Beca e Fê... A festa.

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Continua...

Passo a noite toda pensando nela, pensando em como vou me desculpar. Pensei em ir segunda na casa da Mel falar com ela, mas na segunda estarei de plantão, infelizmente vou ter que me segurar até terça, com muito custo consegui dormir.

Meu domingo foi familiar, fui visitar mamãe que já estava quase me deserdando.

Na terça me levanto por volta das 8 horas e me preparo para ir na casa da Mel, passei o domingo inteiro pensando em beca e a segunda foi difícil me concentrar no trabalho, não sei por que me importei tanto, mais saber que vou falar com ela me deixa mais aliviado.

Toco a campainha e ela me atende, seu olhar era de surpresa mais ao mesmo tempo indiferente, ela já vai me dando passagem para que eu entre.

— Dom está dormindo ainda, mas já já acorda. Ela diz fechando a porta.

— Na verdade, eu queria falar com você. Digo parado de frente pra ela. — Quando eu disse que não ficaria com você se tivesse sobreo aquele dia, foi por que te acho muito nova, você tem cara de criança, 16/17 anos? Tento me explicar.

— Eu tenho 18 anos, não sou tão nova assim, você não seria considerado um predador de menores... Mais deixa isso pra lá Fellipe! Eu preciso realmente aproveitar que Dom está dormindo pra dobrar umas roupas dele. Ela encerra o assunto.

**

Beca...


Quem diria que o carinha que quase transei no meio de uma boate era o ex marido da minha patroa... Quase caí pra trás quando vi ele parado naquela porta me encarando.

Mas é aquilo né, homem cafajeste não muda, então o príncipe encantado aos olhos de qualquer uma, era na verdade um sapo. O cara me largou no meio de uma boate naquele estado, me senti um lixo, uma qualquer. Nunca na minha vida eu tinha feito aquilo, me pegar com um cara em um lugar daquele e quase dá pra ele sem ao menos saber seu nome e ser chutada ainda por cima? Que vergonha!

E o destino mais uma vez não satisfeito em nos pregar peças, me coloca no mesmo barzinho que ele está, eu não queria ir, mas minhas adoráveis e insuportáveis irmãs insistiram tanto que acabei aceitando ir.

Encontrar com ele no bar me deixou constrangida, por que as bonitas das minhas irmãs assim que bateram os olhos nele me olharam com aquela cara de: “agarra esse boy!” elas são doidas e não podem vê um homem bonito perto de mim que já querem me jogar em cima.

Sim, eu acho ele bonito, mas ele é ex da minha patroa e me chutou uma vez, então eu quero distância! Olha só, já estou falando como se ele fosse querer algo comigo agora, patética eu, só rindo mesmo!

Ele já deixou claro que sou criança demais e que se não fosse o álcool jamais me pegaria, otário! E quem disse que eu iria querer ele? Ele até pediu desculpas e eu desculpei, não vou me desgastar com algo ou alguém que nem conheço direito e pra ser sincera, não faço nem questão.

Hoje é aniversário das gêmeas Roberta e Renata, não são idênticas mais são gêmeas e elas resolveram comemorar fazendo uma social aqui em casa. Elas chamam isso de social, eu chamo de festança, já que tenho certeza que elas vão convidar a faculdade toda, só pela quantidade de bebida e comida que tem aqui em casa.

— Vocês não convidaram muita gente neh? Pergunto só por perguntar por que eu sei que elas convidaram quase a faculdade inteira.

— Claro que não beca, só os mais próximos! Elas se olham e riem.

— Sei! A faculdade toda e o bairro também, não duvido nada.

— E seus amigos também! Renata diz, estreito meu olhar para ela sem entender.

— Que amigos? Eu nem tenho amigos.

— Seu chefe e o amigo dele, o que a Raquel tá pegando.

Quase caio pra trás, como assim elas convidaram o Fellipe?

— E desde quando vocês tem essa amizade toda? Tú não disse que era para os mais próximos? Questiono.

— Sim, Murilo está bem próximo de Raquel. Elas caem na gargalhada. — E como ele é amigo do bonitão, resolvemos chamá-lo também!

Reviro os olhos e deixo elas ali se divertindo as minhas custas, resolvo ir para o meu quarto e me preparar psicologicamente para ter Fellipe em minha casa, não que isso signifique algo pra mim, não mesmo, mais é que me sinto desconfortável perto dele, não sei explicar. Mas antes grito a caminho do meu quarto.

— ELE NÃO É MEU PATRÃO!!! Ouço elas rirem.

Grávida de um Militar. ( Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora