Uma mudança repentina de país fez com que Akemi tivesse que se adaptar a um novo local. Vizinha dos LaRusso, sendo considerada membro da família por Daniel no mesmo instante em que ele recebeu a notícia de que a neta do seu antigo sensei estaria ind...
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Akemi não pode assistir à final do torneio. Os resultados do Raio-X duraram quase duas horas e não constataram nada de diferente dito pela médica que a atendeu depois que caiu no tatame azul. Se Akemi tivesse continuado e algum outro movimento brusco fizesse com que seu tornozelo tivesse outra lesão, a chance de seus músculos distenderem e nunca mais se recuperassem era alta o suficiente para que ela nunca mais entrasse em um dojô outra vez. Não como uma aluna, pelo menos.
Esperou ansiosa pela chegada de Robby e Daniel na casa dos LaRusso. Amanda foi buscá-la no hospital e agora a garota estava sentada no sofá da sala, a tela do celular apontada para seu rosto enquanto esperava Ren voltar do banheiro e reaparecer na câmera do telefone.
A porta da sala se abriu e Samantha segurou Akemi contra o sofá para que ela não tentasse levantar apressada e se esquecesse do pé machucado.
Desde que voltou do hospital ela fizera isso duas vezes, e agora Samantha a impedia de levantar sem um aviso prévio. Na primeira se levantou para ir à cozinha ajudar Amanda e caiu de volta ao sofá quando o tornozelo recebeu metade do peso do seu corpo sem uma preparação anterior. Na segunda vez decidiu andar em volta da poltrona com a desculpa de esticar as pernas por não aguentar mais ficar sentada, mas em uma tentativa de correr de Anthony depois de pegar o celular da sua mão, o tornozelo a lembrou de que não estava bom o suficiente pra isso. Agora, sua perna estava esticada sobre a mesinha de centro, a parte machucada com uma sacola de gelo enrolada em uma atadura para que não caísse de novo. A tornozeleira de proteção que teria que usar pelas próximas semanas estava apoiada no seu joelho, para que ela se lembrasse de colocar quando quisesse levantar.
- Chegamos!
- Finalmente. - Akemi murmurou, sendo empurrada de volta para o sofá ao tentar se levantar mais uma vez. Ela olhou para Samantha irritada. - Será que pode parar com isso?
- Não. Sou como seu cinto de segurança.
- Certo, cinto de segurança. Eu estou decidindo que não quero mais usá-lo.
- Não pode me tirar. Você é como um bebê, bebês não consegue abrir a trava de segurança da cadeirinha.
Ela bufou, revirando os olhos, parando quando eles passaram por uma nova pessoa que entrara na sala. Robby usava a mesma roupa moletom que usou para ir ao torneio de manhã.
- Como você está? - ele se aproximou, sentando-se com cuidado ao lado dela e analisando seu joelho de perto.
- Como um bebê preso na cadeirinha de segurança do carro. Sam não me deixa levantar pra nada. Me sinto uma inútil.
- Eu deixaria você se levantar se nas duas vezes em que fez isso tivesse colocado a sua tornozeleira e evitado os gritos de dor.
