cap 17

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- O que você tem na cabeça - ele grita dirigindo feito doido

- O que eu tenho na cabeça? - grito mais alto que ele - Você é casado comigo, não com ela, você sumiu Jeremy, eu sei que você não me ama nem nada disso e eu também não tenho afeição por você. Mas poxa, nem pra uma trepada eu sirvo.- ele me olha de relance pela minha frase. 

- Você tá louca - diz grave e rouco

- Tô... tô mesmo... na verdade era pra eu tá feliz, que você nem me olha e não me quer. Só posso tá louca mesmo em ligar pra saber se você tá bem, se você tá vivo, com quem você tá. Pensei que se você me deixasse em paz e ficasse longe eu iria viver bem, mas não é bem assim tá legal - a essa altura já estava chorando - você me magoou, me feriu, me ofendeu, me assustou, mas que porra, e eu ainda quero esta com você.

Começo a bater nele dentro do carro.

- Para Olivia, - eu não ligo estava com tanta dor, tanta raiva, que não parava  - Porra Olivia para.- Ele me empurra com tudo e numa virada para o carro, pra não bater em um carro que estava vindo, sinto o cheiro de borracha queimada. - Mas porra, Tá querendo morrer garota, sua doida.

Ele me olha, sério.  Meu coração tá disparado, meu peito sobe e desde,do jeito que ele me jogou no banco minha pernas caíram abertas e o vestido tinha subido, ele olha pra elas e trava o maxilar, o olhar se envermelha, e sua boca aparece os dentes cravados, ele passa a língua nos lábios de uma forma sexy mas que me causou medo, não foi um passar suave de desejo, e nem uma passar de fome, foi bem mais estranho, foi um passa a língua e puxar com os dentes ferindo a própria boca.

- Já sei o que você quer - Ele vem pra cima de mim, e abre mais minha pernas - Tá doida pra ser fodida né - ele enfia a mão puxando minha calcinha

- Não assim não - eu digo

-  Não é isso que você quer? Que eu coma sua bucetinha e apague esse fogo, tá pior que as putas da boate - consigo uma pouco de força e dou uma joelhada em sua partes. - Droga, Olivia, qual é o seu problema?

- Você que é um porco - ofegante e chorando essa é minha vida agora Saio do carro e bato a porta, vou caminhando nem sei em qual direção não conhecia nada nessa cidade.

- Volta pro carro - a voz dele ecoa atrás do vento frio, e tá muito frio,  continuo cambaleando por causa da neve e os saltos agulha inficando na neve branca no chão.

Derepente escuto um disparo alto, meus Deus ele atirou em mim?

- Volta pro carro agora Olivia - congelo, parada, ele atirou em mim, não quero olhar se eu ver sangue eu desmaio. Sou puxada pelas mãos,  aí sim vejo que ele não atirou em mim, meu Deus ele é um monstro,  ele abre a porta do carro, - Entra - ordena, eu tô em choque, ele dispara com a arma pra cima novamente, solto um grito de pânico.- Entra nessa porra logo - eu saio do choque e entro no carro assustada,  e gelada.

Ele dá partida em silêncio e segue pra casa, não falo mais nada, nem sei se estou respirando. Só sei que estou viva por que sinto meu coração bater tão forte que parece  que está na garganta.

Ele estaciona na garagem o carro e sai, eu fico ali parada, não consigo me mover, Jeremy abre a porta do meu lado, e pega na minhas mãos, com gentileza ele me puxa pra fora e me encosta na porta do carro.

- Você tá bem - é a primeira Vez que ele fala comigo sem esta bravo ou nervoso,  as lágrimas me descem, eu olho pra ele e seus sonhos estão azuis, ternos. - Vai me responde, não faz isso comigo.

Tá vocês pode me chamar de tonta o que for mas eu não resisti aqueles olhos e  me joguei nos braços dele, o abracei com tanta força, tinha medo dele fugir, enfiei meu rosto no vão do pescoço dele, e chorei, ele me abraçou de volta, agarrou minha cintura, firme e suave ao mesmo tempo. Eu queria que a vida parece ali naquele momento naquele abraço.

- Fala pra mim se você está bem  - eu balanço a cabeça negando

- Não  - com minha resposta, Jeremy se inclina e pega minhas pernas, ele me pega no colo como um bebê. E caminha comigo pra dentro da casa.

Ele sobe as escadas comigo, na casa não se ouve nenhum barulho, tava tudo no mais profundo silêncio. Eu estou tão agarrada nele, acho que ele tem dificuldade ao respirar.

Jeremy mete o pé na porta do quarto, e devagar me coloca no meio da cama. Não quero soltar ele, o puxo pra mim.

- Fica comigo  - eu peço manhosa.

- Posso pelo menos usar o banheiro?  - o solto, deitando a cabeça no travesseiro, ele ainda na mesma posição, me olha ainda com o olhar azul terno. Nesse pouco que conheço Jeremy, vi  quatro olhar dele, o olhar sério o de costume dele o de sempre, ele era azul cor do mar penetrante e frio, sem reação. Depois de uma forma perigosa descobri seu olhar de matador, seu olhar fica cinza, sem expressão mas muito assustador. Na noite de núpcias conheci seu olhar de desejo, ou o que gosto de chamar de tubarão, ele fica maior, e avermelhado,sua expressão é de furia e descontrole, só de pensar nesse olhar minha calcinha molha. E agora esse olhar de ternura, seus olhos ficou num ton de azul mais vivo mas terno, sua expressão e de compaixão, gostei desse olhar.

Ele se afasta indo ao banheiro, e eu tento não dormir apesar do sono, quero ficar agarra a a nele com esse olhar.

Ele volta sem camisa e com uma calça de moletom cinza, meu coração dispara, faz tempo que não via ele, e só essa noite ele está me mostrando um pouco de tudo. Me afasto um pouco pra ele deitar, e ele se joga na cama, de barriga pra cima e com um abraço atrás da sua própria cabeça. Observo seu corpo, a pele toda pintada, os desenhos pra mim era todos bem confusos, como será que ele ficou assim, me fez lembra de Lilian o que ela não falou na verdade. Me aproximo mais dele e deito a cabeça no seu peito, seu coração está calmo nada comparado ao meu que está acelerado.

ANIMAL PETROVAWhere stories live. Discover now