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Vittoria

A imagem de Luca na cozinha, faz com que minhas pálpebras pesadas se abram com tudo quando o batucar de seus dedos se fazem presentes no outro lado da mesa. Era a primeira vez em dois dias que o via tão próximo, desde que me deixou com Juliano no estacionamento e se foi, ele sequer voltou para casa naquele dia. Seu rosto demonstra cansaço, mas nada que tire ou diminua sua beleza, na verdade, parece até realçar, enfatizar o quão bonito é, já que mesmo sob exaustão está divino.

Me pergunto se Luca não fosse tão belo eu sentiria algo por ele, então lembro do seu sorriso, do jeito que sua face perfeita ficou naquela noite enquanto se divertia e me dou conta que nunca foi sobre o quão lindo Luca poderia ser e sim, o quão maravilhoso ele se tornava quando ria, não os que me assustavam, mas os reais.

E isso me levava há outro ponto: qual deles era o real?

Luca não me parecia fingindo aquela alegria genuína ao lado de sua família, assim como quando expõe sua besta. Suspiro, me dando conta e aceitando o que já vi e sabia. Luca era os dois, cabia as pessoas a sua volta qual das faces ele iria demonstrar, e Luca não parecia disposto há me dar nada mais que sua besta, mesmo que eu ainda não a merecesse.

E porcaria, eu não mereço!

— O que lhe disse sobre cozinhar? — indaga se aproximando, olho da comida no balcão para ele, ficando em pé.

— Não fui eu — respondo, indo até os pratos — Vamos jantar — o convido.

Luca, me observa, seu polegar parecendo ir por conta própria para seu lábio inferior, o movimento atiçando meu desejo, meu centro ainda sentindo o que fizemos dois dias atrás e ansiando repetir a dose.

— Já jantei.

— Ah! — digo decepcionada e largando os pratos, então algo vem a minha mente — Você me trai, Luca? — meu coração se aperta e chora por dentro somente com a possibilidade, mas era algo que eu gostaria de saber se estava indo fazer nosso casamento dar certo. Se Luca saía por aí me traindo, então não havia nada pelo o que lutar — Gostaria que fosse sincero, por favor.

Minha garganta parece que vai se fechando há cada segundo que ele apenas continua a me observar em silêncio, meu coração como se estivesse sendo esmagado, meu estômago embrulhado e uma dor de cabeça vai se iniciando em minhas têmporas.

— Por que não janto com você acha que tenho outra ou outras?

Começo negando com a cabeça, buscando pela minha voz em uma dor por algo que pode ser ou não existente.

— Por tudo.

O lampejo de um sorriso ladino, do tipo que não gosto, surge.

— O que acha?

Respiro fundo.

— Só basta me dizer.

Seu sorriso ladino aumenta.

— O que acha?

Fecho meus olhos para aliviar a raiva que vai me preenchendo.

Nas Mãos Do Don - 2ª livro da série Nas Mãos Do Amor Where stories live. Discover now