32: isso é o fim ou início?

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Lorena Castro
2 dias depois

Ainda me sinto um pouco atônita, em choque, mas também me sinto feliz em ver o Guilherme com um sorriso de orelha a orelha observando eu e o Lucas brincando na areia da praia. Depois de tudo que aconteceu resolvemos sair por uns dois da Maré e esperar toda a poeira baixar. Guilherme ainda está sendo procurado desde o dia da explosão e receberam uma denúncia que ele estava na pista. Logo as coisas começaram a ficar mais complicada e ele resolveu apenas ficar de fora e deixar o VT cuidando das coisas.

Acabou que uma coisa que era pra ser apenas a gente, se tornou todo mundo junto, até mesmo Deco e a Thay, esposa dele, veio junto. Amanda conversou bastante comigo no último dia tentando não me deixar tão traumatizada com tudo, já que ela passou por isso várias vezes. Perguntei algumas vezes para o Guilherme o que tinha acontecido, mas ele insiste dizendo que é algo que só ela pode contar. Fico um pouco constrangida em perguntar e acabar incomodando ela, mas sempre que ela conta algo sobre os filhos vejo os olhos dela brilhar em uma mistura de felicidade e tristeza profunda.

—Querem água de coco? —Escutei o Guilherme gritando de longe e gritei que sim.

—Vamo parar a brincadeira e ir no papai um pouco, Lucas? —Ele se levantou batendo as mãos tirando a areia e correu na direção do Guilherme que assim que viu ele segurou no colo enquanto o moço encarava tentando entregar a água de coco.

—Desce pro papai pegar o coco. —Guilherme tentava fazer o Lucas descer, mas ele só agarrava ele ainda mais forte. —Ihhh, qual foi?

—Pode deixar que eu pego. —O senhor sorriu, logo em seguida me entregando os dois cocos. —Muito obrigada!

—Criança linda a de vocês. A cara do pai. —Guilherme logo soltou uma risada olhando pra mim.

—Eu te disse que ele é minha cara e tu fica tirando onda comigo. —Revirei meus olhos dando risada também.

Realmente, as vezes é até estranho sobre como o Lucas tem começado a se parecer com o Guilherme cada vez mais. O sorriso e o cabelo são definitivamente meus, mas os olhos tem se tornado parecidos com o dele. Claro que o jeitinho tem como explicar como a convivência, mas é até estranho pra mim já que a única base que o Lucas tinha pra se espelhar era eu e a Giovanna.

Nos sentamos em baixo de uma árvore tomando a água de coco e não demorou para a Giovanna e o Hari aparecer. Ficaram um tempo chamando o Lucas para ir banhar no mar e ele ficava todo encolhido olhando para o Guilherme, esperando que deixasse ele ir.

—Ele tá esperando você deixar ele ir. —Cutuquei o Guilherme que parou de olhar para o nada e olhou para o Lucas.

—Pode ir, filho! —Lucas se levantou correndo agarrando a mão da Giovanna que logo foram correndo em direção a água. —Foi mal, preta. Ainda não to acostumado a saber que tem um cocudo dependendo de mim.

—Eu sei, amor. Mas você tá se saindo bem. —Ele se virou sorrindo e selou nossos lábios.

Seu olhar foi para alguém atrás de mim, assim que me virei tive a visão do Dedé parado com os braços cruzados observando a gente e o pessoal na água. Guilherme sussurrou no meu ouvido que iria ir para a água também e eu apenas balancei à cabeça enquanto ele se levantou. Olhei para o Dedé que ainda me olhava meio desconfiado, mas logo se rendeu e se sentou ao meu lado.

—Como tu tá? —Respirei fundo pensando no quanto isso é estranho, conversar com ele como se algo normal.

—Ainda um pouco em choque com tudo, mas tô melhor. —Ele balançou a cabeça concordando. —Onde você tava quando tudo aconteceu?

UM LANCE PERIGOSO (MORRO)Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