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Vittoria

— Você fez o quê?

Malvina mal pode acreditar em tudo o que lhe conto, nem eu estava. Mal havia conseguido dormir esperando e temendo que Luca subisse até nosso quarto e ignorasse meu "não", mas ele nunca veio.

— Ele quem começou, Mav! Luca não é só meu Don, é meu marido. Ele deve me respeitar da mesma maneira que faço com ele — lhe digo, mas é mais para mim do que para ela. Preciso me recordar disso há todo instante para não surtar pelo pânico. Luca não achou nada divertido e eu deveria me preocupar quando ele parasse de se divertir. Dio mío! — Ele age como se eu não fosse um nada. Então, no momento seguinte me confunde.

Mav suspira e eu a imito.

— Sinceramente, deveríamos internar essa besta.

Acabo rindo das suas palavras.

— Como se houvesse algum manicômio suficiente para ele.

É ela quem rir agora.

— Bem, andei perguntando sobre Bianca — meu coração se entristece. Mesmo que não tenha gostado nenhum pouco de seu casamento com Luca, não me alegrava que ele tivesse a matado. Eu contei isso a Mav e ela havia ficado de perguntar por aí sobre a mulher, não me conformava apesar de tudo que ele a matou apenas por matar, ainda que isso não significasse que deveria ter tido sua vida ceifada, mas as coisas eram diferentes no nosso mundo. O que Bianca poderia ter feito ou Luca acreditado que ela fez para isso?Tudo que sabíamos era que Bianca era a garota cobiçada do momento, e é claro que a melhor ficaria com Luca — Não consegui muito, nada na verdade. Todos a adoravam. Era muito bonita, como você, e apesar da história de invasão, ninguém acredita realmente nisso e com o que você me contou, sabemos que estão certos em não acreditar. Sabe que vou apoiá-la, mas precisará saber até onde ir, Vittoria, não pode acabar como ela.

Suas palavras tem o peso de vários milhões de toneladas. Meu marido poderia e iria me matar se assim decidisse e como Bianca, eu não teria ninguém para impedir.

— Eu sei, Mav.

Por alguns segundos o silêncio se faz e é cortado por um choro baixinho.

— Prometa que não vai fazer algo como isso novamente? — ela pede aos prantos. Suas lágrimas, seu medo, me enchem e choro também, mas como poderia prometer algo que não sabia se iria poder cumprir? Quando eu via, já tinha feito, é assim com Luca. Meu plano era mostrar que não iria insistir mais para jantar ao menos uma vez comigo, com a sorte de que só para me irritar fosse e o fizesse, e repetindo até que se tornasse uma prática comum — Me prometa, Vittoria!

— Vou tentar, Mav!

Não sei se algo em meu tom de voz, mas ela não insiste, aceita o que lhe dou.

— Isso é algo pelo menos. Por isso você e Luigi não são carne e unha como nós duas, são extremamente cabeça dura.

Sorrio e me recordo de algo, logo minhas bochechas esquentam. 

— Mav, o que um homem quer dizer com... Bom...

— Diga de uma vez, Vittoria.

— Fofoqueira — ela nem nega — Fazer aquilo com os seus seios?

Silêncio.

Silêncio.

Som de engasgo.

Dio mío! — vergonha — Me diga que foi a sua besta quem lhe disse isso?

— Quem mais seria, Malvina?! Então, o que quer dizer? Significa que Luca quer... — eu imaginei isso, era única coisa que fazia sentido — Colocar entre os meus...

Nas Mãos Do Don - 2ª livro da série Nas Mãos Do Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora