Capítulo 37

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Hoje não vai ter maratona, mas vou postar mais um pra vcs dormirem felizes! 😉

*****

Depois de uma semana difícil e exaustiva em Nova York, o ar fresco e macio de Napa parecia o paraíso para Juliette. Ela fechou os olhos e respirou fundo.

"Sua cor parece um pouco melhor esta noite."

Sarah serviu-lhe um pouco de vinho.

"Eu estava pálida?" Juliette tocou o rosto, desejando ter retocado a maquiagem antes do jantar.

"Um pouco. A cor da sua bochecha voltou."

"A caminhada me fez sentir melhor."

Estavam literalmente no meio da vinha, jantando à luz das tochas e da lua. Em uma plataforma de madeira com espaço suficiente para a mesa com duas cadeiras. As tochas e velas criaram uma atmosfera muito romântica.

Juliette supôs que ficariam em um hotel, mas dirigiram diretamente para a vinha e foram recebidos pelos proprietários com abraços e beijos na bochecha. Amigos de infância de Sarah, aparentemente.

Elas foram instaladas em um chalé particular, que costumava ser uma casa de hóspedes, muito aconchegante. Quando elas entraram, se refrescaram e deram um longo e lento passeio pela propriedade. Elas tinham total privacidade. Pela qual Juliette estava agradecida. Ela não queria estar com Sarah em público novamente, pelo menos não tão rápido. Coisas públicas viriam mais tarde.

Elas andaram de mãos dadas, absorvendo a bela vista ao seu redor. Sarah tomou as rédeas da conversa e Juliette a deixou falar, apenas sorrindo ou acenando com a cabeça, sem interrompê-la.

Agora elas estavam sentadas e prontas para o jantar. Juliette se sentiu pronta para conversar um pouco mais. "Eu quero fazer um álbum de memórias."

"Um álbum de recortes? Como um daqueles digitais que você pode fazer no seu telefone?"

"Não", Juliette balançou a cabeça. "Como um de verdade, um daqueles em que você recorta, cola e coloca notas na parte inferior da página. Algo que eu possa segurar em minhas mãos, virar as páginas e me lembrar. Tenho duas caixas cheias de fotos, cartões postais, cartas e coisas que meus pais guardaram e acho que gostaria de torná-las tangíveis. Você entende o que eu quero dizer?"

"Eu pensei que você não era manual. Esse tipo de álbum é uma coisa muito manual."

"Por que você está me questionando tanto?" Juliette levantou o copo e tomou um bom gole.

"Eu não..." Sarah entregou a ela uma tábua de queijos. "Coma um pouco com esse vinho."

Juliette experimentou um pouco de queijo brie.

"Então você queria que eu decorasse sua maldita tipoia. Mas você não me incentiva a fazer um álbum. Quão difícil pode ser?"

"Setecentas mil curtidas" Sarah deixou escapar. Ela pareceu instantaneamente aliviada por ter dito isso. Ela pegou algumas nozes e as colocou na boca. "Até agora."

Juliette virou o vinho no copo e estreitou os olhos.

"Do que você está falando?"

"Instagram."

"Você mudou de assunto? Eu estava falando sobre um álbum de recordação. Para meus pais falecidos."

"E eu a apoio totalmente com isso. Ajudarei você, se você quiser. Vamos assistir a um desses tutoriais do YouTube, ficaremos profissionais. O que você precisar. Ok?"

"Obrigada", disse Juliette, sentindo-se melhor com a conversa. "Eu não posso esquecer os seus rostos."

"E o álbum digital?"

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