14: segurança

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Lorena Castro20:03

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Lorena Castro
20:03

Chamei o nome do Marechal diversas vezes, cheguei a pensar que ele tinha saído de casa. Mas com a perna daquela forma ele não teria ido muito longe. O portão menor estava entre-aberto, mesmo com certo medo de entrar na casa e ele acabar achando ruim, me lembrei que ele havia dito maia cedo que poderia estar dormindo. Ao passar pelo portão observei a casa que estava totalmente escura, apenas ouvi o barulho da televisão na hora que entrei na área.

—Marechal? —Me estreitei entre a porta tendo visão dele jogado no sofá com a perna pra cima. —Tá dormindo?

Me aproximei percebendo seus olhos fechados e sua respiração pesada. Olhei ao redor ligando a luz do lado de fora. Caminhei novamente na sua direção me abaixando para deixar a comida na mesa de centro, somente ao me virar fitando seu rosto percebi seu corpo completamente suado. Rapidamente levei a minha mão até a sua testa verificando a sua temperatura e definitivamente ele estava queimando em febre, muito mais do que na parte da manhã.

—Merda... —Me aproximei ainda mais o balançando para tentar fazer ele acordar. —Guilherme? Acorda! Você tá queimando...

Aos poucos ele ia soltando resmungos, palavras que eu não conseguia sequer tentar decifrar, mas seus olhos não abriam de forma alguma. Aos poucos fui percebendo que linhas finas de lágrimas escorriam no seu rosto se misturando com o suor. Aos poucos seus olhos se abriram, uma mistura de dor e saudades estava estampado em seu olhar. Sua mão lentamente veio até o meu rosto, seus olhos ainda estavam marejados enquanto seus lábios se retraiam. Nesse momento eu poderia jurar que ele não me enxergava em sua frente. Seus dedos se arrastavam pesadamente pela minha bochecha, um carinho doloroso, mas não em mim. Seus olhos vagavam por cada pedaço da minha alma, como se pudesse tocá-la.

—Clara... —Com a voz ainda falha ele pronunciou o nome de alguma garota enquanto seus dedos se retraíram. —Me desculpa! Eu sinto muito...

—Calma... —Tentei segurar a sua mão, mas ao sentir meu toque ele se afastou completamente. 

—Eu devia ter salvado você... Eu deveria ter sido capaz de salvar você e os nossos pais. Desculpa por não ter sido forte o bastante. —Meus olhos marejaram conforme observava seu olhar doloroso.

Rapidamente ele me puxou para os seus braços, um abraço apertado, caloroso e com uma dor imensa. Meu corpo se afastou lentamente o observando ainda deixando algumas lágrimas escapar.

—Ta tudo bem... Não é sua culpa. —Seus olhos mais uma vez estavam em meu rosto.

Aos poucos eles foram se fechando fazendo ele voltar para o sono leve. Seu corpo soava ainda mais me fazendo ir até a cozinha pegar algum pano com água gelada. Ao voltar me aproximei passando a toalha por seu rosto e pescoço. Ele ia soltando leves resmungados até seus olhos abrirem levemente. Coloquei um pequeno sorriso nos lábios ao perceber o quanto ele ainda tinha aquele olhar sereno.

UM LANCE PERIGOSO (MORRO)حيث تعيش القصص. اكتشف الآن