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Vittoria

Os olhos verdes de Juliano não abandonam meus olhos enquanto ele verifica com Simone, que descobri ser seu meio-irmão mais velho, se posso fazer uma chamada. Precisava ligar para casa, Mav deveria estar cheia de preocupação já que quando Juliano tomou meu celular enquanto falávamos sobre meu pai, não me deixou terminar, simplesmente pediu ao mesmo tempo que puxava de minha mão e desligava na cara da minha cunhada, além de que preciso falar com papai, lhe dar um belo sermão por estar enrolando para não tomar seus remédios para controlar a pressão alta.

— Simone disse que não há nenhuma ordem quanto isso, senhora — esfrego minha testa em busca de paciência. Simone era o segurança pessoal de Luca e possuía permissão para dar algumas ordens aos outros seguranças e soldados, o que incluía Juliano.

— Ok, Juliano, obrigada! — ele somente assente, não adiantaria nada ficar zangada com ele — Eu não posso usar o telefone, certo?

— Nenhuma ligação, senhora — diz pacientemente.

— Mas você pode — lhe dou um sorriso — Só diga a Malvina que estou bem e depois para meu pai. Lhe diga que peço que volte a tomar os comprimidos, por favor, Juliano! — uno minhas mãos — Por favor.

Eu vejo sua batalha, e quando começa a perder, então, eu que perco.

— Sinto muito, senhora!

É notável que ele realmente sente.

É estranho me dar bem com meu segurança e ao mesmo tempo não, tão diferente de quando estava em casa. Luca vem a minha mente, é tudo por conta dele, ninguém quer ir contra ele, mesmo em algo tão pequeno que não faria mal algum, muito pelo contrário.

— Obrigada novamente! — ele assente outra vez.

— O Chefe está no escritório — conta — Com licença — Juliano se afasta, voltando ao lugar onde eu não o via, mas ele não perdia movimento algum meu, enquanto passeava e admirava as flores no jardim dos fundos da casa, bastou eu chamar seu nome uma única vez e surgiu.

Olho para a grande casa em minha frente e penso nas palavras de Juliano, ele havia sugerido que eu fosse até lá e pedisse diretamente ao meu marido. Marido esse que não gosta nenhum pouco de mim, mas eu precisava tranquilizar Malvina e falar com papai, até mesmo com meu irmão, dizer que se fosse preciso que amarrasse nosso pai e enfiasse os remédios goelas abaixo. Reúno coragem e caminho para dentro de casa.




Luca

— A senhora Romano, quer falar com você — Simone se referia assim comigo quando não tinha ninguém por perto, coisa que ninguém ousaria apontar quando o via com sua cara amarrada e todo respeito que tinha comigo — A deixo entrar?

O que era agora?

— Deixe e saia.

Ele assente e abre a porta, cumprimenta Vittoria sem mesmo parar de andar e mal olha em sua direção, fechando a porta quando ela entra e ele sai.

— Desculpe interromper — começa como quem não quer nada, juntando coragem para o que quer que esteja disposta a pedir.

— Direto ao ponto — mando, deslizando meu olhar por seu corpo, meu polegar correndo meu lábio inferior, coisa que só me dou conta após fazê-lo como sempre, e olhar seu próprio lábio. Ele entre meus dentes, os fariam muito satisfeito.

Hoje ela não tinha um de seus vestidos floridos em material leve em seu corpo, parecendo a porra de uma camponesa muito gostosa e inocente, mas não fica para trás. Uma saia verde com pequenas florzinhas brancas longa e um suéter branco em cima, não estava tão frio, mas para ela que era acostumada com o calor não deveria estar sendo fácil, logo seus vestidinhos floridos que adoram se agarrar nos pontos estratégicos de seu corpo pequeno e curvilíneo, estariam fora de circulação. Seus pés também estão protegidos, por botas de couro e curtas.

Nas Mãos Do Don - 2ª livro da série Nas Mãos Do Amor Where stories live. Discover now