innocence - Jenlisa

cap.2

Foi o pior dia da minha vida, sem nenhuma dúvida. Nunca fui tratada com tanto desrespeito quanto hoje. A manobal soube que eu era virgem mas nem por isso foi mais cuidadosa. Palmada pós palmada, ela resgara minha calcinha com uma das mãos enquanto com a outra tapava minha boca para calar os meus gritos de dor. Seu membro nojento entrava e saia da minha intimidade, nunca senti dor parecida, era como se estivessem me rasgando por dentro. Deixei as lágrimas bobas vazarem pelo meu rosto quando ela chupou a pele do meu pescoço e depositou um beijo suave no mesmo local, me liberando em seguida.

Eu terminava de vestir a minha saia, me sentia vazia por dentro. O meu sangue estava exposto sobre a cama da Manobal, a mesma estava sentada em um canto em uma cadeira, analisando papéis em sua secretária, mas às vezes eu tinha a estranha sensação de que ela estava me olhando. Por isso tratei de me trocar rapidamente.

Eu me sinto cansada, não durmo há mais de 36 horas? Estive ansiosa antes da viagem e mal conseguia dormir antes na noite anterior de pegar o avião. Durante o vôo eu devo ter cochilado por antes quinze minutos, eu nunca tinha voado antes e fiquei nervosa até a hora do pouso. Definitivamente eu preciso dormir.

"Jennie?" A Mrs. Manobal chamou antes que eu pudesse pedir para ela me dispensar. Me virei para ela e encarei seus olhos castanhos a me encarar fixamente.

"Sim." Respondi nervosa, engolindo seco.

"Qual é a sua idade?" Ela perguntou curiosa, se levantando da cadeira.

"Dezenove." Respondi em um tom alto, o mesmo com que eu respondia o Kim. Manobal se aproximou da minha pessoa, ficando a uma distância que me incomoda um pouco.

"Uma garota coreana de dezenove anos que ainda era virgem?" Ela questionou surpresa e eu assenti, fazendo-a rir debochado. "Só virando prostituta mesmo para despertar a sua malícia."

"Minha malícia? Mrs.Manobal, eu nunca fui maliciosa." A encarei, me arrependendo em seguida assim que as regras do Kim começaram a soar na minha mente. Lalisa sorriu discretamente e não pude deixar de notar em suas covinhas.

"Nunca foi maliciosa. Inocente, não é?" Manobal me puxou pelas mãos até a cama, onde pediu que eu sentasse, porém ela continuou de pé.

"S-Sim." Gaguejei.

"Jennie...ninguém é totalmente inocente. Todos temos malícia, só é preciso alguns minutos para que qualquer um desperte a sua. Eu, por exemplo, acabei de despertar a sua, não estou certa?" Ela me questionou novamente, passando as mãos macias pelos meus cabelos escuros.

"Não sei." Respondi mais uma vez, agora mais timidamente.

"Se sente diferente depois do que acabamos de fazer?" Perguntou.

"Tenho que admitir que sim." Dei os ombros, respirando fundo.

"Escute, todos temos uma camada de pureza que pode ser facilmente retirada. Você pode não ter percebido ainda, mas eu acabei de retirar a sua. É por essa razão que você se sente diferente agora."

"Isso não faz sentido." Comento cabisbaixa.

"Sim, faz. E você vai perceber isso logo, eu garanto." Ela diz convencida, se afastando de mim.

"Eu me sinto diferente, Mrs.Manobal mas ainda sei que sou a mesma garota que era antes de entrar nesse quarto." Expliquei, passando a mão pelos meus cabelos nos mesmos locais que a Mrs.Manobal passou.

"Bem, talvez eu tenha que fazer você mudar de ideia." Lisa volta a se aproximar, me deixando nervosa, mas por sorte de última hora desvia e volta para a sua secretária.

"Você já pode ir. Procure algum empregado, ele vai te levar de volta para o galpão."

"Certo." Dito isso eu rapidamente me levanto da cama e escuto a voz da Lisa atrás de mim antes que eu deixe o quarto.