02 - Um Dia Normal

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Mikhail

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Mikhail

— Eu deveria amarrar vocês dois de cabeça pra baixo no mastro — foi a primeira coisa que ouvi quando despertei.

Despertei? Eu não lembrava sequer de ter dormido, minha boca estava seca como nunca e além da dor absurda nas costas, minha cabeça doía com fé nos Oito. Fechei um dos olhos por instinto, na vã esperança de aliviar o incômodo. Diante de mim estava Thierry parecendo uma besta selvagem prestes a me estraçalhar, e alheio a tudo isso, Eadan cochilava com a cabeça em meu ombro.

Pegamos no sono em algum ponto da noite, a garrafa vazia de vinho rolou para longe, mas não há como o capitão ser cego a esse ponto. Cogitei cutucar o ruivo, mas seu pai já o empurrava com o pé antes disso.

— A todo pano — murmurou Eadan acordando extremamente confuso.

— Eadan, pode me dizer que merda é essa? — ralhou o capitão, e me senti feliz por ele estar sozinho.

O rapaz coçou a própria cabeça, me olhou e simplesmente abaixou o olhar para a garrafa de vinho. Talvez pensando numa boa desculpa que possa nos tirar daqui.

— Senhor, nós-

— Eu não quero ouvir sua voz, Carveryon — gritou no mesmo instante e me encolhi em resposta.

Onde eu fui me meter? E se ele ficar com a impressão errada? Quer dizer, estou vestido pelo que me consta assim como Eadan. Thierry está irritado demais, é claro que ficou com a impressão errada, preciso explicar, preciso abrir a boca e falar algo, não posso ouvir tudo calado de novo. Não fiz nada de errado, não dessa vez, Eadan e eu só bebemos demais...

— Nós bebemos demais, senhor — enunciou o ruivo envergonhado. — Pai, me desculpe eu-

— Essa parte eu reparei, sem falar que teve a cara de pau de roubar meu vinho! — cortou o velho. — Graças a você o navio passou a noite sem vigia, e olhe para esse imbecil, está morto de ressaca!

Cada novo grito era uma dor em meu cérebro, além do enjoo incomum me assolando. Quanto eu bebi? Não pode ter sido tanto, nem faz sentido dormirmos com tão pouco álcool. Eadan se ergueu, batendo a sujeira de suas roupas. Parecia sofrer da mesma dor nas costas que eu, mas sequer resmungou.

— Desculpe, eu só...

— Você é um rato por acaso Eadan? — questionou o velho irritado. — Eu não te criei para sair por aí roubando o que é meu, se queria essa porcaria bastava ter falado comigo.

— Pai, foi só uma garrafa, me desculpe — insistiu Eadan parecendo uma raposa rendida.

Saltei de susto quando ouvi o som seco do tapa, Thierry pesara a mão no rosto do filho, e com o anel gigantesco que o capitão carrega no polegar não foi surpresa ver sangue escorrendo pela bochecha de Eadan.

— Se pegar minhas coisas sem permissão outra vez, te deixarei no Império para cuidar dos filhos de Daryn — vociferou o capitão. — Está me ouvindo Eadan Mer?!

Ruby da Fortuna: Raposas do MarHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin