STUPID LOVE

Capítulo 89

Capítulo 89 ⭐️
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— Como podemos resolver essa situação? — questionei.
— Eu não sei, eu não sei mais o que fazer! — suspirou, encarando o teto. — Ela disse que me deixou, porque precisava de dinheiro pra fazer a faculdade dos sonhos dela em Nova Iorque, então o Marco apareceu e ela viu nele a oportunidade de fazer essa faculdade. Eu teria me desdobrado em dois, se possível, pra pagar essa faculdade dela em Nova Iorque, Sofia! Era só ter me falado... — fez uma pausa, suspirando fundo. — Até meu tio Ross ajudaria, ele gostava muito da Olivia, tenho certeza que ele pagaria a faculdade dela em Nova Iorque ou ajudaria com parte dos gastos. Eu deixaria minha vida aqui em Asheville pra ir atrás dela e...
— Eu aprendi que a gente não pode parar nosso mundo por causa de outras pessoas. — o interrompi. — Você se doou demais por uma mulher, mergulhou no raso. Eu já fui assim também, aprendi que temos que pensar em nós mesmos também, não só na outra pessoa e você fez exatamente o contrário, pensou mais nela do que em você e o amor, não é isso! — fiz uma pequena pausa. — Sei que não sou a melhor pessoa pra te aconselhar sobre o amor, mas foi o que eu aprendi depois de um tombo gigantesco. Você já parou para se perguntar: eu fiz tudo isso isso por ela e faria muito mais, mas será que ela faria isso por mim também? Essa era a pergunta que você devia fazer, quando estavam juntos ainda.
Rafael ficou em silêncio, pensativo e eu temi ter dito alguma coisa errada.
— Eu e você nos doamos para pessoas vazias, rasas e que nunca corresponderiam nossos sentimentos.
— E hoje você tem medo de amar outra pessoa e ela te machucar como o Heitor fez, não é? — me olhou e eu levantei os ombros, em silêncio.
— Não sei porque você foi bater a cabeça, podíamos estar transando ao invés de ficar falando sobre essas coisas. — revirei os olhos e ele riu. — Se o amor for um privilégio pra nós dois, então ele vai aparecer. — comentei, enquanto ele mexia na mesa de cabeceira. — Talvez até apareceu e a gente está se fazendo de cego!
— O que disse? — virou na minha direção novamente.
— Nada, vamos dormir, Rafael. Daqui a pouco você começa a variar, com essa cabeça dolorida!
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