Capítulo 48

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Como pedido, a morena acompanhou as enfermeiras, ali ela teria os primeiros cuidados de higiene, o primeiro banho era dado por elas, porém como Zulema tinha passe livre por qualquer lugar ali as acompanhou.

_Quer fazer? - a mulher lhe perguntou estendendo a menina em sua direção.

_Olha, eu sei lidar e fazer muita coisa nessa vida, mas nunca dei banho em recém nascido. - falou sincera vendo a outra sorrir sutilmente, cuidou de Anthony, mas só deu banho nele quando ele estava maior e mais firme.

_Vamos, eu te mostro. - ela falou trazendo a atenção da morena para si.

Zulema a acompanhou e como o acordado ela segurou a filha nos braços, ela era tão pequena e frágil que temia machuca-la, então somente a pegou com firmeza.

Até que ela foi bem, no início ficou com medo de deixá-la escorregar, mas viu que não era para tanto, com cuidado dava para fazer tranquilo.

De banho tomado e já vestida, ela manteve a garota em seus braços, estava esperando para que pudesse levá-la até Macarena, com certeza ela estaria ansiosa e nem haviam escolhido um nome ainda para a filha.

Alguns minutos depois teve a autorização de levar o bebê para a mãe, agora seria o momento de amamenta-la, Zulema fez isso, a levou para o quarto.

Quando chegou ali viu a loira deitada de costas virada para a porta cochilando, havia demorado no berçário, não era algo imediato, fechou a porta por trás de si e se aproximou da maca se sentando na poltrona com a filha que dormia em seus braços, iria deixar com que a loira descansasse.

Ela estava exausta e não dormia bem a noite nesses últimos dias e não iria atrapalha-la, ela não, más a neném precisava se alimentar e começou resmungar em seus braços, tentou acalma-la mas se tornou em vão porque a mesma começou a chorar, despertando a mais nova que se ajeitou na maca, apertando o botão para que ela pudesse se inclinar um pouco mais a deixando sentada e encostada.

_Faz tempo que estão aí? — a voz da loira soou junto a um riso tímido enquanto via a esposa se aproximar.

_Não muito, te vi dormindo e resolvi ficar aqui com ela para que você pudesse descansar. — respondeu entregando o bebê a ela.

Macarena sorriu em resposta aninhando a garota em seus braços tendo a morena ao seu lado analisando tudo, sem hesitar ela deu a menina o que queria e como se fosse algo milagroso ela se calou fazendo com que ela admirasse o que tinha nos braços alisando o pequeno rostinho que agora estava sereno.

_Ela é tão linda. — falou agora mirando a mais velha que assentia.

_É sim loira, como você. — Zulema respondeu se sentando ao seu lado novamente.

Pareciam duas bobas encarando o bebê que não fazia ideia do que acontecia a sua volta, mamando como se nada mais existisse ali.

_Sabe o que eu estava pensando? — a morena falou fazendo com que Macarena a olhasse novamente.

_Não, o que? — sorriu alisando os pequenos fios loiros da menina.

_Que não demos um nome a ela. — enfim falou vendo a esposa concordar.

Ficaram em silêncio por poucos segundos, ainda olhando o pequeno ser que haviam trago ao mundo juntas.

_Qual nome quer dar a ela? — questionou vendo os olhos da mais velha brilharem.

_Não sei... — falou pensando. _Realmente não tenho nada em mente.

_Tenta. — Macarena incentivou a fitando. _Você consegue.

Zulema ficou em silêncio olhando a menina profundamente e deixando alguns nomes passarem por sua mente, mas nenhum combinava com ela, até que sorriu para a mulher de olhos verdes.

_Luna? — falou em entonação de pergunta, deixando a dúvida surgir.

Macarena olhou para a menina que ainda sugava seu seio, serena.

_Ela tem carinha de Luna... — falou para a morena que sorriu. _Será Luna então.

A mais velha se levantou novamente se posicionando ao lado da mais nova tocando a mãozinha de Luna a acariciando com o polegar.

_Nossa Luna... — falou depositando um selar aos lábios da loira. _Seus irmãos devem estar loucos para te conhecer.

Falou com a filha vendo ela parar de mamar e buscar a voz dela com o olhar atento.

_É só o que me falta... — Macarena brincou. _ Mais uma que vai preferir você que a mim.

A morena sorriu negando ainda alisando a pequena mão, que agora possuía os pequenos olhinhos ainda sem conseguirem identificar a coloração, vidrados nela.

_Para de falar bobeira rubia, Anthony não tem mãe preferida, ele nos ama por igual e não será diferente com ela... — falou desviando o olhar para Luna que ainda a encarava. _Não é querida?

Luna era uma recém nascida e tinha poucas horas de vida, porém ambas a viram dar um sorrisinho para a morena.

_Ela sorriu para você, mal nasceu e já prefere você. — a loira pronunciou ainda em tom brincalhão vendo a esposa ficar sem jeito. _Da próxima vez que quiser mais filhos, sinta-se a vontade para apreciar o espetáculo da vida.

Zulema que estava entretida com a filha lhe encarando, ficou séria mirando a loira a sua frente.

_Muito obrigada, mas três é o suficiente. — respondeu tão rápido quanto se apaixonou há anos atrás pela mulher ao seu lado.

_Ah é? Agora é o suficiente? — falou vendo a morena assentir. _Bom saber!

A loira lhe lançou um sorriso vendo a mais velha se afastar para pegar o celular, havia mensagens de Fátima e várias de Alícia e Raquel querendo notícias da Macarena e Luna.

Ela se aproximou das duas tirando uma foto da menina e enviando para elas, antes de se aproximar novamente da esposa.

_Posso pegar ela novamente? — falou receosa. _ Consigo fazê-la dormir rápido, ela gosta da minha voz.— bela desculpa.

Macarena assentiu entregando Luna com cuidado a morena que logo tratou de aconchega-la em seus braços a deixando próxima de seu peito.

Ela se afastou um pouco de Macarena balançando Luna de forma suave, vendo a menina aos poucos fechar os olhos e se sentir segura ali.

A loira que assistia tudo aquilo sentiu uma felicidade preencher seu interior, não tinha dúvidas de que havia escolhido a pessoa certa para estar ao seu lado e construir uma família, Zulema a amava e ela tinha total certeza disso, principalmente ao ver como a morena cuidava de Anthony e agora a forma protetora que segurava Luna e tentava fazer com que a filha dormisse.

_Estoy aqui muñequita, estoy aqui... — ela falou em tom baixo mas foi o suficiente para que Macarena pudesse ouvir e se sentisse completa com tudo o que tinha.

Nulo y VacíoWhere stories live. Discover now