cap.28

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Depois de passar por tantos momentos ruins desde que fui trazida para a Tailandia , por alguns míseros minutos senti como se nada importasse. Os problemas e as lágrimas puderam ser esquecidos enquanto a boca de Lisa trabalhava na minha intimidade, sua língua dominava o meu interior e eu estava sem reação em meio de tudo aquilo. Em um momento ela me faz chorar por entregar a minha irmã, e no outro está me proporcionando as melhores sensações que eu poderia sentir.

Lalisa Manobal é definitivamente uma pessoa bipolar, talvez a mais bipolar que eu tenha conhecido em toda a minha vida. Ela pode estar te enchendo de ofensas em uma hora e, na outra, dando-lhe beijos reconfortantes. Me peguei a pensar se Manobal é capaz de fazer isso com outras pessoas além de mim. Depois de ler o caderno em seu quarto, minhas dúvidas a respeito do passado dela cresceram ainda mais, e fico a me segurar para não encher a chefe de perguntas sobre tal assunto.

Os minutos que passamos juntas em seu carro foram uns dos melhores que eu poderia ter passado, e tentei desfrutar de cada segundo mesmo sabendo que logo tudo aquilo acabaria, e eu seria obrigada a voltar para o galpão, onde não existe mais ninguém que possa ficar ao meu lado. Tentei ignorar esses pensamentos e voltei a me focar no toque de Lisa, que se encerrou poucos segundos depois de eu chegar ao ponto alto.

Meu corpo estava totalmente relaxado agora, mesmo sabendo o que eu teria que enfrentar futuramente, tudo pouco me importava naquele instante. Lisa pegou as minhas roupas jogadas no chão e me ajudou a vesti-las, mesmo sendo totalmente desnecessário que ela me ajudasse. Vestiu suas próprias roupas em seguida e pulou para o banco da frente, ajeitando o assento do passageiro para que eu pudesse sentar.

Assim que já estava vestida e sentada no banco com o cinto de segurança, Lisa começou a dirigir sem pressa, voltando a estrada deserta e procurando o retorno mais próximo, para voltar para o heliporto. O silêncio predominou no carro pelos minutos que se sucederam, e por mais que eu negasse qualquer coisa para mim mesma, estava rezando para que Lisa dissesse algo.

- Mrs.Manobal? - Eu a chamei timidamente, encolhendo os meus ombros no banco.

- Lisa. - Ela disse de forma breve, passando uma de suas mãos pelo cabelos lisos e concentrando-se em dirigir.

- Como? - Questionei confusa, a arquear a sobrancelhas.

-Acho que não é mais necessário que você me chame pelo meu sobrenome, dessa forma tão formal. Pode me chamar só de Lisa, não vejo mais problema. - Deu os ombros. - Afinal, as outras me chamavam assim, e você não faz parte delas.

- Lisa. - Eu sorri ao poder dizer o nome dela sem problemas, tentando ocultar ainda mais o sorriso ao ouvir as palavras seguintes. - Por que você me trouxe até o meio de uma estrada para fazer o que fizemos? - Perguntei, sem querer usar palavras fortes demais.

- Eu não gosto de lugares tradicionais, como motéis, por exemplo. Sou alguém de gostos diferentes, como já deu para perceber. - Divagou ela de forma calma, umedecendo os lábios rosados antes que pudesse continuar a falar. - Você vai descobrir mais sobre isso mais tarde, pequena. Se o helicóptero estiver pronto e seguro para sair, eu te levo hoje mesmo para onde pretendia, antes daquilo acontecer.

- Certo. - Foi tudo o que eu consegui dizer, encolhendo-me no banco e tentando distrair-me com outros pensamentos enquanto íamos até o heliporto, mas tudo o que chegava a minha mente eram os momentos ruins que passei por aqui, incluindo a situação com a minha irmã, e principalmente, a situação com Jimin.

Eu tinha medo da reação de Lisa caso descobrisse que eu conversei com Jimin enquanto ela estava fora, conversando com Namjoom. Por minha causa, Park acabou internado na UTI, depois de ser agradido por Lisa, e eu mal poderia imaginar o que a garota de olhos castanhos poderia fazer contra o loiro, sabendo de qualquer coisa entre nós.

innocence - JenlisaWo Geschichten leben. Entdecke jetzt