ANIMAL PETROVA

cap 6

Passei aquela noite chorando, amedrontada, pois ele me deixou com medo, com muito medo, não podia esperar menos dos Petrova, dizem ser a máfia mais cruel, e eu estava esperando ser feliz ainda.

Pelo que eu percebi ele não estava contente com isso como eu, o pai o tá forçando a cumpri o acordo como o meu, mas não é por isso que ele precisava ser tão grosso. Só o que eu podia fazer era obedecer. Será?

Pensei, pensei e pensei, tive uma ideia, pode ser que eu morra mas precisava, tentar. Os Petrovas tinha uma casa na cidade, sabia por que era onde dona Lilian e Jazmim estava se hospedando, eles iriam ficar até o casamento, e depois todos nós iríamos embora pra Moscou, mas se eu tiver sorte, posso tentar me livrar.

Bato em uma porta grande de madeira maciça, esculpida dois anjos, ao se abrir a porta parecia pesada e rangia.

- Pois não - Um homem alto muito alto, loiro com a cabeça raspada, e terno preto todo preto, percebi ser um dos capangas do Senhor Joaquin Petrova.

- Oi eu sou...

- Senhorita Sanchez, o que a traz aqui? - esse povo todo me conhece eu nem sabia que eles existia, pelo jeito era verdade aquilo e Jeremy falou sobre ter informações sobre mim.

- Oi, sim... kkk.. sou eu... - ele me dá passagem pra entrar - Eu gostaria de falar com Senhor Petrova, o pai não o filho - enfatizo, ele me olha de cima em baixo eu parecia uma barata que esse homem, de não me vê me esmaga, sem querer.

- Vou ver se ele pode te atender

Ele sai e me deixa sozinha numa sala enorme antiga, com sofá de couro marrom escuro, móveis todos escuro em um marrom, não ousei tocar em nada, nem sentei, estava com um casaco verde e fiquei com ele não ousei pendura, não ousei sentar, se der tudo certo, talvez eu vá embora daqui, viva e sem um noivo.

O grande volta.

- Por aqui, por favor

Eu o sigo ao um corredor dentro da casa , mais escuro ainda, esse povo nunca ouviu falar em lâmpada, luz solar ou até mesmo janela. O corredor tem muitas portas e todas fechadas, chega em uma era dupla, do mesmo estilo que a da entrada mais em vez de anjos era esculpido J e P de Petrova, e J acho que é por que todos eles o nome começava com J, na massaneta dourada também, marcado um J em uma e na outra um P . O capanga abre uma delas pra eu passar assim que eu entro vejo, o Senhor Joaquin atrás e uma imensa mesa de mogno, sentado em uma cadeira de camurça verde escuro, tudo muito escuro.

- Senhorita Sanchez - ele sorri, parece sorriso de crocodilo - o que a traz aqui?

Me aproximo um pouco, ele faz gesto pra eu sente em uma cadeira que fica de frente pra ele, eu me sinto tão pequena neste lugar, parece que tudo me engole, sento na cadeira e a mesma sensação, ela é enorme, parece que vou afundar.

- Gostaria de conversar com o Senhor.

- Confesso que estou surpreso, em que eu posso ajudá-la?. - respiro fundo é agora ou nunca.

- Senhor Petrova, acho que deve ter percebido que não me afeiçoei ao seu filho, até uma semana atrás eu nem fazia ideia que vocês existia, confesso pro senhor que eu não queria me casar, mas estava tentando por que sei do compromisso de meus pais com o senhor, mas descobri recentemente que Jeremy está tão descontente quanto eu, e mais uma fez confesso que ele me bota medo, por isso vim aqui lhe pedir lhe implorar que livre meu pai desse compromisso, talvez tenha outra forma de pagar essa dívida com ele, eu sei que meu pai é muito honrado, se o senhor precisar dele, com ... seila armas, homens, não sei com o que vocês meche, mas eu sei que ele vai segui-lo como o Senhor ordenar, eu só peço que me ajude, não me force a casar com Jeremy por favor Senhor Petrova.

Ele não disse nada, só ouviu e nem fez nada nenhuma expressão nem ruim e nem boa, percebo seu olhar até de divertimento talvez.

Nesse momento Jeremy entra na sala.

-  O senhor mandou... - ele para de falar ao me ver - Olivia, você aqui? - ele fala tão grosso como daquele dia, seu olhar está apreensivo e raivoso.

- Ela veio me pedir pra não à forçar se casar com você - Joaquin fala sorrido é olha pro filho, sorrindo.

