13: ninguém irá te machucar

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Lorena Castro07:32PM

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Lorena Castro
07:32PM

—Lorena, eu já esqueci... —Meus braços se cruzaram em frente ao meu peito. —Por que quer saber disso?

—Eu to curiosa, só quero saber o que pensa sobre isso. —Giovanna depois de pegar o suco na geladeira voltou a me encarar.

—Só é estranho... —Ela travou a fala mordendo o lábio inferior, como se pensasse em algo doloroso.

—Estranho como? —Seus olhos vagaram pelo local até vir na minha direção, mas ao abrir a boca o telefone tocou.

—Preciso ir trabalhar, vou levar o Lucas comigo pra deixar na escola. —Guardando o suco na geladeira de volta a observei continuando perdida em pensamentos. —E Lorena, não se preocupa, só se mantém distante.

Sorri fraco balançando a minha cabeça concordando. Meus pensamentos divagavam mais uma vez na direção do Marechal, como ele pode estar tão presente mesmo não tendo visto ele. O olhar dele, a voz, seus toques... Mas principalmente, a segurança. A forma como estar com ele me faz ter segurança, ter o sentimento de que nada ou ninguém além dele possa me tocar. Meu corpo se rejeita a ser tocado, mas a minha mente se abre para se sentir segura.

Me abaixei na altura do Lucas que vinha correndo na minha direção com uma mochila nas costas. O apertei me despedindo e dizendo que mais tarde iria buscá-lo. Sua animação era tão contagiante ao ponto de me manter aquecida pelo resto do dia. Aproveitando que eles já estavam saindo fui caminhando até chegar no restaurante.

Depois de 1 dia sem abrir logo a dona Mariana retornou, as pessoas amavam esse local e era difícil quando estava fechado. Poucos minutos depois de ser aberto já tinha algumas pessoas que passavam para comprar o primeiro lanche do dia, mesmo sendo de manhã algumas já pediam a cervejinha gelada. No calor de quase 40° graus, óbvio que a cervejinha gelada era o que mais fazia sucesso.

—Fiquei sabendo o que aconteceu com você. Como você tá? —Dona Mariana parou ao meu lado.

—Sobre o quê? —Suas sobrancelhas se juntaram.

—Não foi você que ficou na rua no meio da invasão? Será que foi outra nova moradora? —Olhei em sua direção soltando um pequeno sorriso.

—Ah, foi isso... Eu tô bem agora, na hora foi um susto gigantesco. —Ela me olhou sorrindo e logo pousando a mão no balcão.

—Fico feliz que tenha chegado em casa. Por sua sorte os meninos nunca deixam ninguém pra trás. Graças a Deus são homens bons, mesmo vivendo nesse mundo sujo. —Com as mãos na cintura ela olhava para todo o restaurante.

UM LANCE PERIGOSO (MORRO)Where stories live. Discover now