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Luca

Vittoria se surpreende quando Juliano abre a porta do carro para ela e me vê ao lado do motorista, mas não recebo nenhum dos seus sorrisos doces nem mesmo um fingido, Vittoria me dá lágrimas, e me pergunto qual cadela rosnou para ela, talvez a vadia da Cherry, eu deveria tê-la alertado melhor, mas então não posso pensar muito mais nisso. Vittoria se joga em meus braços quando a porta é fechada e chora.

Abro a janela.

— Encontre uma das prostitutas para dar uma bela surra na vadia da Cherry — aviso a Juliano — E quero falar com o pai dela ainda hoje.

Ele assente.

— Ela não fez nada — Vittoria funga — Eu soube lidar com ela. Choro por outro motivo.

Despacho Juliano com a mão e fecho a janela. Vittoria ainda tem seu rosto enfiado na curva do meu ombro, me encharcando com suas lágrimas.

— Vai me dizer o que houve? — pergunto pacientemente fingido.

— Francesca me contou sobre sua...

— Não termine — ela se cala — Vá para seu lugar, Vittoria.

Ela faz após bons segundos da minha ordem, finalmente voltando a me olhar. Seu rosto inchado e olhos vermelhos.

— Oh, Luca! — lamenta, cheia de pena.

Aperto o volante com força.

— Então é Francesca quem merece uma surra — resmungo nos tirando de frente da casa da mulher. Ela nunca tinha aberto a boca antes sobre minha vida. Será que contou sobre Bianca? — O que mais lhe contou?

— Que matou seu pai e por isso passaram a te chamar de besta. Como sua mãe tentou...

— Conheço a história, Vittoria, estava lá. Agora cale a boca — ela me encara e estou pronto para gritar que mantenha para si o que vai despejar, mas então, ela o faz. Vittoria mexe em sua bolsa tirando um pequeno espelho, sem voltar a olhar para ela, lhe passo um lenço.

— Como foi o seu dia? — indaga como se nada tivesse acontecido.

Ótimo.

— Violento.

Ela aperta meu joelho levemente e não retira sua mão de lá. Porra. Eu não quero que ela tire de lá!

— Nada novo, então — diz me arrancado um sorriso, e logo me vejo como uma ratoeira, quando vai para mover sua mão do meu joelho.

— Fique quieta.

Tiro minha mão que engole de cima da sua. É macia, bem cuidada, pequena e delicada. Combina com Vittoria e mais ainda ali, minha carne que queima abaixo.

— Certo — murmura satisfeita. Não via a hora do meu desejo por ela ser totalmente saciado — Podemos jantar fora?

— Já não passou tempo demais longe de casa?

— Mas, não com você.

— Esse é o ponto — a olho e pego o momento exato em que suas bochechas começam a ser tingidas por um vermelho suave, coisa da qual me instiga mais do que o necessário. Precisava dela nua, meu corpo cobrindo o seu enquanto entro profundamente dentro dela, queimando inteira por mim enquanto geme meu nome daquele jeito ensandecido — Conheço um lugar — prolongo. Seria ainda mais prazeroso quando finalmente me esbaldasse em meu mais puro desejo.

Vittoria finalmente me dá um de seus sorrisos doces e sinceros. A fera ruge há todos pulmões dentro de mim.

— Grazzie, Luca! — beija minha bochecha, praticamente no canto da minha boca, rápido demais.

Nas Mãos Do Don - 2ª livro da série Nas Mãos Do Amor Donde viven las historias. Descúbrelo ahora