- Deixa que eu cuido disso... - ele pega no meu braço me levantando, - vem comigo

- Não... - graças a Deus - Eu quero responder ela... - Ele se levanta e abotoa o paletó - Ela merece uma resposta... Uma resposta sincera e definitiva pra essa questão, afinal vamos ser sinceros ela teve coragem, talvez a mais corajosa daquela família  - como ele pode falar isso da minha família, ele se vira pra mim e olha bem nos meus olhos e diz - Escute bem o que eu vou te dizer criança, vai ser só uma vez ok, vou te dar uma colher de chá por que como você mesma disse nunca ouviu falar de nós.

Respiro fundo, parece que o ar não entra e não sai, Joaquin da a volta na mesa, pede pra eu sentar novamente na cadeira e senta na outra ao meu lado, então Jeremy se apoia na mesa a nossa frente com as mãos nos bolsos abaixa a cabeça e olha pro chão. Me sinto em muito, muito, perigo.

- Querida Olivia, a muito tempo, seu pai traiu o chefe principal da máfia espanhola seu... avó o grande Francisco, eu e Francisco temos uma aliança de muitas longas datas inabalável, e quando seu pai aprontou e quase acabou com o negócio de seu avô, como promessa eu disse que cuidaria da única herança de sangue que restasse... você querida - engulo seco - Mas seu pai fez negócios sujos, perdeu tudo várias vezes, e quem sempre o ajudava?

- O ... O Senhor?

- Ela esperta não é?- Ele pergunta pra Jeremy que só me olha de canto - Pois bem querida, chegou o momento de eu cumprir o que eu e seu avô tanto queríamos, juntas nossas forças, era pra eu ter casado com sua mãe mas ela fugiu e se casou com seu pai, então há tempos, temos adiado muito essas junção, vamos dizer assim, tenho tido bastante paciência, você não acha? negócios são negócios - ele olha pro filho levanta uma sobrancelha  e se levanta - Jeremy sabe muito bem o que tem que fazer, ele não fugirá do seu compromisso e espero que a senhorita continue sendo esperta e não faça eu adiar mais uma vez a vontade de seu avô Francisco, não terei tanta complacência novamente. - Sei bem o que ele quer dizer.

É muita informação,tudo que meus pais não me falaram durante anos, e despejado em mim agora, tenho que conversar muito com meus pais.

Não consigo falar nada só afirmo com a cabeça.

- Agora podem ir - Joaquin sorri novamente como se nada tivesse acontecido, como se nada do que ele falou fosse nada de mais.

Jeremy se indireta, estava todo de preto camisa e blaser preto, levanta a mão mostrando a direção pra eu sair, seu olhar é frio, acho que se eu demorar mais um segundo se quer ele me arrastara a força dali. Rapidamente levanto, e sigo o caminho da porta, logo que passo por ela vou em direção o corredor de onde eu vim, mas sou surpreendida sendo puxada pra uma daquelas portas escuras, pra dentro de um lugar mais escuro ainda não deu pra ver onde eu estava, pois fui arremessada contra a parede batendo as costas e a cabeça com força, ele está com a mão no meu pescoço, não está muito apertado mas tem pressão suficiente pra me deixar em pânico.

- Por um acaso você é surda? - ele fala olhando bem dentro dos meus olhos,lembra que falei que ele tinha algo mal, kkkk nossa eu não tinha ideia de quanto, seus olhos cor do mar ficaram cinza escuro, não sei se era a cor mesmo ou se só estava escuro pra enxergar, sua mandíbula estava travada da pra ver o osso ao redor de sua face, e uma veia pulsando de um lado do seu olho de monstro - Eu não te disse ontem as regras... era pra você está atrás do seu vestido ou de qualquer outra porra de noiva, e você veio aqui me afrontar - ele sorri fraco, mas não é um sorriso contente nunca vi isso alguém sorri assim, ele aperta mais meu pescoço e agora sim está sufocando, chega a boca perto do meu ouvido - Se você causar mais algum problema, eu mesmo vou desfazer essa aliança, mais não vai ser de um jeito bom, vai ser alguém te encontrando na barriga de um tubarão - ele volta a me olhar nos olhos, ergue uma sobrancelha, sorri de canto mais suave agora - Passar bem noivinha - ele abre a porta pra eu sair - Te vejo dia 25, eu serei o de preto ao lado do padre.

Ele realmente estava sorrindo, como pode alguém ir de 0 a 100 em pouco tempo.

Sai daquela casa o mais rápido que eu conseguia, eu tô muito ferrada muito mesmo.