26: suspeito

14.8K 926 75
                                    

Lorena Castro

Quando eu acordei o Guilherme já não estava mais deitado no cama, mesmo que eu tivesse acordado bem cedo por causa do trabalho. Me levantei prendendo o meu cabelo e colocando a roupa de volta, não demorei pra descer e ter a visão de todo mundo na cozinha conversando e comendo. Guilherme cortava uns pedaços de pão entregando para o Lucas que sorria conversando com a Lalai.

—Acordou flor do dia! —Giovanna apareceu do meu lado quase me fazendo dar um salto com o susto. —Ta devendo?

—Ai! Não aparece assim do meu lado, Giovanna! —Bati algumas vezes no ombro dela por ela já saber que eu odeio que me assustem.

—Cuidado pra não perder o filho... —Guilherme torceu o pescoço no mesmo segundo com os olhos arregalados.

—Filho? Tu tá brincando? —Olhei para ele em estado de choque e logo travei os lábios para não dar risada.

—Ta devendo, Marechal? —Carioca bateu no ombro dele. —Já tá com um e querendo outro.

—Eu tô falando sério! Lorena? —Me aproximei dele negando com a cabeça e logo ele passou os braços ao meu redor. —Coé, que merda! Pensei que seria pai de novo... —O sorriso em seus lábios me deixava empolgada, mesmo sabendo que é apenas uma brincadeira.

—De um dia para o outro? —Sussurrei em seu ouvido e ele deu risada.

—Vou comprar teu remédio na volta pra casa. —Balancei a cabeça selando nossos lábios e logo indo me sentar no balcão pegando um dos pedaços de pão dele. —Quer que eu faça um misto pra tu?

—Não precisa, tô sem fome. —Ele ficou encarando por algum tempo. —O que foi?

—Nada! Melhor tu comer alguma coisa antes de trabalhar. —Neguei com a cabeça.

—Eu fico o dia todo catando alguma coisa pra comer no restaurante, daqui uns dia vou estar passando mal de tanto comer. —Lucas me estendeu um pedaço de pão. —Obrigada, filho!

—Come, momãe! —Ele falou alto balançando o pão.

—Provou que é filho do Marechal. —Olhei para o VT com as sobrancelhas arqueadas. —Mandão igualzin!

—Sou o chefe, tenho que mandar mesmo. —Ele bateu na cabeça do VT que olhou pra ele sorrindo. —Inclusive já achou o bunda mole do Dedé que não deu as caras ainda?

—Sabe que eu acho né? Tô no rastro pai. Me dá mais 4 horinha e eu trago ele amarrado pra tu. —Guilherme olhou na direção do Lucas pra ver se ele tinha ouvindo antes de lançar um olhar mortal para o VT. —Ihhh, foi mal! Não tô acostumado com esse monte de criança por perto.

—Acha em 2 horas. —VT virou de uma vez o copo de café e saiu correndo para fora. Guilherme veio na minha direção segurando meu rosto. —Preciso ir, amor.

—Não me deixa sem notícias o dia todo. —Selei nossos lábios. —E cuidado vocês!

—Passo no restaurante pra comer mais tarde. —Gritei um beleza já que ele estava do lado de fora.

—Acho que eu fiquei viva para ver você assim. —Giovanna tocou meu ombro me dando um abraço de leve.

—Tudo tá indo tão bem que tenho até medo de relaxar e de repente tudo virar um inferno. —Ela balançou as mãos e logo bateu na mesa de madeira.

—Ta maluca? Bate na madeira filha! —Lucas afastou o prato, logo agarrando o braço da Lalai e correram para a sala prestando atenção no desenho que começou.

—E como foi as coisas com o Hari? —Ela logo colocou um sorriso no rosto se sentando na minha frente.

—Eu sei que disse que não me envolveria, mas mordi a língua e com força ainda... —Eu dei risada. —A gente transou pra caralho ontem e depois dormimos agarradinhos.

UM LANCE PERIGOSO (MORRO)Where stories live. Discover now