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J U L I A N A •

📍Barra da Tijuca, Rio de Janeiro
🗓 sexta feira, 2 de setembro

Entro na gravadora cumprimentando meu pai, meu irmão e o advogado da família.
Sento no sofá para esperar o mala que pra variar está atrasado.

- Ju? - meu irmão me chama - tenho um som aqui, quer ver se combina com as tuas músicas?

- desde quando tu é produtor musical? - arqueiro a sobrancelha esquerda

- desde sempre - faz um bico com os lábios se achando - vai querer ver ou não? - pergunta e eu concordo com a cabeça

- claro. - levanto enquanto ele ia para a cabine do estúdio

Ele me mostrou o som e eu já sabia a música que combinaria perfeitamente

(finge que é ela que canta)

Cantei de acordo com a batida da música. Criei essa música a algumas semanas atrás. É uma das minhas preferidas até agora, define muito o que eu sinto é o que eu sou.

- essa é perfeita Ju - escuro meu pai falar do outro lado do vidro

- é mesmo, já tem nome? - meu irmão fala e eu nego com a cabeça

- ainda não pensei - falo tirando o fone e deixando os mesmos em meu pescoço

- tem outro, quer ver tbm? - meu irmão pergunta

- já que tô aqui mesmo - coloco o fone de novo e escuto a batida de outra música. Ficou só escutando por um tempo até eu ver se minhas letras dariam certo naquela batida

Estava tão concentrada cantando que quando eu terminei eu vi que o homem que estávamos esperando a quase quarenta e cinco minutos tinha chegando e estava me encarando paraencendo que estava bem concentrado na música. Sai da cabine e vi meu pai conversando com os advogados enquanto meu irmão mexia no computador e o cantor estava na minha frente me olhando.

- tu canta muito bem, papo reto - a voz rouca me fez arrepiar

- valeu. Juliana - estendo a mão para o mesmo que demira mas depois logo aperta

- eu sou o-

- l7 - ele foi interrompido - é eu sei. - faço cara de deboche

- que bom que sabe - da um sorriso de canto - mas, pode me chamar de Lennon.

- okay Lennon... - me afasto dele indo até a poltrona - tá atrasado. - falo olhando para ele que me olha com deboche

- foi mal, senhora pontual - ele levanta as mãos em rendição e reviro os olhos

Antes de eu abrir a boca para falar alguma coisa meu pai disse que iria explicar a merda, mais conhecida como contrato para podermos assinar.

Um dos pontos era. Nesses quatorze meses que namorarimos o Lennon teria que lançar algumas músicas na gravadora.

O outro era que: em lugares públicos teríamos que ter contato físico eu querendo ou não, meu pai deixou isso bem claro no contrato. Para parecer real eu teria que ir em show e festas que ele frequenta sempre, junto com ele óbvio.

Outra coisa, eu teria que frequentar bastante a casa dele e ele a minha. Eu e nem ele poderíamos ficar com outras pessoas, para não correr o risco de vazar e colocar todo o plano por água a baixo. Ele assinou o contrato com se fosse a coisa mais normal do mundo enquanto eu fiquei cinquenta horas pensando se era isso mesmo o que eu queria.

- para parecer real, vocês precisam sair juntos, nada assumido mas, comprometido, entendeu? - meu irmão fala é o Lennon concorda - entendeu Juliana? - pergunta pra mim e eu concordo com a cabeça

- entendi, eu não dou burra não, eu hein.

- tem show meu hoje la no Espirito Santo. - o cantor diz ao meu lado e eu olho pra ele

- aí, a oportunidade perfeita. - meu pai diz

- Espírito Santo? - pergunto confusa - ninguém me disse eu iria ter que ir para outro estado, só pra assistir um sou desse aí. - olho para meu pai e meu irmão cruzando os braços na frente do corpo

- desse aí não, do seu namorado. - ele diz e eu nego com a cabeça revirando os olhos

- você é namorada de cantor agora, tem que acompanhar ele e sua agenda de shows -meu pai diz e eu levanto

- Onde eu fui me meter senhor? - pergunto p mim mesma mais tenho certeza que ouviram pq escutei a risada fraca do cantor

- como já está um pouco em cima da hora - ele diz olhando o celular - vamos de avião até lá.

- como assim em cima da hora? - pergunto

- são mais de dez horas de ônibus. Não iríamos chegar a tempo. E o ônibus já foi.

- tanto faz. - falo e me aproximo deles - me manda mensagem depois, avisando o horário - falo com ele e pego minhas coisas

- na onde vc vai? - meu pai pergunta

- combinei de sair com a Any - falo e me despeço deles mandando um beijo no ar e saindo

Na verdade tinha combinado de sair com a Any coisa nenhuma, disse aquilo para poder sair logo daquela "reunião"

Chego em casa tomo um banho demorado para lavar o cabelo. Coloco uma roupa fresca para arrumar a minha mala. Depois de arrumar minhas coisas decido tirar minhas tranças e finalizar meu cabelo. Depois de 3 horas eu termino meu cabelo e pego meu celular para espera secar.

Entro no Instagram e vejo algumas notificações e uma delas me surpreendeu.

L7nnon começou até seguir
(L7nnon): ae marrenta?

Entro no direct vendo essa mensagem dele. Reviro os olhos quando leio. Quem ele pensa que é pra chamar de marrenta?

Direct on

Ae marrenta?

Que que tu quer mané?
Quem deixou tu me chamar de marrenta?

vim te falar que vou passar p te buscar daqui 10 minutos

10 minutos o krlh
Ainda Não me arrumei

Da tempo de tu se arrumar
Não demora marrenta

Direct off

Menino folgado, eu hein. Penso enquanto levanto da cama para trocar de roupa. Coloco um calça jeans e um cropped de onça. Coloco alguns acessórios e no pé um salto preto só para tirar foto. Depois de algumas fotos vejo a mensagem do Lennon avisando que chegou. Tiro o salto deixando o mesmo de lado para colocar o tênis branco. Pego minha mala que não era muito grande e saio de casa fechando a porta e logo em seguida descendo o elevador. Quando saio da portaria vejo o carro me esperando. A janela estava aberta então consegui identificar q era ele. Coloquei a mala no banco de trás e sentei no banco da frente longo sentindo o cheiro forte de perfume masculino invadir minha vias nasais. E eu não vou negar o cheiro era perfeito.

N O T A S F I N A I S

Nada a declarar.
Até a próximaaaaaaa.

Tudo Pelo Marketing - L7nnon Where stories live. Discover now