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• L E N N O N •

📍 Copacabana, Rio de Janeiro
🗓 sexta feira,11 de novembro

Soltei uma gargalhada quando ela disse aquilo.

O tanto que ela já bebeu não tá escrito. E o quanto ela tá impossível com tudo e todo mundo, também não. Ela já falou mal de umas cinco pessoas e agora ela tá zuando os seguranças um porque um é careca e o outro por ser calvo.

— eu vou chegar no do lado e perguntar qual shampoo ele usa. — Ela fala olhando pra mim com o canto do olho e eu ri

— fica zuando. — eu disse parando de rir — Daqui a pouco eles te expulsam.

— você vai deixar? Eles me expulsar? — ela perguntou pausadamente e eu concordei com a cabeça — vai? — ela perguntou incrédula e eu ri por quasa da sua expressão — seu falso.

— Justo, eu diria. — puxei a cintura dela

— e eu diria falso. — Ela disse e eu deixei um sorriso escapar

— ó teu copo. — eu estiquei o braço para poder pegar o copo que ela tinha deixado comigo

— eu não quero mais isso. — Ela negou com a cabeça e eu fiquei segurando o copo — Arrumei outro ó. — Ela virou o corpo para pegar o copo que estava em cima da mesa

— o que é? — eu perguntei vendo um líquido com múltiplas cores e ela deu de ombros — como tu não sabe o que tá bebendo?

— a doida da Bruna que me deu. Disse que era o melhor até agora e eu tô bebendo. — Ela disse antes de dar um gole no copo — quer? — ela perguntou

— valeu. — eu neguei com a cabeça

[...]

Já se passaram algumas horas de festa e eu confesso que já estou querendo ir embora. Porém parece que a festa acabou de começar para a Juliana e a Any.

— ae Lennin. — escutei o Léo e desviei o olhar do celular para ele — acho que já vou vazar, papo reto.

— eu to querendo também. — eu disse

— a Anyssa sumiu. — ele disse e eu olhei ao redor procurando a Juliana e vi a mesma dançando com a Ludmila e a Bruna

— ela deve ter ido no banheiro, ou sei lá. — eu disse voltando a olhar ele que estava com um semblante preocupado

— vou lá procurar. — ele disse pegando uma das bolsas femininas que estavam em cima da mesa e logo sumiu do meu campo de vista

Voltei a olhar a Juliana que agora estava me olhando. E aquele olhar dela estava me matando. Ela fazia isso pra me provocar e eu sabia. O jeito que ela rebolava e depois descia me olhando não tinha como não ser provocação.

E ela já dançou de tudo nessa festa. Funk, pagode, axé pagodão baiano, quase todos os sucessos de funk da Ludmilla e mais vários outros estilos aleatórios. E da pra ver que ela gosta de fazer isso. Parece que dançar a deixa leve e feliz. E eu gosto de ver ela assim. É igual quando ela canta. Ela nunca percebeu, porém ela nasceu pra tal.

Eu vi seus lábios reproduzir a palavra "vem" como se ela estivesse me chamando e eu neguei com a cabeça. Ela concordou com a cabeça e eu neguei de novo desencostando da parede que tinha lá e vi a mesma parar de dançar para vim na minha direção saltitando e cantando, toda animada.

O cabelo estava preso em um coque, os lábios não tinham mais o vermelho batom e no pé não tinha mais o salto, que no momento estava entre os meus pés, para a bonita não perder.

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