comida.

— Vou montar um cronograma com os dias e horários que ele vai poder ver o Dom. Fiquei de entrar em contato avisando.

— Você ainda tem o contato dele?

— Não Fellipe, eu não tinha o contato antigo dele você sabe disse! Fui obrigada a ter depois dessa merda toda acontecer. Digo já impaciente.

— Ainda bem que ele não verá o Dom com tanta frequência, afinal ele mora em outro estado. Ele fala me encarando.

— Diz ele que vai se mudar pra cá de novo. Falo olhando para o meu prato.

— Foi uma escolha dele se mudar ou uma imposição sua?

— Ué Fellipe, o que você queria que eu fizesse? Queria que eu deixasse ele levar meu filho para outro estado? Não tô conseguindo entender essas suas perguntas! Já altero a voz irritada com o rumo da nossa conversa.

— Eu não queria nada Mel, não queria nada!!! Ele levanta da mesa jogando o guardanapo de pano em cima da mesa e vai em direção a sala.

Vou atrás dele e tento abraça-lo mas ele se afasta. Sento no sofá e começo a chorar, quando me preparo para despejar tudo que estou sentindo sobre o que está acontecendo e exigir que ele fale também, ele simplesmente pega a chave do carro no aparador que fica próximo a porta da cobertura e saí de casa, fico por horas no sofá chorando e acabo adormecendo.

Acordo no susto e vou pro quarto ver se Fê já havia chegado, mas o quarto está vazio olho meu celular para ver se tem alguma mensagem dele e também não tem. Resolvo ir no quarto do Dom ver como ele está e o meu pequeno dorme igual um anjinho, queria ser criança de novo para não ter preocupação...

Volto pro meu quarto tomo um banho e me deito para dormir, antes dou uma olhada na hora e já passavam de 3 da manhã.

Sou acordada pelo barulho da porta batendo, me assusto e vou até a sala ver quem é, vejo Fê bêbado tentando fechar a porta do apartamento, fico assustada com a cena por que nunca vi ele bêbado, ele é sempre muito centrado.

— Você bebeu e dirigiu? Pergunto brava com a mão na cintura.

— E se eu bebi, o que você tem haver com isso? Ele solta com ódio em sua voz totalmente embolada por conta da bebedeira.

— Vem Fellipe vou te dar um banho, não vou entrar nesse seu jogo essa hora!! Mas tarde conversamos! Digo pegando ele pelo braço.

Ele tenta se desvencilhar de minhas mãos mas eu não solto ele, levo para o banheiro e começo a tirar a roupa dele. Coloco ele debaixo do chuveiro gelado, ele resmunga algo que não entendo. Depois de um tempo tiro ele de lá, dou roupas limpas para ele colocar e deito ele na cama, ele dorme rápido.

Resolvo ir ao banheiro pegar as roupas dele suja e levar para a lavanderia, mas ao pegar a camisa vejo uma marca de batom no colarinho, coloco a blusa no nariz para cheira-la e sinto cheiro de perfume de mulher.

Meu coração acelera e é inevitável o choro mais uma vez, ele nunca foi de fazer isso! Sei que está sendo difícil para ele enfrentar tudo isso mas me trair? Não!!! Não acredito que ele seria capaz disso, ele deve ter uma explicação, não é possível!

Resolvo não colocar as roupas para lavar, mas tarde quando ele acordar eu vou questionar ele. Resolvo dormir no quarto do Dom, na verdade eu só cochilei.

Me levanto por volta das 7hs com meu pequeno chorando, dou mamadeira pra ele e depois um banho bem gostosinho. Fico brincando com ele um pouco até que ele dorme de novo e já eram 9 horas.

Saio do quarto do Dom, pego a blusa com marca de batom e coloco em cima da cama bem ao lado dele. Sento na poltrona que tem no quarto e fico esperando ele acordar.

Não demora muito e ele abre os olhos, assim que ele me vê ali na poltrona o encarando com cara de poucos amigo ele tenta falar alguma coisa mas eu logo o interrompo.

— Mel, me des... Ele tenta falar.

— Antes de qualquer coisa, eu quero que você me diga que marca é aquela na sua blusa?

Ele olha para a mesma em cima da cama e arregala os olhos, passa a mão na cabeça e coça a garganta se preparando para falar...

Grávida de um Militar. ( Concluído)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora