7 • Era Uma Vez...

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❝ Puxe sua cadeira para perto da borda de um precipício e eu lhe contarei uma história. ❞

- F. Scott Fitzgerald

 Scott Fitzgerald

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BELLA

A LancPetro foi fundada em 15 de outubro de 1920 pelo meu bisavô, Armani Lancaster.

O título de magnata do petróleo foi passado hereditariamente para o meu avô, Armani filho; e depois para o meu pai, neto, como manda o script, pois a cada novo século a empresa cresce mais.

O mais interessante, todavia, não é a soma do patrimônio histórico da minha família; mas sim o funcionamento, as engrenagens que o fazem rodar, que permitem acontecer, tal qual os 206 ossos que sustentam o corpo humano.

A LancPetro conta com uma escala de funcionários escolhidos com base na nacionalidade.

“Por quê?”

O Reino Unido fica em 6° lugar no Ranking das nações que mais recebem imigrantes. Em 2015, por exemplo, executou mais de 70.000 ordens de deportação.

Então, assumindo a liderança, vovô e meu pai resolveram criar um programa de acolhimento para nossos irmãos esquecidos pelo sistema.

Desde 1990, a LancPetro abraça a causa e contrata cerca de 45% dos refugiados ilegais no país, de carteira assinada e todos os direitos humanos e trabalhistas garantidos, incluindo o visto e a cidadania europeia.

“Incrível, certo?”

Errado.

Mas voltemos a essa tarde em questão...

Era muita pretensão.

— Você?

Me perguntei, então, como o ceifador lidaria com ele. Estava imaginando ser um tipo de fanatismo religioso extremo ou, quem sabe, um “Robin Hoodismo” do mundo moderno

— Lewis, Mendoza, Newman... Todos amigos meus.

As peças simplesmente não encaixaram na minha cabeça.

Ou papai estava mais paranoico do que antes, ou falava a verdade. A primeira opção é muito mais viável.

— Por que se dar ao trabalho de executar mortes tão específicas... Montar todo esse circo dos horrores? Morte é morte. Que diferença faz se te afetaria de qualquer jeito?

— Porque ele não quer apenas matar, filha... — Uma sombra cobriu seu rosto. — Ele quer passar uma mensagem. Quer que provem do próprio veneno... Literalmente, como no caso do Ry. Ele quer sofrimento. Quer observar enquanto os alvos clamam por misericórdia, que amaldiçõem as suas escolhas. Tudo por uma questão de controle, obsessão, sadismo e diversão. Ele se deleita com a punição, achando que é uma espécie de deus da nova era.

BARONE - O JuramentoOnde histórias criam vida. Descubra agora