Capítulo 35

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_Porque a França? — Zulema questionava enquanto andavam tranquilamente pela rua feita de paralelepípedo.

Estavam na capital da França, a cidade dos românticos e apaixonados, Macarena parecia uma criança admirada com toda beleza ou atração turística que viam, esta era a quinta noite das duas mulheres na cidade luz e a cada dia que passavam, Zulema se surpreendia mais com a loira.

_Não sei. — sua voz soou calma enquanto ela se animava caminhando um pouco a frente da morena admirando a imagem que possuía do rio Sena a frente. _Eu só queria vir, não gostou?

Zulema sorriu ao notar a garota de cabelos loiros parar e se virar para fita-la, ela não se importava, na verdade para ela tanto faz o lugar que estivesse, contando que estaria ao lado de Macarena.

_Gostei sim cariño. — respondeu se aproximando da mulher que voltou a posição inicial olhando o rio. _Poderiamos fazer um passeio amanhã, o que acha?

Macarena sorriu ao sentir os braços da morena envolvendo sua cintura e apoiando o rosto em seu ombro a abraçando por trás.

_Eu não consigo acreditar... — Macarena sussurrou enquanto tocava as mãos da dona dos cabelos escuros.

Zulema sorriu erguendo um pouco o rosto para ver melhor a noite bonita que fazia, a lua estava brilhante no alto céu repleto de estrelas.

_O que não acredita? — perguntou agora fitando os verdes intensos da mulher, frente a frente.

_Que estamos aqui... Casadas e criando nossos filhos... — Macarena viu um sorriso surgir nos lábios de Zulema sem que ela mostrasse os dentes. _Juntas.

Lentamente Macarena foi acolhida em um abraço, um abraço onde repousou o rosto no vão do pescoço da mais velha inalando seu cheiro e sorriu ao se lembrar do dia que a pediu para poder senti-lo o e saber qual seria, quando abriu o guarda-roupas dela no antigo apartamento. 

Zulema acariciou suas costas apenas aproveitando o momento, também estava realizada e entendia os sentimentos da mais nova, ambas haviam passado por grandes turbulências antes de terem conhecido uma a outra e juntas eram as melhores em lidar com tudo o que não agregasse em suas vidas.

_Eu também estou feliz loira. — Zulema diz. _Obrigada por ter aparecido aquela noite e me salvado. — falou notando Macarena levantar o rosto para olha-la.

_Talvez você tenha me salvado também. — respondeu para a mais velha que selou os lábios em sua testa. _Não vamos agradecer amor, vamos viver o agora.

A morena em silêncio concordou e logo sentiu sua mão sendo segurada e Macarena conduzindo-a em direção a uma lanchonete.

_Com fome loira? Jantamos a pouco tempo. — estranhou enquanto a acompanhava.

Macarena negou sorrindo graciosa para a dona dos olhos escuros que apenas ergueu sua mão que estava entrelaçada a dela levando-a até os lábios e beijando.

_Não é que eu esteja... — falou com o olhar pidão. _Eu gosto desse tipo de comida.

A mais velha optou por não duscutir e apenas observou Macarena pedir um croissant, ela também não ficou atrás e pediu o famoso misto quente ou croque monsieur, como era chamado.

Sentaram  nos bancos que havia e resolveram comer ali mesmo, nenhuma palavra tinha sido trocada. Por mais que estivessem longe de casa, estavam preocupadas com as crianças, mesmo que Alícia e Rachel ficassem de olho.

Diariamente entravam em contato via chamada de vídeo e hoje já teriam feito isso mais cedo, após terminarem a comida retornaram ao hotel.

_Vou tomar um banho. — a voz da loira soou assim que entraram no quarto. _Quer vir comigo?

A morena que havia acabado de se sentar na enorme cama para retirar seus coturnos deu um meio sorriso concordando com a esposa, deveriam aproveitar ao máximo essa viajem e era isso o que fizeram durante esses cinco dias. Filhos eram dádivas, porém atrapalhava um pouco a intimidade das duas.

Macarena delicadamente começou a se despir em frente a morena que a olhava com os olhos completamente escuros pela luxúria e desejo, notoriamente a mais nova percebeu a mesma umedecer os lábios com a língua enquanto a assistia.

_Porra loira, aí tu me fode. — a voz rouca de Zulema soou no mesmo instante no qual ela se levantou desfazendo de suas peças de roupas rápidamente.

A mais nova apenas a olhava encostada na porta do banheiro com um sorriso sapeca esperando sua aproximação, e quando sentiu o toque da morena em sua pele juntando seus corpos e a chamando para um beijo convidativo, cedeu.

As mulheres seguiram em direção ao banheiro onde Zulema tratou de colocar a banheira para encher, ela almeijava sentir a pele pálida de Macarena em contato com seu corpo. Enquanto a banheira enchia, as duas apenas se desejavam com o olhar e ao terminar a morena já dentro da água lhe estendeu a mão para que a mais nova pudesse adentrar.

Macarena estava sentada entre as pernas da esposa enquanto a mais velha possuía as costas escoradas na borda da banheira com seus braços traçando rotas com a mão no corpo da loira que apenas aproveitava as sensações fechando os olhos e tombando a cabeça para trás repousando-a no peito da morena que sorriu.

_Ah! — deixou escapar ao sentir os dedos da morena deslizarem por sua entrada.

Um rápido selar foi depositado em sua bochecha antes de começar a sentir os movimentos na sua região e ficava a cada vez mais maravilhada ao notar o quão bom era o sexo entre as duas.

Zulema dessa vez nada falou e apenas continuou com os movimentos de vai e vem na mais nova que gemia baixinho com a boca próxima ao seu ouvido.

_Eu sei que está gostando. — sussurrou com a voz rouca. _Mas acho melhor terminarmos na cama, vale?

Lentamente a mais nova sentiu os movimentos cessarem a seu contra gosto, e um selinho ser depositado em seus lábios.

Após terminarem o banho e estarem enroladas em seus roupões já de volta ao quarto, Zulema se aproximou da mais nova selando seus lábios enquanto tocava o rosto delicado da mesma, lentamente a morena a afastava para que ela se deitasse na cama com cuidado.

Não eram do feitio das duas terem algo dessa forma, sempre eram intensas demais e demonstravam demais e isso valia muito na hora do sexo. Não eram aquele tipo de casal que se apegavam ao lado romântico.

Mas não hoje, hoje era diferente e nenhuma das duas sabia explicar o porquê, talvez o coração falasse mais alto do que o desejo e necessidade carnal delas nesse momento.

Macarena bateu palma enquanto tinha a morena sobre seu corpo beijando -a ocasionando na luz se apagar, ouviu um sorriso surgir nos lábios da mesma.

_Sacanagem, como vou te ver? — a voz da morena soou firme enquanto ela mantinha uma mão de cada lado do corpo da mais nova se sustentando.

A mais nova negou desacreditada esticando a mão e ligando o abajur vendo a expressão de satisfação pairar no rosto da morena.

_Resolvido! — respondeu repousando as mãos no rosto da mais velha a trazendo para outro beijo.

E assim, pela primeira vez haviam feito literalmente amor, sem pressa, sem luxúria, indo contra suas necessidades carnais, apenas sentimento.












Nulo y VacíoWhere stories live. Discover now