02: problemas

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Guilherme Mineiro (MARECHAL) 02 de Maio de 202210:45PM

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Guilherme Mineiro (MARECHAL)
02 de Maio de 2022
10:45PM

—Eu vou estourar a cabeça daquele filha da puta. Ele pegou a minha droga e agora fica com essa ideia? Se liga, seu merda do caralho!

São 10:45 da manhã e eu tô simplesmente vendo dois filhos da puta, viciados do caralho, discutindo por causa de um baseado. A porra de um fininho tá infernizando a minha vida de manhã. Meu olhar cai para o lado do VT que é o gerente dessa boca e tá deixando esse fuzuê todo acontecer. VT não demorou muito pra me ver parado encostado na parede com os braços cruzados tragando um baseado.

—Dá pra parar com essa porra? Para de caô! Que desorganização é essa aqui? —Os dois viciados abaixaram a cabeça ao perceber o meu olhar sobre eles.

—Tá perdendo a moral mesmo, irmão? —Descruzei meus braços caminhando até eles que ainda mantinham a cabeça abaixada.

—Coé, acha mesmo que vou perder moral pra viciado? Não fode, Marechal! —Bati em seu ombro afastando ele.

—Mete o pé vocês dois, tá me entendendo? Se eu ver vocês dois batendo chifre vou levar pra conhecer uma vala. —Eles continuaram no mesmo lugar. —Tão fazendo o que aqui ainda, porra?

Não demorou nenhum segundo a mais e eles saíram correndo entrando nos becos. Olhei em volta vendo a quantidade de menor que era pra tá traficando, mas tão aqui me olhando com essas caras de merda. Ao perceberem o meu olhar indignado trataram de se virar e ir vender as drogas que mantém os salários deles em ordem.

Adentrei a salinha onde faziam o relatório das drogas que entraram e saíram da semana passada. Chegou na minha mesa um desfalque e preciso resolver esse problema antes que chegue na cúpula. Faço meu trabalho bem feito, odeio que toquem um dedo sequer nos meus relatórios de dinheiro. Não sou um dos principais tesoureiros do TCP atoa. Nada passa por mim e quando bati o olho no desfalque de 2.000 já soube que tem um filho da puta tentando me roubar.

VT não demorou muito passando pela porta me olhando com curiosidade. Quase nunca descia na boca de baixo à não ser se tivesse algum problema. Isso já fazia ele ficar em alerta, mesmo que eu já soubesse que o desfalque não tivesse nada haver com ele. VT tá comigo nessa a mais de 7 anos, não iria me passar a perna depois de todo esse tempo. Ainda mais sabendo como funciona a minha cabeça pra rato.

—Passa a fita ai, irmão. Tá quase com ruga na testa. —Meu olhar ainda está nos papel até eu perceber de onde vinha o desfalque.

—Haridade ainda tá lá em Nova Holanda?

—Que eu saiba sim. —Ele se sentou na cadeira da minha frente.

UM LANCE PERIGOSO (MORRO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora