Capítulo 36

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Fellipe...

Eu tô puto, muito puto! Vê Mel na casa dos pais dela conversando calmamente com aquele cara me corroeu por dentro, imaginei chegar na casa dos pais dela e vê ela tacando fogo nele, mas não! Parece que eles se entenderam rápido demais, vê meu filho nos braços dele também me magoou, como eu queria ter entrado na vida dela antes dele! Porra, porra, porra!

Em casa ela queria conversar o tempo todo, mas eu não conseguia e não queria escutar o que ela tinha para falar, sei que muito provavelmente terei que excluir meu nome da certidão do Dom, sei que vou ter que lhe dar pro resto da vida com esse cara, sei que Mel estará perto dele pra sempre e o pior terei que ouvir meu filho chamar ele de pai!

Resolvo sair para espairecer a cabeça, entro no carro e já ligo para Murilo marco de encontrá-lo numa lounge no centro. Quando chego na lounge Murilo já me esperava, enquanto bebo várias doses de whisky conto tudo que está acontecendo para ele.

— Conversa com ela Jhon, se abre cara!!! Ele tenta me aconselhar.

— Murilo, eu não sei se vou suportar conviver com aquele cara. Digo tomando mais uma dose.

— Jhon, quando você ficou com ela você sabia que iria um pacote junto, sei que o pai não estava incluso mas você sabia que a qualquer momento ele poderia aparecer.

— Eu sei, pensei que suportaria mas acho que o fardo é pesado demais. Nessa altura do campeonato eu já havia bebido umas 6 doses de whisky.

— Vamos, vou te levar pra casa. Fala Murilo.

Eu me afasto dele e digo que não vou embora agora que vou curtir a noite. Uma morena se aproxima e me chama para dançar, Murilo tenta me tirar de lá mais eu estou irredutível, ele cansa e vai embora.

Danço com a morena e ela logo me puxa para um canto um pouco mais sossegado. Eu encosto ela na parede e começo a beija-la, enquanto eu passo a mão pelo corpo dela todo ela morde minha orelha e beija meu pescoço. Aperto a bunda dela com força e puxo a calcinha dela para o lado, ela usa um vestido preto bem justo o que facilita tudo. Enfio dois dedos dentro dela que geme no meu ouvido enquanto dou vários chupões em seus seios, até que me vem a cabeça a Mel chorando no sofá e puta que pariu, que merda eu estou fazendo? Me afasto da menina pedindo desculpas e saio daquela lounge voltando para casa.

Acordo de manhã com uma dor de cabeça fodida, não sei como troquei de roupa, assim que sento na cama vejo Mel sentada na poltrona do nosso quarto e ali eu tenho a certeza que eu fiz alguma merda.

Ela logo me mostra a blusa em cima da cama com marca de batom e como fleches eu me lembro da morena, merda!!! Ferrou, como vou explicar isso.

Passo a mão no cabelo, arranho a garganta já seca e tento me explicar.

—Encontrei Murilo numa lounge e me desabafei com ele, só que eu bebi demais e acabei ficando com um mulher, mas não rolou sexo quando me dei conta da merda que estava fazendo eu vim embora. Digo com medo.

Eu queria que ela gritasse, me batesse mas ela não fez isso, ela só levantou, me olhou nos olho chorando e disse.

— Eu te implorei por uma conversa e você preferiu conversar com outra pessoa, eu estava em casa preocupada com você e você se divertindo com mulher, eu estou cheia de problemas mas a todo momento eu só queria ouvir você...  Ela respira fundo e continua... — Definitivamente eu não tenho sorte no amor.

Ela se vira e vai até o closet e pega uma mala, começa a colocar algumas coisas dela ali dentro, o desespero começa a me tomar.

— O que você está fazendo Mel? Vamos conversar?

— Tarde de mais Fellipe!! Ela continua pegando suas coisas.

— Nunca é tarde para se arrepender Mel, por favor!

— Para com essa porra de que nunca é tarde para se arrepender!! Vocês homens acham que só o arrependimento basta para fazer a outra pessoa esquecer de tudo!! Ela diz gritando agora.

Ela vai para o quarto de Dom e começa a arrumar as coisa dele também. Eu me ajoelho diante dela e começo a pedir perdão. Mas ela está firme, eu tento de tudo mas sei que não vai adiantar.

— Mel, por favor me escuta... Agora sou eu que choro.

— Agora quem não quer escutar sou eu Fellipe!  Outro dia mando alguém vir buscar o restante das coisas. Ela pega Dom no colo e leva uma mala de cada vez para a porta, pede um motorista de app e depois vai embora me deixando sem chão, desolado.

Que merda eu fiz, eu amo essa garota, eu amo o filho dela!! Como eu pude perder ela!??  Passo a mão em cima do aparador e jogo tudo no chão de tanta raiva de mim.

Grávida de um Militar. ( Concluído)Where stories live. Discover now