O Roteiro

Capítulo 47

Deus, que dor.

Juliette abriu os olhos e os voltou a fechar rapidamente. Por que está tão claro?

Lentamente os abriu de novo, piscando várias vezes para se acostumar com a claridade.

Onde eu estou?

Olhou ao seu redor e se deu conta de que estava em um quarto de hospital. Tinha uma máscara sobre seu nariz.

Oxigênio?

Levantou sua mão e notou que estava com um cateter.

Que diabos.

Moveu sua mão e pressionou o botão que estava ao seu lado. Já estivera vezes suficientes em hospitais para saber que é assim que se chama a enfermeira.

Em menos de um minuto uma enfermeira estava entrando pela porta.

"Senhorita Freire" disse a enfermeira surpresa por encontrá-la desperta e ativa. "Você sabe onde está?"

"Sim"

"Muito bem, vou chamar o doutor e ele lhe explicará tudo."

"Sim, por favor." E Juliette repousou novamente sua cabeça no travesseiro e fechou os olhos.

"Senhorita Juliette" o doutor a chamou "Me alegra ver que já acordou."

"Doutor, o que aconteceu?"

"Primero me deixe te fazer umas perguntas e umas provas de reflexo rotineiras para ver se está tudo em ordem."

O doutor trocou a máscara por uma cânula e fez todos os testes. Ao terminar, lhe explicou seu diagnóstico, graças aos exames que já havia realizado. Outros exames seriam necessários quando ela estivesse mais recuperada.

Juliette não lembrava como havia chegado ali. Então a informação que estava recebendo a deixou surpresa. Um infarto. Isso sim era algo difícil de digerir. A parte de cair na piscina, não se lembrava.

"Juliette, você sabe o que isso significa?"

"Que possivelmente esteja desenvolvendo uma condição." Juliette assentiu deixando uma lágrima cair.

"Depois de todos os testes correspondentes, poderei dar o plano de ação de acordo com os resultados que eles derem." Completou o médico.

Juliette se tocou "Me dói toda esta parte." Falou apontando para a região do peitoral.

"Provavelmente é por causa da quantidade de RPC que você recebeu. As compressões podem causar pequenas contusões e dores locais." Explicou o doutor. "Se houver muita dor, avise-nos e nós lhe daremos algo para ajudá-la."

"Okay. Muito Obrigada. Quando posso ir?"

"É um prazer Juliette, estamos aqui para te ajudar a se sentir melhor." O doutor anotou umas últimas coisas em uma pequena prancheta perto da cama. "Não há pressa. No momento não sairá daqui por alguns dias. Seu corpo está se recuperando de um choque muito forte. Veremos como vai evoluindo. A verei amanhã. Por agora descanse."

"Okay, Obrigada Doutor."

E o médico saiu deixando uma Juliette muito confusa e pensativa. Como processar todas essas informações de uma só vez? Sem perceber, começou a massagear suavemente a parte de seu peito que doía, enquanto olhava para o teto.

"Está se sentindo bem?"

"Meu Deus, você está bem!"

Depois de um tempo Juliette ouviu duas vozes, uma de Thais e outra de Sarah.