26 - Torneio.

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Na noite anterior, Akemi não foi para o quarto

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Na noite anterior, Akemi não foi para o quarto. Não no momento em que Daniel pediu, pelo menos.

Saiu pela porta da frente da casa dos LaRusso e correu pela rua a procura de Robby, o encontrando no meio do caminho para a pista de skate.

- Robby! Robby, espera!

Ele parou, virando-se para a garota.

- Akemi, por favor, não é um bom momento.

- Vamos para o torneio.

- O-o que?

- Vamos ao torneio, vamos participar.

- Não. Sem chance.

- Então eu vou sozinha.

- O que? Não.

- Se decide, Robby! Estou te chamando pra ir comigo. Nós nos inscrevemos sem filiação, não precisa de um dojô para participar.

- E o senhor LaRusso?

- Ele vai estar lá. É do comitê do torneio, tem que estar. Olha, você não deveria ter mentido pra ele, mas não importa. Ainda dá tempo de consertar as coisas, e só dá pra fazer isso se você for no torneio.

- Seu braço está roxo. No lugar em que aquele babaca te bateu.

- Você ouviu o que eu disse!?

- Ouvi.

- E o que acha?

- Eu não sei.

Akemi suspirou.

- Aparece na minha casa amanhã as sete se quiser participar. Podemos nos inscrever até as oito e meia. O torneio começa as nove. Os LaRusso são minha família, Robby. Seria bom se... se o garoto que eu estou afim se desse bem com eles.

Robby sorriu, envergonhado.

- Te vejo amanhã.

- Que bom.

Akemi suspirou aliviada, se despedindo do garoto com um beijo e correndo de volta pra casa.

No dia seguinte, os dois acordaram as seis para começar a se arrumar. Akemi não tomou café da manhã nos LaRusso como de costume, estava cedo demais para aparecer na casa dele e com toda certeza Daniel desconfiaria de algo caso ela fosse.

Ela revirou todas as caixas de mudança atrás do seu kimono e o colocou na bolsa junto com o de Ren, que daria para Robby usar. As sete em ponto, a campainha tocou e a garota desceu as escadas correndo para atende-la.

Ao abrir a porta se deparou com Robby. Ele usava roupas moletom e tinha uma feição preocupada.

- Temos um problema.

- Qual?

- Eu não tenho um kimono.

- Eu já resolvi isso. Temos que ir. Samantha me emprestou a chave do carro dela. Você dirige?

- Eu não trouxe minha carteira.

Akemi tirou uma carteira de motorista falsa do bolso.

- Que bom que Eli me deu uma dessas de presente.

Ela saiu de casa, trancando a porta. Robby pegou a carteira da sua mão, olhando para Akemi, incrédulo.

- O que foi? Ele me deu, eu não pedi nada.

- E você dirige?

- Posso tentar. É que nem moto?

- O que? Não. Ficou maluca? Espera, você sabe pilotae uma moto, mas não sabe dirigir um carro?

— É.  – ela deu de ombros.

— Me dá a chave, eu dirijo.

- Ta legal, esquentadinho.

Eles chegaram ao torneio a tempo da inscrição. O lugar estava praticamente vazio, a não ser pelos adolescentes que já treinavam para as lutas do torneio. Akemi abriu a mochila, pegando o kimono e entregando a Robby.

- Você precisa provar. Se não der, estamos ferrados.

- Eu já volto.

Ela se encostou em uma das pilastras do ginásio. Esperou pela volta de Robby e viu os alunos do Cobra Kai entrarem, os reconhecendo por causa do garoto com um cabelo azul e moicano.

- Akemi? - ela deu um pulo, arregalando os olhos e virando-se.

- Que droga, Robby! Quase me matou de susto. - ela o olhou de cima abaixo com o kimono branco de seu irmão. - Ficou ótimo!

- Olha ele aí, nosso antigo campeão chegou!

As pessoas bateram palma e Akemi viu Daniel cumprimentando alguns dos organizadores do torneio.

Segurou a mão de Robby, o puxando para longe. Desviou de uma pessoa e de outra, mas bateu de frente com um garoto usando um kimono azul. Ele se virou, abrindo um sorriso simpático.

- Ah, desculpe. - disse Akemi.

- Não tem problema. - ele olhou para Robby. - Você vai lutar? Sou Xander.

- Vou. - Robby apertou a mão do garoto. - Desculpe, temos que ir. Ela ainda precisa se vestir.

- Ah, ta legal. Boa sorte!

- Obrigada.

Akemi passou por ele, sendo seguida por Robby. Pararam em frente ao vestiário feminino e a garota se vestiu o mais rápido que pode, prendendo o cabelo em um rabo de cavalo alto. Robby a esperava o lado de fora, observando as pessoas que passavam com o cabelo caindo no rosto.

- Abaixa. - ele a olhou, confuso. - Não dá pra lutar com o cabelo solto, Robby.

- Eu sempre treinei de cabelo solto.

- Isso não é um treino. Anda logo.

Ele se abaixou, ficando da altura da garota. Akemi prendeu o cabelo dele em um rabo de cavalo como o dela, mas em uma versão bem menor e os dois se prepararam para entrar no tatame. A apresentação do torneio começou e os dois esperaram ser chamados.

- Bem-vindos ao quinquagésimo campeonato regional anual de caratê sub-18 pessoal! Muito bem. Vamos dar as boas-vindas a todos os dojôs que vão competir hoje. De Granada Hills, All-Star Caratê!

A plateia bateu palma a cada dojô apresentado.

- De Reseda, voltando pro torneio, nós temos...

- Cobra Kai! Cobra Kai! Cobra kai!

Eles entraram no tatame em fila enquanto corriam. Os principais lutadores foram na frente, como Akemi imaginou. Miguel, Falcão e Aisha, seguido dos outros alunos. Akemi arrumou o kimono, respirando fundo.

- Também temos a volta do dojô Miyagi-Do, de North Hills, sendo representado por Akemi Miyagi, neta do antigo sensei, Keisuke Miyagi! E finalmente, também de North Hills, mas sem filiação, Robby Keene!

Eles entraram no tatame, passando em frente aos alunos do Cobra Kai. Akemi preferiu ignorar todos eles, os olhos fixos no que estava a sua frente e se concentrando em pôr um pé na frente do outro. Robby estava logo atrás dela, mas desviou o olhar para Johnny quando passou ao lado dele.

Robby não concordou em se inscrever no nome do Miyagi-Do, mas insistiu que Akemi fizesse a sua no nome do dojô do avô para homenageá-lo. Ao pararem ao lado do tatame olharam para Daniel, que observava os dois atentos, uma feição confusa no rosto.

- Muito bem, pessoal! Preparem-se. É hora do caratê.

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Sol & Lua - Cobra Kai - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora