innocence - Jenlisa

cap.18

Jennie sentia-se perdida enquanto a jovem garota de olhos castanhos a levava para onde bem entendesse, sem que ela pudesse fazer nada à respeito. As palavras de jimin ecoavam em sua mente inocente, para ela não existiam um meio termo entre as pessoas, ou elas são boas ou são más, e definitivamente, mesmo depois tanto negar a si mesma, Lisa fazia parte do grupo das pessoas más. Ela não tinha boas intenções ao ajudar a garota com seu problema na prostituição, todas as palavras e os gestos de ajuda eram apenas uma forma de conseguir o que desejava, Jennie percebeu o quanto ingênua havia sido em acreditar em tudo o que tinha sido para ela, não somente em relação a Manobal, mas em tudo.

Se ao menos tivesse parado para pensar, notaria que sua irmã não ligava com a frequência que deveria e nem sequer entrava em suas redes sociais por meses, e agora percebeu que todas as poucas conversas por mensagem na verdade eram manipuladas, nenhuma sequer com o verdadeiro jeito que sua irmã descreveria as coisas. Jennie não queria ser enganada novamente, teria que começar a desconfiar das coisas a partir daquele momento, e não seria Lalisa Manobalque tiraria sua verdadeira essência por pura inocência dela.

Mal sabia ela que, enquanto sua mente pesava com pensamentos obscuros, havia mais uma cabeça perdida no mesmo ambiente. Lisa sentia-se mais estressada do que nunca, as palavras de Sana a fizeram perder a cabeça e jogar a garota contra o chão, fazendo com que peças de decoração o caíssem e se espatifassem, atingindo Sana nos braços e nas pernas feridas. Mesmo depois de ter machucado a jovem, remorso e arrependimento eram as últimas coisas que ela poderia sentir ao ter ouvido tantos xingamentos sobre as Kim's.

Ninguém poderia ousar-se a falar mal delas, principalmente de Jennie, que está sendo o principal alvo de ódio e deboche entre as garotas do galpão, de acordo com Sana. A sua pequena não tem uma rotina normal como as das outras prostitutas e claramente todas desconfiam de seu envolvimento com os outros chefes, principalmente com Lisa. Sua camiseta era uma prova de que ela esteve consigo, a grande obsessão com Jennie mesmo antes da garota chegar ao galpão, afinal teria sido ela a matar uma das garotas por puro interesse na jovem inocente, aquela que tem sido observada por Lisa desde que sua irmã chegou ao galpão, e foi graças à Irene e a um esquema armado para encrenca-la para o Namjoon que Jennie está aqui hoje.

Porém mesmo com a desconfianças das garotas do galpão e complicações com Sana, ela simplesmente se recusava a deixar de se envolver com Jennie. Ela tem exatamente aquilo que a Lisa quer, toda inocência e transparência que alguém poderia ter, tudo o que a jovem chefe quer ao ver até onde as palavras inocentes podem durar sem que gestos maliciosos surjam, Manobal sabe exatamente como fazer o que tem em mente, tem a presa mais que perfeita e apesar da discussão com Sana, tem o momento perfeito em sua mãos.

A raiva em ter seu passado relembrado foi um dos motivos para que agora estivesse dirigindo a caminho de sua mansão, com a sua pequena inocente sentada no banco do passageiro, sem saber ao certo o que a aguardava nas horas seguintes, elas tinham a madrugada inteira para estar no controle e serem controlados. Os olhos de Jennie pularam no rosto ao se ver aos arredores da mansão, os altos portões bem protegidos se abriram e logo o carro preto segui em direção à garagem.

- Por que estamos aqui? - Ela perguntou hesitante assim que a chefe havia estacionado na garagem cheia de carros caros e importados. - Precisamos voltar, Lisa, as outras meninas vão desconfiar da minha falta por lá.

- Porque eu preciso de você, pequena. - Respondeu Manobal, ao sair do carro e abrir do outro lado para a sua presa da noite. - Foda-se as outras meninas, as minhas necessidades são mais importantes do que a opinião de todas aquelas vadias. - Complementou, deixando Jennie sem reação ao ouvir tantas palavras feias.

- O que você quer de mim? Por que faz isso comigo? - As perguntas de Jennie continuaram, desta vez seguidas de algumas lágrimas de medo e angústia.

- Eu quero de você exatamente o que sempre está a oferecer para os outros, e este é o principal motivo de estarmos aqui.