Tudo Pelo Marketing - L7nnon

010

Não esquece de votar e comentar.
Boa leituraaaa

• L E N N O N  •

📍Barra da Tijuca Rio de Janeiro
🗓 sábado, 3 de setembro

Depois que ela me falou eu vi que talvez atrás daquela cara de marrenta, tem uma mulher doce e gentil. Talvez. Parecia que ela não gostava muito de falar sobre ela, mas fazer o que, eu tenho q saber né!?

— quantos anos tu tem? — pergunto e ela arqueia a sobrancelha

— vinte e cinco — ela fala é desvia o olhar para a panela — e você? — volta o olhar e eu vou até ela sentando no outro banquinho que ficava de frente a ela

— vinte e seis — falo e ela concorda com a cabeça — tu tem um pouco de sotaque, é daqui 'mermo? — pergunto e ela nega com a cabeça — não?

— Eu nasci em São Paulo, mas, depois que a minha mãe morreu eu me mudei para Laranjeiras. Morei lá até meus dezoito anos. — quando ela falou eu sinto que já tinha escutado aquela história

— como é o nome da tua tia? — pergunto tentando associar as histórias

— Mariana — ela fala — conhece?

— eu acho que sim... — penso ainda olhando para ela — ah, então é tu é aquela menina, sobrinha da dona Mariana eu lembro de ti.

— lembra? Eu sinto que já tive também, mas não lembro.

— não lembra de mim? Tu pegava no meu pé sempre mané — falo e ela levanta as sobrancelhas em surpresa

— ah, tu era aquele menino chato, que eu sempre queria dar uma voadora.

— tu era mó barraqueira né? Brigava com todo mundo da rua.

— eu não era barraqueira, as pessoas que eram folgadas — se defende — principalmente você.

— eu? — aponto para mim mesmo — Tu que saia xingando os outros a qualquer minuto e eu que era o folgado? — pergunto em um tom divertido e ela concorda com a cabeça

— claro, você se achava a última bolacha do pacote, ainda se acha né, mas só por que sabia andar de skate, se achava o maioral. Depois disso eu tive que aprender andar de skate. Só pra jogar na tua cara — ela fala e eu solto uma gargalhada alta

— então toda a sua implicância comigo, era inveja, marrenta? — pergunto rindo 

— inveja de tu?! Me poupe — ela pausa — Eu só quis aprender, para que, quando eu te visse, jogar na tua cara que eu tbm sabia ou apostar alguma coisa contigo — ela da de ombros

Flashback
Laranjeiras, Rio de Janeiro
2009

— ae marrenta — chamo a menina que estava do outro lado da rua

— o que que tu quer mané? — ela cruza os braços na frente do corpo me olhando com desdém