cap 12

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Paro em frente a porta, com a mão na massaneta preta do quarto preto, duvido que os outros quarto seja dessa cor, mas o dele com certeza é a cor da alma dele se é que ele tem alma.

O Dom Joaquin Petrova, mandou um comunicado, queria todos as 8h em ponto na mesa de jantar, falo Dom por que também é outra ordem dele, e como se fosse a maneira correta de pronunciar a um capo da máfia, como é pra reis você fala majestade, para juízes você diz excelência, bom para Capo de máfia você diz "Dom".

Desço as escadas, uma por uma, como se me levassem a morte, cada escada vinha uma palavra dele, de Jeremy. Eu estou tão cansada de chorar, " olha pra você" ele disse " quem quer trancar com isso ai", " ridicula", acho que nunca fui tão ofendida em toda minha vida.

Por fim chego na sala de jantar, essa casa era imensa, sem dúvida agente até se perde, são tantas portas, tantos corredores, quando agente fala da eco, kkk. Assim que entro pela porta todos já estão no seu lugar, só faltava eu.

- Desculpe, eu meio que me perdi - Jazmim solta um sorriso de deboche e Jeremy aparenta desprezo.

- Que isso não se repita, - Don Joaquin me adverte.

- Ah Jô - Dona Lilian era a única que o podia chamar como ela quisesse, - Ela não conhece bem a casa, não lembra de quantas vezes eu ia parar na salas das governanta, haha

Joaquin suaviza o rosto e por fim sorri, nossa acho que Jeremy puxou isso dele, até sorrindo eles me causa calafrios.

- Sente-se, Dona Olivia - Joaquin se dirige a mim - sente-se aqui ao lado de Jeremy seu agora esposo.

Era uma sala bem grande, com uma mesa grande de 12 cadeira, um lustre de cristal imenso bem no meio, na ponta mesa claro Dom Joaquin, ao seu lado esquerdo Lilian e depois Jazmim, ao seu lado direito Jeremy, não vejo só Jhames. Um mordomo arruma a cadeira pra eu sentar ao lado de Jeremy, ele em nem um momento me olha, me ignorar totalmente. Eu sento e me ajeito, estava usando um vestido preto de mangas compridas, um cardigan preto e as pérolas da mamãe.

- Amei seu vestido - diz Lilian nessa hora Jeremy solta o que seria um sorriso debochado, bem mini pra ser sincero acho que só eu percebi, mas tive a percepção que era mesmo pra mim. - Não é Jazmim? Sabe Olivia eu tento colocar um pouco de classe nas roupas de Jazmim, mas ela não me deixa. - pronto era só o que faltava parece que ela sabia exatamente o que dizer, pra me dizer que ele estava certo, a mãe elogiou a roupa não a filha a mãe, isso quer dizer alguma coisa? Céus.

- Desculpe pai o trânsito está um caos - Jhames chega por fim, ham transito?

- É que Jhames não mora aqui Olivia,- Acho que ela percebe minha cara de interrogação. Sorrio de volta.

- Pode servir, Cicero - Don Joaquin ordena

Fomos servidos, era algum tipo de sopa. Jeremy sempre em silêncio, enquanto os outro conversavam entre eles, observo sua mãos grandes, pegar o talher e inserir o líquido verde na boca, essa boca que me causou dois sentimentos distintos, prazer e ódio. Suas palavras veio como um soco no estômago, me fazendo querer vomitar, junto com suas ações na noite anterior, como pode um homem me causar tantos sentimentos, me arrependo de ter deixado ele me beijar, me arrependo do sonho que tive, de ter o desejado nem que só por um pouco que seja. A sopa começa a querer voltar e as lágrima a rolar, não quero chorar de novo não por ele não quero da esse gostinho.

- Olivia tá tudo bem querida - olho pra cima e vejo todos olhando pra mim, Jeremy me olha de canto como um animal feroz.

- É Desculpe... acho que não to me sentindo muito bem... É... Don Joaquin? Será que eu posso voltar pro meu quarto.

Ele nem me olha muito e ordena.

- Leve sua esposa, Jeremy, vê se ela prescisa de algum remédio.

- Não - digo mais que depressa é aí ele me olha - É não precisa, eu só vou me deitar, acho que deve ser alguma coisa que eu comi.

- Jeremy - ele diz sem aceitar minhas súplicas

Jeremy levanta, e puxa a cadeira pra eu sair, merda, me levanto quase sem força, ele vai me matar, espera eu passar e como sempre, sua mão vai até minha cintura. Droga, droga, droga por que é só ele me tocar que meu corpo reage, seguimos o caminho de volta pro quarto em silêncio, minhas lágrimas caindo por que não aguentei, e pior o medo de não saber como o bipolar aqui vai agir assim que nos chegar no quarto. Já me antecipo, assim que ele abre a porta e fecha atrás dele eu já me justifico.

- Desculpa, desculpa, desculpa - amparou minhas mãos pra mim em rendição e defesa - eu juro que não queria - ele chega mais perto e é como que a presença dele fosse maior que ele, que só dele ameaçar a talvez me empurrar, coisa que ele nem fez eu caio no chão em prantos novamente - Só queria vir pro quarto, se não eu ia chorar na frente deles, por favor não me machuca.- minha voz sai roca e fraca.

Ele para não age, não faz nada só me observa, no chão aos pés dele, Jeremy se agacha na minha frente, e penetra aquele olhar em mim parece fogo, ele meche as mão e eu fecho os olhos esperando algum tipo de violência, mas não ele enxuga uma lágrima do meu rosto, como ele fez no casamento, tão suave, tão gentil.

- Anda vai se trocar pra você dormir um pouco - diz grave

Ele me ajuda a me levantar, e me guia até o closet. Eu com muito esforço procuro uma roupa confortável, mas as palavras dele sofre meus vestuário ainda está na minha cabeça, acho que ele percebe.

- Tó... você gostou tanto dessa não é - ele coloca sobre meus ombros a camisa branca da discussão. E sai pro banheiro. Fico olhando pra ela, me deu vontade de picotar todinha, mas algo era mais forte que eu, aproveito que ele não está e tiro o vestido que eu estava usando, ele parecia mesmo de freira, coloco as pérolas da mamãe de volta na caixa, volto a me olhar no espelho.

- Poxa eu sou tão repulguenante assim? - usava uma lingerie de renda rosa bebê, meus seios são de bom tamanho não são iguais os da mamãe que dava pra alimentar uma nação mas também eu não era reta feito tábua, me viro olhando a minha traseira, e sim tinha algo bom ali, redondinha empinada, - Poxa eu sou transável... - escuto a porta e mais que depressa visto a camisa branca dele, não deu tempo de abotoar os botões mas da pra me cobrir, ele sai do banheiro sem camisa e com um shorts de malhar, sem me olhar vai até o armário dele e puxa um tênis, espero ele sair.

- Graças a Deus.

- Graças a Deus

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