Conhecida como a patricinha revoltada que a mídia insiste em perseguir, Bella Lancaster não tem escolha a não ser comparecer em mais um aniversário de casamento dos pais.
Filha de uma socialite e de um dos magnatas mais prestigiados do Reino Unido...
❝ Todo aquele que é capaz de amar, pode ser salvo. ❞
- The Vampire Diaries
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BARONE
Ela soltou um riso bobo de adoração.
Estava bonita. De vestido verde escuro e mangas longas, uma echarpe elegante cobrindo o colo. Sapatos de boneca e resquícios de maquiagem. Descabelada, o rosto corado de frio.
Mas linda, loucamente linda.
Reduzi a velocidade para firmar os pés no solo.
Paramos na parte posterior do prédio, onde não há iluminação.
Seguimos em silêncio para a área deserta do condomínio privado.
Foi uma precaução meio frívola, pois a Van não chamaria atenção nem que fosse dia, de tão comum.
Poderia ser uma simples Van escolar; o veículo de passeio de um casal de idosos, porventura.
Mas Salazar teve o cuidado de estacionar em um ponto cego, abaixo de um pinheiro ainda decorado para o Natal.
Desde que não caísse um raio, estaria tudo certo. Sem suspeitas.
Ele estava com o braço fora da janela, balançando a cabeça ao som de uma música quase inaudível vindo do velho sistema de som.
— Oizinho... — Bella cumprimentou, esboçando certa animação por vê-lo.
— E aí, loirinha?
Surgindo do interior da lata velha, Jerry enfiou a cabeça pela janela do motorista.
— Oi, doutora!
O garoto havia se debruçado do banco, pendendo em cima de Salazar feito um cipó.
O colombiano fez uma carranca, agarrou a touca do moletom dele e lhe empurrou de volta para o lugar sem esforço algum.
Bella ergueu as sobrancelhas.
— Jeremiah? Oi!
Franzi o cenho.
— Quem?
— O Jeremiah! Ele trabalha na Starbucks que eu frequen... tava, é o garçom.
— Sou nada! — Jerry arregalou os olhos. — Nunca nem te vi na vida.
— Como conhece ela, então? — Salazar alisou o queixo.
— E quem disse que eu conheço???
— Você disse.
— Não disse!
— Disse sim. Acabou de, literalmente, dizer: “Oi, doutora.”
