10: invasão 02

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Lorena Castro16:34PM

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Lorena Castro
16:34PM

Giovanna tinha me avisado sobre a papelada que eu teria que ir assinar para o Lucas ficar na creche. Aproveitei que não tinha que ir para o trabalho hoje já que a dona Mariana havia me dito que iria ficar fechado até o próximo dia e me organizei pra ir na creche. Como não era longe acabei deixando pra ir na parte da tarde. Não era pra ser tão tarde, mas o Lucas ficou o dia todo meio febril só ficando melhor agora nos últimos momentos.

Aproveitei que ele tinha dormido e logo sai de casa deixando a Giovanna ficar maluca se ele acordasse. Normalmente ela sempre entra em pânico quando o Lucas fica doente, sempre quer arrastar ele para o hospital antes mesmo de dar um remédio. Imagino se um dia for mãe o quão neurótica com tudo ela vai ser, mas não vai deixar de ser uma boa mãe.

...

Chegando na creche a mulher me avisou que demoraria mais que o normal pois o sistema da escola estava caindo. Fiquei sentada observando algumas das crianças que gritavam na aula de pintura. Meu coração se aquece quando vejo todas elas felizes e brincando, sempre trazendo Lucas para os meus pensamentos.

Não percebi quanto tempo havia passado, mas ao ver ao ver as crianças se despedindo dos professores indo até os pais dando a entender que havia passado pelo menos uma hora. Continuei esperando até ver a mulher me chamando com um aceno. Ela me entregou alguns documentos para assinar junto com o uniforme que o Lucas teria que usar em nos dias de aula.

Ao terminar voltei indo na direção da entrada da comunidade, parando apenas em uma barraca de milho cozido pegando umas quatro espigas pra gente comer no jantar. Por mais que a Giovanna odeie milho, quem manda em casa é o Lucas e ele literalmente ama qualquer tipo de comida que tenha milho.

Ao parar na entrada do morro meu celular começou a tocar, antes que eu pudesse alcançá-lo senti um frio percorrer minha espinha. Meus lábios ficaram secos na medida que eu percebi todos os homens armados me observando. Meu corpo lentamente reagiu me fazendo caminhar até o outro lado da rua pegando o celular que começou a tocar pela segunda vez.

Lorena? Já tá chegando? —Giovanna parecia desesperada e só então percebi o choro do Lucas.
Tô indo. A febre baixou?
—Sim, mas você como ele fica.
—Eu já tô chegando, tô na entrando na rua.
—Passa no...

No segundo seguinte tiros foram disparados na direção dos homens que estavam parados na entrada. Meus olhos se arregalaram na medida em que eu observei eles caindo no chão agonizando com o próprio sangue. Meus pés simplesmente ficaram paralisados enquanto eu ouvia o grito de desespero deles. Em um momento de choque meu corpo reagiu para se proteger correndo para dentro dos becos. Os tiros eram simplesmente ensurdecedor, quanto mais eu me afastava mais próximo parecia que estava.

UM LANCE PERIGOSO (MORRO)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora