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• L E N N O N •

📍 Barra da Tijuca, Rio de Janeiro
🗓 terça feira, 4 de outubro

Eu realmente queria saber.

Eu posso ter machucado ela, ou feito de algum jeito que lá não gostou, e por isso ela vive fugindo.

Agora já são 19:00 da noite e a conversa minha e da Juliana ficou pra depois já, que aquela hora na porta era o dokik que precisava pegar umas coisa dele que ficou aqui, e eu pedi pra ele passar pra pegar os meus irmãos pra tal "festa do pijama" que eu tinha até esquecido que tinha combinado. Avisei a Juliana que mandou mensagem pra tia, que disse que não precisava ir lá, que ela viria até aqui para poder ver a marrenta, por causa do pé.

— Lennon, cadê o controle da sua TV? — escuto a Maria perguntar eu dou de ombros — Ju, tu sabe? — ela pergunta pra Juliana que concorda com na cabeça

— tá ali do lado daquele quadro. — ela aponta e a Maria vai pegar

— vamo' fazer um karaokê? — a Maria pergunta animada

— vamo' — a Juliana responde no mesmo tom e o Lucas me olhou e eu concordei com a cabeça sem muito o que fazer

Iria causar a maior discórdia se a gente não fizesse a vontade delas. Vocês sabem como as mulheres são né? É melhor aceitar pra continuar a paz no ambiente.

Cantamos umas 10 músicas de karaokê, e até que foi mais divertido do que eu pensei. Os afilhados dela chegaram e estavam dormindo, então eu tive que levar eles até o quarto para eles continuarem dormir. E eu acho que isso é coisa de gêmeos, os dois estavam no último sono, mesmo tendo levantado, saindo do carro, entrando em outra casa, eles estavam em um sono profundo de verdade. E era muito fofo.

A tia ficou conversando com a gente um tempo e depois foi embora. E os afilhados dela acordaram. Juntos. Tá vendo como é coisa de gêmeos?

Agora eles insistiram que querem ver filme, e a Juliana tá insistindo para colocar "a mulher rei" e eu não quero, porque já assisti esse filme umas duas vezes. Mas no final eles me convenceram e colocaram no filme.

Todos assistiram e pela terceira vez eu não consegui não me emocionar com aquele filme. E pra falar a verdade, todos estavam assim, com os olhos cheios de lágrimas. Até a Juliana quem tem toda aquela postura, eu vi uma lágrima escorrer.

Eles pediram pizza e teve várias conversas, piadas, até o que é o que.

Mas pra eu não conseguir focar em nenhuma das conversas, nada saia da minha cabeça que eu tinha feito algo para a Juliana que ela não tinha gostado. E eu tava pensando em centenas de possibilidades que seria.

— ou. — a Juliana estalou os dedos na frente do meu rosto — tá vivo? Porque tá parecendo um zumbi olhando pro nada desse jeito. — ela diz dando a volta na cama para poder deitar

Agora deve ser umas 23:30 da noite, e com certeza a galera da bagunça já deve estar dormindo, já que estava um silêncio do lado de fora do quarto.

— eu tava pensando na conversa que a gente não terminou. — eu viro o corpo para olhar ela

— Você ainda não esqueceu? — ela pergunta sem ânimo e eu nego com a cabeça — Você não fez nada, pra mim... Não, pelo contrário, você fez TUDO e mais um pouco, de um jeito bom, de um jeito ótimo, maravilhoso. E agora eu entendo plenamente o por quê da sua ex  ser tão obcecada por você. Não julgo.— ela soltou uma risada fraca

— mas eu te machuquei? — pergunto de novo e ela nega com a cabeça abrindo um sorriso fraco pela minha preocupação eu acho — então por que tu vive fugindo? — quis saber e ela desviou o olhar

— é complicado. — foi o que ela disse e eu permaneci a olhando

— O que é complicado? — pergunto sentando na cama de frente para ela que me olha

— tudo. Tudo é complicado pra mim... Eu sou uma pessoa complicada. — ela fala calma e eu fiquei sem falar nada olhando para ela — eu tenho medo, tá legal? — ela respira fundo — tenho medo de agir no calor do momento e depois me apaixonar. Eu tenho medo de tudo isso acontecer, o contrato acabar e eu me machucar de novo.

— não precisa ter medo, Juliana. Eu não sei o que tu passou lá atrás, mas eu te garanto que comigo tu não vai passar por aquilo de novo. — pauso — e como eu já disse antes, não adinata tu ficar se prendendo tanto ao passado, tu tem que viver, se envolver com outras pessoas.

— pareceu a minha tia falando. — ela riu fraco

— tá vendo, eu não estou tão errado assim. — eu disse e ela sorriu fraco

— Você não tá errado, até porque a errada sou eu. — ela fala

— não fala assim. — segurei sua mão — sabendo do que tu passou eu nunca faria o mesmo. — tentei mostrar o máximo de sinceridade no olhar — lembra da chance? Que tu disse que tentaria? — pergunto e ela concorda com a cabeça — eu ainda tô esperando, to esperando tu me dar alguma abertura. Eu sei que não deve ser fácil pra você, mas faz mal ficar remoendo as coisas do passado. Esquece isso e tenta pensar no presente, agora que tu tá vivendo... que a gente tá vivendo. — eu disse e ela respirou fundo antes de concordar minimamente com a cabeça — como que tu vive falando?... bota um cropped reagi, gata. — eu disse e ela riu fraco

— eu vou tentar. Vou tentar porque como você disse, não faz bem pra mim, e realmente não tá fazendo bem ao meu psicológico. Mas esse bloqueio é com qualquer um, te grarato que não é só contigo. Por mais que você seja o único que está me falando isso, o único que aparenta se preocupar comigo, eu não consigo agir diferente. É uma coisa no automático, que me faz ser assim... estranho, eu não sei explicar. — ela respira fundo — Mas, eu vou tentar. Vou tentar pensar só no presente, e me entregar agora no presente, viver intensamente o presente. Mesmo estando presa a você por mais de um ano. — ela revira os olhos no final

— atura ou surta, amor. — mandei um beijo no ar para ela que nega com a cabeça — e eu vou esperar a tua tentativa. No seu tempo, eu vou esperar a tua chance. — falo me arrumando pra deitar vendo ela fazer o mesmo

Deitei e apaguei a luz com um sentimento de vitória, por ter tido essa conversa com ela. Me surpreendi quando senti o corpo dela se se aproximar do meu, por vontade própria.

— obrigado. — ela disse tão baixo que parecia até um sussurro

— pelo o que? — pergunto no mesmo tom sentindo a respiração dela no meu pescoço

— por isso tudo. Você é legal quando quer. — ela se abraça ainda mais em mim

— digo o mermo', marrenta. — eu falo no mesmo tom me envolvendo ainda mais nela para aproveitar o momento

Juliana com a guarda baixa, e de conchinha comigo? Não é todo dia que isso acontece né.

N O T A S         F I N A I S

E fimmmm, galera.
Fiquei fraquinha com esse final🥺
gente, eu escrevi esse capítulo tudo agora mesmo. Eu pensei que eu iria demorar para terminar de escrever, mas não, graças a Deus.
Me falem o que acharam, não esqueçam de votar, e até a próxima ;)

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