cap 42

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Jeremy me destruiu, ele zombou de mim, mentiu pra mim ele me despedaçou. Minha mãe tinha me instruído a vida toda pra ser uma Petrova, mas ela não me preparou pra isso, ser magoada, eu não tinha ideia do que fazer, não podia ir embora, não tinha pra onde ir, fui ameaçada pra casar, acha que Joaqui sabendo da aposta do filho iria ficar do meu lado? Não além de tudo tem aquelas malditas regras da mafia.

Passou três dias, três dias de tortura mental, de falsidade, de sofrimento. Aquele dia não sai do quarto, não comi, não tomei banho, só fiquei vegetando na cama, só chorava. No outro tive que ir a casa de Abudabiha,  fingir ser esposa amável, e amada, mas por dentro queria me jogar no Gandhi, no terceiro mas passeios e conversas sem sentido me sentava nas mesas sendo o que fui ensinada a fazer, o que esperam pra uma esposa de máfia fazer, ser linda e calada, a noite quando cheguei no meu quarto, já não tinha mais lágrimas, me surpreendi elas não vieram, me sentei numa poltrona pra frente daquela vista linda e ali fiquei até o amanhecer trazendo com ele o dia da volta pra casa, onde eu não precisava mais fingir, onde talvez eu me trancaria talvez com sorte na minha torre de princesa em cativeiro e ali ficaria pra sempre, a morte nunca foi tão, tão desejada.

No avião de volta pra Rússia, assim que ele decolou, tomei 2 remédio que tinha na bolsa, me deitei no sofá e me cobrir com um cobertor,  não queria sentar perto dele, nem de frente pra ele, nem olhar na cara dele,e não ia dormir na cama onde me tomou tão covardemente, mentindo que tinha se afeiçoado a mim, pedi a Deus que o avião de alguma forma caísse enquanto eu estivesse dormindo, assim talvez eu não veria a morte vindo e não precisava mais ficar do lado dele nunca mais.

Chegamos em casa, Jazmim veio correndo me abraçar, assim que os braços dela chega ao meu pescoço, e vejo o carrinho que ela tem comigo, uma lágrima rola, Dom Joaquin vai me cumprimentar senti esperança nos seus olhos mas eu não podia retribuir, abaixei minha cabeça e pedi licença pra sair, ele deu sem entender, corri o mais rápido que eu conseguia, passei pela porta da minha prisão, e me tranquei ali.

Nos próximos dias, não vi ninguém, e não falei com ninguém, só abria quando era alguma empregada trazendo comida, mas eu não comia de vez enquanto bebia água  ou alguma vitamina que Maria me trazia, não parava nada no meu estômago.

Passou um mês, Joaquin tentou conversar comigo mas eu não dizia nada, ele sabia que o filho tinha me magoado de algum jeito, mas como chefe que só sabe impor ordens, me mandou voltar a pelo menos jantar com a Família,  era única hora do dia que via a todos, que via Jeremy e sentia seu perfume, pois era minha obrigação sentar sempre no mesmo lugar, do lado dele. Ficava ali com a cabeça baixa o tempo todo, a comida sempre me enojada, nunca queria comer nada, era sempre a última chegar e a primeira a sair da mesa, até um dia que o prato era uma cabeça de peixe a hora que bati os olhos naquilo, não aguentei e vomitei ali mesmo no chão.

Lilian tentou me ajudar a levantar mas assim que meus pés tocou no chão a consciência desapareceu totalmente.

Acordei em minha torre, cercada de gente, um homem estranho me examinado, Jeremy de costa virado pra sacada do quarto, Joaquin em pé no pé da cama, Lilian sentada aí meu lado segurando minha mão, Jazmim e Jhames em pé perto da porta.

- O que houve? - pergunto tentando colocar minha cabeça em ordem, Jeremy se vira vendo que eu acordei.

- Você desmaiou querida - Lilian me responde

- De novo?

- Como assim de novo - Jeremy da um passo mais perto da cama e eu me afasto, não o respondo

- Você teve outros desmaios? - o homem estranho me pergunta, olho pra ele estranhando e tirando sua mão de mim

- Tudo bem Oly, ele é médico - Balanço a cabeça confirmando

- Você tem se alimentado direto? - ele pergunta, balanço a cabeça em um não

- Nada para no meu estômago

- Hum, - ele olha pra Lilian  - Sua menstruação por um acaso tá atrasada? - Jeremy da mais um passo pra perto e eu me incomodo e me afasta mais não tem muita pra onde eu ir.

- Não sei, ela sempre foi desregulada

- Quando foi a última

- Por que essas perguntas?

- Nada querida, você lembra? - Lilian tenta me tranquilizar mas não tô gostando do rumo dessa conversa.

- Acho que faz... uns dois meses na verdade não lembro

- Você tem sentido mais alguma coisa - olho em volta todos quietos me observando.

- Muito sono, e...

- Pode falar?

- Meus ... meus seios doem - Lilian sorri fraco e aperta minha mão, o médico se levanta

- Vou precisar fazer alguns exames mas tudo indica que a Senhora Olivia está esperando um bebê.

Derrepente tudo se tornou denso, meu estômago revirou e uma ira enorme me tomou.

- Não,não, não, - todos me olham - por favor tira ele de mim

- Olivia queria se acalma

- Eu não quero, não quero,  por favor doutor tira isso de mim

- Tá louca Olivia , esse é meu herdeiro - Joaquin diz orgulhoso - haha que boa notícia doutor

- Não, - grito e me levanto - pode tirar, eu não quero, era isso que vocês todos queria neh, me enganar,  pra eu baixar a guarda,  e enfiar um petrova dentro de mim,  - minha lágrimas encharcam meu rosto, Lilian se levanta tentando me controlar

- Olivia, o que tá acontecendo é seu bebe

- Não eu não quero, - Olho pra Jeremy que está calado e mais frio que o normal , avanço nele - Era esse o plano, era essa a aposta a boboca engravidar  em? - bato nele que nem doida mas ele não se afasta e não revida, - Fala Jeremy, responde , por que você não me mata logo faz isso.

- Chega - Joaquin grita

- Chega o que ? O senhor está nesta aposta também, sim foi o senhor que teve a ideia nao é foi você que escolheu a egua aqui pro seu melhor garanhão e foi o golpe de misericórdia aquela história medonha pra que em pra eu ficar com dó e fazer eu me apaixonar mais...

- Olivia vou te dar a última chance de se acalmar

- Ou o que vai me matar, anda me mata , na verdade eu faço isso - me viro e vou em direção a sacada, sim quero mesmo a morte, minha intenção era pular me jogar pra dar um fim nisso.

- Não  Olivia  - Lilian grita

Alguém me agarra pela cintura e me prende mas eu luto com todas as minha forças, pra escapar eu conheço aquele toque, aquele cheiro, aquele corpo.

- Para, - A voz dele no meu uvido me gela - Por favor para não faz isso - Eu luto, esperneio, mas ele não me solta  - Shiuuu, porfavor Olivia não faz isso, shiuu

Eu vou me acalmando, não podia negar que ele tinha o mesmo controle sobre mim, tento puxar o ar mas ele não vem e tudo fica escuro de novo.

ANIMAL PETROVAOnde histórias criam vida. Descubra agora